Questões de Português - Colocação Pronominal para Concurso
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Q2473750
Português
Texto associado
Leia o texto a seguir:
Desafios e conquistas recentes na história da saúde pública
no Brasil
A história da saúde pública no Brasil tem sido marcada por
uma série de desafios e conquistas recentes que refletem a
complexidade do sistema de saúde no país.
Mas esses desafios não foram superados. Entre os principais
enfrentados atualmente, destaca-se a escassez de recursos
financeiros, o que impacta diretamente na capacidade de
investimento e na ampliação da oferta de serviços.
Além disso, as desigualdades regionais continuam a ser um
obstáculo, com algumas áreas remotas e menos desenvolvidas
enfrentando dificuldades no acesso a serviços médicos e
profissionais de saúde qualificados.
A gestão ineficiente também é uma preocupação, resultando
em problemas como superlotação de unidades de saúde, falta
de planejamento adequado e desigualdade na distribuição de
recursos.
A pandemia de COVID-19, por exemplo, teve um impacto
profundo na saúde pública no Brasil, representando um dos
maiores desafios enfrentados pelo sistema de saúde do país.
Diante da rápida disseminação do vírus, medidas emergenciais
foram adotadas para conter a propagação da doença e garantir o
atendimento adequado aos pacientes.
Apesar desses desafios, o Brasil também conquistou avanços
significativos na saúde pública nos últimos anos. A expansão da
cobertura de saúde é uma das principais conquistas, com um
maior número de brasileiros tendo acesso a serviços de saúde
essenciais.
Os aprendizados obtidos com a pandemia incluem a relevância
da vigilância epidemiológica, monitoramento contínuo de casos e
capacidade de reação rápida a surtos e novas variantes do vírus.
Além disso, a incorporação de tecnologias e telemedicina provou
ser uma ferramenta valiosa para garantir a continuidade do
atendimento e reduzir a propagação do vírus. Tornou-se evidente
a necessidade de fortalecer a atenção primária e investir em
prevenção, promoção da saúde e vacinação em massa para
enfrentar futuras pandemias com maior eficácia.
Programas de prevenção e promoção da saúde têm sido
implementados em várias frentes, abrangendo vacinação,
controle de doenças crônicas, campanhas de conscientização
e hábitos saudáveis. A incorporação de tecnologias e inovações
também têm impulsionado melhorias.
Com os avanços tecnológicos dos últimos anos e o impacto da
crise econômica na saúde, o sistema de saúde (tanto público
quanto privado) se apoiou em softwares de gestão que reduzem
o desperdício de recursos e melhoram o serviço prestado ao
cidadão.
Desde prontuários eletrônicos, indicadores, gestão da qualidade,
automatização de processos e faturamento on-line até o acesso
a medicamentos e a integração da rede, a tecnologia vem
revolucionando a saúde pública brasileira. No entanto, apesar
dessas conquistas, é evidente que há ainda muito a ser feito para
superar os desafios e melhorar ainda mais a saúde pública no
Brasil.
Investimentos em infraestrutura, capacitação de profissionais
de saúde e uma gestão mais eficiente são fundamentais para
assegurar um sistema de saúde mais equitativo, acessível e
resiliente.
Somente com esforços contínuos e coordenados será possível
avançar em direção a um futuro em que todos os brasileiros
possam desfrutar de uma saúde de qualidade e bem-estar pleno.
Fonte: https://mv.com.br/blog/historia-da-saude-publica-no-brasil. Acesso em: 04
mar. 2024. Texto adaptado.
Em “Diante da rápida disseminação do vírus, medidas
emergenciais foram adotadas para conter a propagação da
doença e garantir o atendimento adequado aos pacientes”
(5º parágrafo), o trecho grifado poderia ser reescrito, à luz da
norma-padrão, da seguinte forma:
Ano: 2024
Banca:
IV - UFG
Órgão:
Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO
Prova:
IV - UFG - 2024 - Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO - Agente de Polícia Legislativa e Vigilância |
Q2473700
Português
Texto associado
Leia o Texto 3 para responder à questão.
Texto 3
Percorri a zona da encrenca. A cerca ainda estava no
ponto em que eu a tinha encontrado no ano anterior.
Mendonça forcejava por avançar, mas continha-se; eu
procurava alcançar os limites antigos, inutilmente. Discórdia
séria só esta: um moleque de S. Bernardo fizera mal à filha do
mestre de açúcar de Mendonça, e Mendonça, em
consequência, metera o alicate no arame; mas eu havia
consertado a cerca e arranjado o casamento do moleque com
a cabrochinha.
Dei uma vista no algodoal e encaminhei-me ao paredão do açude. Poucos trabalhadores.
Dei uma vista no algodoal e encaminhei-me ao paredão do açude. Poucos trabalhadores.
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1997, p. 31.
Na oração “Dei uma vista no algodoal e encaminhei-me
ao paredão do açude”, nota-se no trecho destacado a
presença de uma
Ano: 2024
Banca:
IV - UFG
Órgão:
Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO
Prova:
IV - UFG - 2024 - Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO - Agente Administrativo |
Q2473618
Português
Quanto à colocação pronominal, a oração em que há o uso
de ênclise é:
Ano: 2024
Banca:
OBJETIVA
Órgão:
Prefeitura de Senador Salgado Filho - RS
Prova:
OBJETIVA - 2024 - Prefeitura de Senador Salgado Filho - RS - Auxiliar de Consultório Dentário |
Q2473509
Português
Considerando-se as regras de colocação pronominal,
assinalar a alternativa CORRETA.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Redator |
Q2472523
Português
Texto associado
Ética e a vocação para a excelência
Realização, felicidade. Quem não quer? Mas como chegar lá sem saber exatamente no que consistem a realização e a felicidade?
Diversos sistemas filosóficos se ocuparam deste tema e ofereceram as mais diversas respostas, muitas vezes opostas entre si. Para uns,
a felicidade estaria na fruição ilimitada dos prazeres; para outros, na negação completa destes mesmos prazeres. Para uns, a felicidade
de uma pessoa é indissociável da felicidade dos demais; para outros, a felicidade individual pode justificar até mesmo que se passe o
outro para trás. Em comum entre todas essas noções está a constatação de que a felicidade e a realização passam pelo modo como
nos comportamos.
Atualmente, fala-se em ética quase tanto quanto em felicidade ou realização. E a ética é frequentemente associada a um conjunto
de normas, uma lista de “certos” e “errados” que balizam nosso comportamento no relacionamento conosco mesmos, com nossa família,
nossos círculos de amigos e de trabalho, e no espaço público. Ser uma pessoa “ética” significaria se comportar de acordo com essas normas.
Não é exatamente uma maneira errada de enxergar a questão, mas é uma maneira insuficiente.
Uma ética entendida assim, em termos normativos, tende a se tornar uma ética negativa, uma ética de limites, em que a grande
preocupação é traçar (e testar) a linha do “não pode”, o limite que separa o certo do errado, com a convicção implícita de que simplesmente estar do lado “bom” desse limite será suficiente. Para fazer uma analogia com a vida escolar, é claro que ser aprovado com a média
mínima exigida pode ser aceitável quando a disciplina é especialmente difícil. Mas deveríamos transformar o “passar raspando” em um
ideal, na chave da realização de um estudante? Deveríamos nos contentar em “passar raspando” pela vida?
E a consequência de pensar na ética como a delimitação de linhas separando o certo e o errado é acabar olhando as situações no
esquema “preto ou branco”: matar uma pessoa num acidente de trânsito se torna tão grave quanto ordenar um genocídio; uma “mentirinha social”, como aquele elogio nada sincero, é tão condenável quanto uma traição. A vida não é assim: dentro das ações condenáveis,
há aquelas mais ou menos graves, e o mesmo vale para os atos louváveis.
Uma ética normativa tende também a ser vista como um saber de especialistas, de experts, que sabem lidar com um complexo de
normas, interpretá-las e aplicá-las às situações concretas. Ora, a experiência universal nos mostra que pessoas muito simples, sem qualquer
formação especial, são com frequência muito mais retas que outras que usam sua formação para distorcer e justificar o injustificável. Por
fim, para cada um de nós, uma moral entendida assim, em termos normativos, acaba dando à ética a condição de algo útil, necessário,
mas “que me limita”. Ou seja, como uma exigência externa, requerida pela vida em sociedade, mas não tão grata, nem tão iluminadora
da minha existência.
Mas haveria alguma alternativa a essa visão, limitada e pouco atraente, que é a mais difundida e que chamamos de normativa?
Sim, mas é preciso um bom recuo no tempo. É entre os antigos gregos que se encontra uma intuição acerca da moral que nos
parece fascinante. Vários de seus mais ilustres pensadores viam essa questão – e influenciaram amplamente seus contemporâneos – de
um modo bastante diverso do que apresentamos acima. Quando, entre eles – e entre os antigos em geral –, se refletia acerca do que
depois se passou a chamar de ética, não se pensava em um conjunto de regras, em um emaranhado de normas que importasse conhecer.
Em que se pensava? Em excelência, na busca do melhor e mais perfeito. Pensava-se na ciência da indagação sobre o que o homem
está chamado a ser, sobre o que é a realização integral e plena do homem. A ética não era questão de cumprir normas, de se perguntar
“posso ou não posso?”. Entendia-se a ética como a resposta à pergunta “o que devo ser?”. E a resposta, simples, mas profunda, era: o
indivíduo é chamado a ser o melhor que ele puder ser; a não se contentar com menos do que com a excelência.
De que excelência se tratava? A que, especificamente, a palavra arete (excelência moral) se referia? A todas as que podem ser
alcançadas pelo homem? No estudo, no trabalho, em um hobby, enfim, em qualquer atividade humana? Não precisamente. Há muitas
“excelências”: no esporte, na arte, nos estudos, na ciência. Mas o desempenho excepcional em certos campos não está ao alcance de
todos: poucos serão, um dia, campeões olímpicos ou prêmios Nobel. Mais do que isso, ainda: o fato de se alcançar tal nível de performance nesses campos parciais, setorizados, não torna uma pessoa necessariamente melhor como pessoa. Todos temos experiência e
notícia de como muitos gênios são canalhas.
A ética, portanto, não trata dessas “excelências”, mas de um tipo muito específico de excelência que, sim, está à mão de todo homem
ou mulher, e que, sim, os torna melhores como pessoas. Quem no-la descreve é um autor estoico do século 3º, o imperador romano
Marco Aurélio: “muitas coisas dependem por inteiro de ti: a sinceridade, a dignidade, a resistência à dor, (...) a aceitação do destino, (...) a
benevolência, a liberalidade, a simplicidade, a seriedade, a magnanimidade. Observa quantas coisas podes já conseguir sem que caiba
alegar pretextos de incapacidade natural ou inaptidão, e por desgraça permaneces voluntariamente por baixo das tuas possibilidades. Por
acaso te vês obrigado a murmurar, a ser avaro, a adular, a culpar o teu corpo, a dar-lhe satisfações, a ser frívolo e a submeter a tua alma a
tanta agitação, porque estás defeituosamente constituído? Não, pelos deuses! Faz tempo que podias haver-te afastado desses defeitos”.
Marco Aurélio está se referindo às virtudes, e a famosa obra de Aristóteles Ética a Nicômaco é exatamente isso: um tratado sobre as
diferentes virtudes, qualidades que se adquirem, que se forjam e que, em todas as épocas, foram admiradas (ainda que por vezes se desse
mais atenção a umas que a outras). A elas se refere à ética e, para toda a experiência do ocidente e boa parte do oriente, as virtudes foram vistas como o fim da educação do homem.
E isso nos traz de volta ao tema da realização e da felicidade, que, para Aristóteles, consiste em ser aquilo para o qual se foi chamado
– o famoso “torna-te aquilo que és” do poeta Píndaro. Isto é, justamente a excelência na virtude. O homem cabal é, sobretudo, o homem
virtuoso, mesmo quando seus dotes intelectuais ou sua formação cultural não sejam os melhores ou mais completos. E, se as virtudes são
inúmeras, ainda mais variados são os caminhos para a excelência – tantos quantos há seres humanos, poderíamos dizer. Cada pessoa,
com seus talentos e circunstâncias, tem sua maneira particular de atingir este ideal. O que une todos esses caminhos é a certeza de que
na vivência das virtudes em alto nível (a eupraxia, ou o agir bem) está o caminho para a felicidade. Recuperar essa ética da excelência é um
passo importantíssimo se queremos construir uma sociedade preocupada com o bem comum.
(Disponível em: gazetadopovo.com.br. Acesso em: 10/02/2024.)
Em relação à colocação do pronome oblíquo e às flexões verbais em “[...] torna-te aquilo que és [...]” (12º§), assinale a alternativa
correta.