Questões de Português - Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética. para Concurso
Foram encontradas 154 questões
Ano: 2023
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
Prefeitura de Sete Lagoas - MG
Provas:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Técnico Orçamentário
|
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Cuidador Infantil |
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Técnico em Educação |
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Técnico de Biblioteca |
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Instrutor de Informática |
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Assistente de Biblioteca |
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2023 - Prefeitura de Sete Lagoas - MG - Auxiliar de Secretaria |
Q2134272
Português
Texto associado
A saúde em primeiro lugar
O pânico criado pela pandemia do novo coronavírus
afetou a vida da população mundial. A necessidade de
isolamento social adiou projetos, afetou a economia e,
infelizmente, fez com que muitos pacientes postergassem
os cuidados com a saúde. O diagnóstico e tratamento
de muitas doenças como câncer e hipertensão tiveram
reduções sensíveis nos últimos meses. Isso também
ocorreu com as consultas.
O fenômeno não é exclusividade nossa e ocorre em
vários países. Em Portugal, agora em julho, o Sistema
Nacional de Vigilância de Mortalidade do país registrou
aumento de 24% de mortes não relacionadas com
a Covid-19 em comparação com o mesmo período
do ano anterior. Nos EUA, os pacientes com câncer,
por exemplo, reduziram os cuidados. No Brasil, entre
diversos indicadores, o Instituto do Câncer do Estado de
São Paulo (Icesp) registrou queda de 30% no número
de pacientes novos que procuram a instituição no início
da pandemia.
As complicações desse adiamento terão reflexos no
curto, médio e longo prazos tanto na saúde pública como
no setor privado; entretanto elas serão mais sensíveis
para os pacientes que poderiam ter tomado uma decisão
capaz de salvar sua vida.
O tempo é um fator importante no tratamento do câncer.
Alguns tumores são extremamente agressivos, como
é o caso do câncer de pulmão, que tem letalidade de
99% para pacientes de qualquer idade sem diagnóstico
e tratamentos adequados. No caso da Covid-19,
os índices variam entre 6% a 10% nas pessoas acima
de 80 anos.
Para os outros tipos de câncer, os cuidados devem seguir
os mesmos critérios. Quanto mais cedo diagnosticado o
tumor, maiores são as chances de um resultado positivo
para o paciente.
No sistema de saúde, os efeitos dos adiamentos serão
igualmente danosos. Podemos enfrentar um crescimento
na procura por tratamento – cirurgias e quimioterapias –
com o risco de encontrarmos os serviços de saúde sem
condições de atender essa alta da demanda no futuro.
Por isso, o paciente não deve adiar sua consulta ao
médico. A telemedicina, por exemplo, pode reduzir o
número de visitas ao especialista, contribuindo para
diminuir a exposição aos riscos da pandemia. Outra
boa alternativa vem do sistema de saúde. Os hospitais
vêm adotando medidas para reduzir os riscos de
contaminação pela Covid-19 separando pacientes desse
novo coronavírus dos demais.
Portanto, nesse momento, o maior risco para o paciente
é não tratar o câncer. O essencial é procurar um
especialista e tirar as dúvidas. Com certeza, ele vai
indicar o melhor caminho e ajudar o paciente a superar
esse momento tão difícil na vida de qualquer pessoa.
Disponível em: https://bit.ly/3VAahUN.
Acesso em: 19 out. 2022 (adaptado).
Assinale a alternativa que indica um recurso utilizado
no texto.
Q2116213
Português
Texto associado
Texto 2 – O jornalismo de opinião pode perpetuar
negacionismos? (adaptado)
Por Matheus Cervo
“No dia 9 de agosto de 2021, o Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) emitiu um
dos mais completos e conclusivos relatórios sobre a grave crise
ecológica e planetária que enfrentamos. O documento tem
mais de 3 mil páginas, que foram escritas por aproximadamente
200 cientistas oriundos de 60 países diferentes a partir de anos
de pesquisa sobre o tema, citando mais de 14 mil estudos que
dão base às conclusões feitas.
Após apenas um mês de emissão do relatório, o jornal Zero
Hora (ZH) publicou um infeliz artigo de opinião de Flávio Juarez
Feijó chamado ‘Aquecimento Natural’. Apesar de ser geólogo e
ser mestre em geociências, Flávio foi abraçado pelo jornal da
capital gaúcha por suas opiniões descabidas, que não possuem
nenhum embasamento científico.
Nesse artigo aprovado por ZH, ele ousou dizer que o relatório
do IPCC é alarmista e que tem como meta o impedimento do
crescimento de países subdesenvolvidos como o Brasil. Como
supostos argumentos científicos, afirma que as mudanças
climáticas atuais fazem parte de um ciclo natural da terra e que
não é necessário reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
Ainda, opina que as metas de carbono zero fariam a sociedade
voltar a andar a cavalo e que a agricultura do nosso país voltaria a
ser movida por arados a boi.
Em letras miúdas quase imperceptíveis ao(à) leitor(a), o
jornal ZH escreve no rodapé da página do artigo: ‘Os textos não
representam a opinião do Grupo RBS’. Contudo, essa não é a
primeira vez que ZH abraça as opiniões de Flávio, já que publicou
outro texto do geólogo em 2018 chamado ‘Descarbonizar não é
preciso’. Neste texto, sem nenhuma referência científica, diz que
o derretimento das geleiras não acrescentaria uma ‘gota no
oceano’, que o gelo da Antártica está protegido e que o nível do
mar não irá subir. Ainda assim, não se contém e diz que, caso
várias áreas do planeta derretam devido ao ‘aquecimento
natural’, deve-se aproveitar as ‘benesses’ do contexto e criar
novas rotas de navegação e vastas áreas de agricultura (!).
Não é preciso dizer mais nada para afirmar que escolhas
editoriais como essa são perigosas e devem ser apontadas como
tal. Pequenas notas em rodapé não devem justificar a falta de
responsabilidade de veículos de comunicação para com a pauta
do colapso climático. É importante dizer que essas escolhas estão
sendo feitas por muitos jornais brasileiros, como Folha de São
Paulo, que publicou um péssimo texto de Leandro Narloch
chamado ‘Negacionistas e aceitacionistas se equivalem na reação
histérica contra quem questiona seus dogmas’. A publicação foi
feita apenas 8 dias depois da emissão do relatório do IPCC e
apenas 3 dias após manifestação do ombudsman da Folha contra
o mesmo colunista.
Esse pronunciamento do ombudsman só ocorreu devido à
grande polêmica que os diversos textos negacionistas de Narloch
causaram na opinião pública através das redes sociais. Por isso,
devemos nos manter alerta às decisões editoriais como as
de Zero Hora e nos manifestar criticamente para que o jornalismo
brasileiro não aja como se o colapso climático fosse questão de
opinião.”
Disponível em: https://jornalismoemeioambiente.com/2021/09/
13/o-jornalismo-de-opiniao-pode-perpetuar-negacionismos-
%ef%bf%bc/
Acesso em: 04/01/2023
“Por isso, devemos nos manter alerta às decisões editoriais como
as de Zero Hora e nos manifestar criticamente para que o
jornalismo brasileiro não aja como se o colapso climático fosse
questão de opinião.” (Texto 2, 6º parágrafo, último período)
O texto 2 é predominantemente argumentativo (no que se refere
ao seu modo de organização discursiva) e desempenha
majoritariamente as funções referencial e emotiva (no que se
refere ao seu propósito comunicativo).
Seu último período, no entanto, subverte esse padrão, na medida
em que evidencia uma predominância:
Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
Banestes
Provas:
FGV - 2023 - Banestes - Analista de Comunicação
|
FGV - 2023 - Banestes - Assistente Social |
FGV - 2023 - Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão Financeira |
FGV - 2023 - Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão Contábil |
Q2105888
Português
Assinale a frase abaixo que exemplifica a função conativa da
linguagem.
Ano: 2021
Banca:
FEPESE
Órgão:
Prefeitura de Araranguá - SC
Prova:
FEPESE - 2021 - Prefeitura de Araranguá - SC - Professor IV - Português/Inglês |
Q2103115
Português
A Campanha Publicitária em prol da Doação de
Órgãos feita pelo SUS (Sistema Único de Saúde) visa à
adesão de mais doadores.
https://3.bp.blogspot.com
A peça publicitária revela que, para conseguir seu objetivo, o autor fez uso, sobretudo, da seguinte função da linguagem:
https://3.bp.blogspot.com
A peça publicitária revela que, para conseguir seu objetivo, o autor fez uso, sobretudo, da seguinte função da linguagem:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
MPE-BA
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - MPE-BA - Assistente Técnico-Administrativo |
Q2102338
Português
Texto associado
Texto II para responder à questão.
A vida é um eterno amanhã
As traduções são muito mais complexas do que se imagina.
Não me refiro a locuções, expressões idiomáticas, palavras de
gíria, flexões verbais, declinações e coisas assim. Isto dá para ser
resolvido de uma maneira ou de outra, se bem que, muitas
vezes, à custa de intenso sofrimento por parte do tradutor. Refiro-me à impossibilidade de encontrar equivalências entre
palavras aparentemente sinônimas, unívocas e univalentes.
Por exemplo, um alemão que saiba português responderá sem
hesitação que apalavra portuguesa “amanhã” quer dizer “morgen”.
Mas coitado do alemão que vá para o Brasil acreditando que,
quando um brasileiro diz “amanhã”, está realmente querendo dizer “morgen”. Raramente está. “Amanhã” é uma palavra riquíssima e tenho certeza de que,se o Grande Duden fosse
brasileiro, pelo menos um volume teria de ser dedicado a ela
e outras, que partilham da mesma condição.
“Amanhã” significa, entre outras coisas, “nunca”, “talvez”,
“vou pensar”, “vou desaparecer”, “procure outro”, “não quero”,
“no próximo ano”, “assim que eu precisar”, “um dia destes”,
“vamos mudar de assunto”, etc. e, em casos excepcionalíssimos,
“amanhã” mesmo. Qualquer estrangeiro que tenha vivido no
Brasil sabe que são necessários vários anos de treinamento para
distinguir qual o sentido pretendido pelo interlocutor brasileiro,
quando ele responde, com a habitual cordialidade nonchalante,
que fará tal ou qual coisa amanhã. O caso dos alemães é, seguramente, o mais grave. Não disponho de estatísticas confiáveis,
mas tenho certeza de que nove em cada dez alemães que procuram ajuda médica no Brasil o fazem por causa de “amanhãs”
casuais que os levam, no mínimo, a um colapso nervoso, para
grande espanto de seus amigos brasileiros – esses alemães são
uns loucos, é o que qualquer um dirá.
(João Ubaldo Ribeiro. Disponível em: https://www.academia.org.br/
academicos/joao-ubaldo-ribeiro/textos-escolhidos. Fragmento.)
A expressão “coitado do alemão” foi empregada pelo enunciador para produzir um efeito de: