Questões de Português - Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas... para Concurso
Foram encontradas 1.233 questões
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Consultor Legislativo - Área de Administração e Finanças |
Q2475345
Português
Texto associado
A importância da educação e conscientização no combate à violência feminina
No contexto atual, é alarmante constatar que muitas mulheres ainda desconheçam os diferentes tipos de violência feminina perpetrados contra elas. Essa falta de conhecimento não apenas contribui para a perpetuação do ciclo de abuso, mas também as impede de
buscar ajuda e se proteger adequadamente. Dentro dessa realidade preocupante, destacam-se diversos tipos de violência feminina, cada
um com suas características e impactos específicos.
A violência física, por exemplo, manifesta-se através de agressões diretas como socos, chutes e empurrões, deixando marcas visíveis
e emocionais profundas. Já a violência psicológica, talvez menos evidente, é igualmente devastadora, minando a autoestima e o bem-estar emocional da vítima por meio de humilhações, xingamentos e ameaças constantes.
A violência sexual é outra forma de agressão que merece atenção especial. Ela engloba qualquer tipo de abuso, coerção ou intimidação sexual não consentida, deixando cicatrizes emocionais que muitas vezes perduram por toda a vida. Enquanto isso, a violência patrimonial é uma realidade cruel na qual a vítima é submetida ao controle abusivo de seus bens e recursos financeiros, limitando sua independência e liberdade.
Por fim, a violência moral, muitas vezes subestimada, também causa danos significativos ao expor a intimidade da mulher, difamando-a publicamente e comprometendo sua dignidade e reputação.
Para combater essa falta de conhecimento e conscientizar as mulheres sobre seus direitos e formas de se protegerem, é fundamental
implementar programas educacionais desde cedo, principalmente nas escolas. Educar crianças e adolescentes sobre respeito, igualdade de
gênero e prevenção da violência é essencial para criar uma sociedade mais justa e igualitária.
As escolas desempenham um papel fundamental nesse processo, pois são espaços privilegiados para a disseminação de conhecimento e valores. Ao incluir em suas grades curriculares conteúdos relacionados à violência de gênero, as escolas contribuem para a formação de cidadãos mais conscientes e engajados na luta contra a violência feminina. Além disso, é importante que as instituições de ensino
ofereçam espaços seguros e acolhedores onde os alunos possam discutir abertamente questões relacionadas à violência de gênero, esclarecer dúvidas e buscar apoio em casos de violência.
Além disso, é crucial que o papel da mulher como mãe seja valorizado e discutido dentro das famílias. Conversas abertas sobre
questões relacionadas à violência de gênero e o ensino aos filhos sobre o respeito e a valorização das mulheres desde cedo são eficazes
na promoção de mudanças culturais e comportamentais.
Outra medida importante é a adoção de políticas mais rigorosas pelas plataformas digitais, que devem coibir publicações agressivas
ou que promovam a violência contra as mulheres. A fiscalização rigorosa nessas plataformas pode ajudar a prevenir a disseminação de
discursos de ódio e a proteger as mulheres do assédio online.
As plataformas digitais têm uma visibilidade ampla e a capacidade de disseminar informações rapidamente. Portanto, é essencial
que utilizemos essas ferramentas de forma responsável e ética, promovendo a conscientização e o combate à violência feminina em
todas as esferas da sociedade.
É essencial que a sociedade se una para garantir que essas leis sejam implementadas efetivamente e que as mulheres tenham
acesso à informação, justiça e proteção necessárias para viverem livres de violência.
(Advogado Paulo Meira Passos, Diretor-Chefe da Meira Passos Advogados e Advogado da Comissão da OAB-MG. Disponível em: <https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/. Acesso em: fevereiro de 2024.)
Considerando-se a produção de sentido da palavra introdutória do parágrafo destacado a seguir: “Portanto, é essencial que utilizemos
essas ferramentas de forma responsável e ética, promovendo a conscientização e o combate à violência feminina em todas as esferas
da sociedade.” (9º§), pode-se afirmar que o mesmo sentido é produzido pelo destacado em:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Consultor Legislativo - Área de Administração e Finanças |
Q2475342
Português
Texto associado
A importância da educação e conscientização no combate à violência feminina
No contexto atual, é alarmante constatar que muitas mulheres ainda desconheçam os diferentes tipos de violência feminina perpetrados contra elas. Essa falta de conhecimento não apenas contribui para a perpetuação do ciclo de abuso, mas também as impede de
buscar ajuda e se proteger adequadamente. Dentro dessa realidade preocupante, destacam-se diversos tipos de violência feminina, cada
um com suas características e impactos específicos.
A violência física, por exemplo, manifesta-se através de agressões diretas como socos, chutes e empurrões, deixando marcas visíveis
e emocionais profundas. Já a violência psicológica, talvez menos evidente, é igualmente devastadora, minando a autoestima e o bem-estar emocional da vítima por meio de humilhações, xingamentos e ameaças constantes.
A violência sexual é outra forma de agressão que merece atenção especial. Ela engloba qualquer tipo de abuso, coerção ou intimidação sexual não consentida, deixando cicatrizes emocionais que muitas vezes perduram por toda a vida. Enquanto isso, a violência patrimonial é uma realidade cruel na qual a vítima é submetida ao controle abusivo de seus bens e recursos financeiros, limitando sua independência e liberdade.
Por fim, a violência moral, muitas vezes subestimada, também causa danos significativos ao expor a intimidade da mulher, difamando-a publicamente e comprometendo sua dignidade e reputação.
Para combater essa falta de conhecimento e conscientizar as mulheres sobre seus direitos e formas de se protegerem, é fundamental
implementar programas educacionais desde cedo, principalmente nas escolas. Educar crianças e adolescentes sobre respeito, igualdade de
gênero e prevenção da violência é essencial para criar uma sociedade mais justa e igualitária.
As escolas desempenham um papel fundamental nesse processo, pois são espaços privilegiados para a disseminação de conhecimento e valores. Ao incluir em suas grades curriculares conteúdos relacionados à violência de gênero, as escolas contribuem para a formação de cidadãos mais conscientes e engajados na luta contra a violência feminina. Além disso, é importante que as instituições de ensino
ofereçam espaços seguros e acolhedores onde os alunos possam discutir abertamente questões relacionadas à violência de gênero, esclarecer dúvidas e buscar apoio em casos de violência.
Além disso, é crucial que o papel da mulher como mãe seja valorizado e discutido dentro das famílias. Conversas abertas sobre
questões relacionadas à violência de gênero e o ensino aos filhos sobre o respeito e a valorização das mulheres desde cedo são eficazes
na promoção de mudanças culturais e comportamentais.
Outra medida importante é a adoção de políticas mais rigorosas pelas plataformas digitais, que devem coibir publicações agressivas
ou que promovam a violência contra as mulheres. A fiscalização rigorosa nessas plataformas pode ajudar a prevenir a disseminação de
discursos de ódio e a proteger as mulheres do assédio online.
As plataformas digitais têm uma visibilidade ampla e a capacidade de disseminar informações rapidamente. Portanto, é essencial
que utilizemos essas ferramentas de forma responsável e ética, promovendo a conscientização e o combate à violência feminina em
todas as esferas da sociedade.
É essencial que a sociedade se una para garantir que essas leis sejam implementadas efetivamente e que as mulheres tenham
acesso à informação, justiça e proteção necessárias para viverem livres de violência.
(Advogado Paulo Meira Passos, Diretor-Chefe da Meira Passos Advogados e Advogado da Comissão da OAB-MG. Disponível em: <https://www.hojeemdia.com.br/opiniao/. Acesso em: fevereiro de 2024.)
Considerando-se que o último parágrafo do texto apresenta uma conclusão, indique a alternativa cuja reescrita atende à adequação
de acordo com a norma padrão da língua.
Ano: 2024
Banca:
IV - UFG
Órgão:
Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO
Prova:
IV - UFG - 2024 - Câmara de Santo Antônio do Descoberto - GO - Analista Legislativo - Área Jurídica |
Q2474348
Português
Texto associado
Olhava para o espelho, ia de um lado para outro, recuava, gesticulava, sorria, e o vidro exprimia tudo. Não era mais um autômato, era um ente animado. Daí em diante, fui outro. Cada dia, a uma certa hora, vestia-me de alferes, e sentava-me diante do espelho, lendo, olhando, meditando; no fim de duas, três horas, despia-me outra vez. Com este regime pude atravessar mais seis dias de solidão, sem os sentir... Quando os outros voltaram a si, o narrador tinha descido as escadas.
Leia o Texto 1 para responder à questão.
Texto 1
Texto 1
Olhava para o espelho, ia de um lado para outro, recuava, gesticulava, sorria, e o vidro exprimia tudo. Não era mais um autômato, era um ente animado. Daí em diante, fui outro. Cada dia, a uma certa hora, vestia-me de alferes, e sentava-me diante do espelho, lendo, olhando, meditando; no fim de duas, três horas, despia-me outra vez. Com este regime pude atravessar mais seis dias de solidão, sem os sentir... Quando os outros voltaram a si, o narrador tinha descido as escadas.
ASSIS, Machado de. O espelho. In: ____. Contos: uma antologia – Volume I.
São Paulo: Companhia das Letras, 2004, 2ª edição, pág. 401-410.
Na frase "Olhava para o espelho, ia de um lado para outro,
recuava, gesticulava, sorria, e o vidro exprimia tudo", a
relação entre as ações é de
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Espera Feliz - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Espera Feliz - MG - Assistente Educacional MA E - A |
Q2473843
Português
Texto associado
Trabalho é dignidade, e não exploração
Número de denúncias de trabalho análogo à escravidão bate recorde em 2023. O próximo passo
é punir com rigor uma das práticas mais cruéis da história da humanidade.
O Brasil registrou o maior número de denúncias de trabalho análogo à escravidão da história em 2023. A quantidade de
notificações cresce a cada ano, à medida que mais pessoas se conscientizam sobre esse crime e os canais de denúncia são
difundidos. O passo seguinte deve ser a maior fiscalização e a punição severa dos autores.
Foram 3.422 denúncias em 12 meses em todo o país, 61% a mais do que em 2022. Minas Gerais é o segundo Estado com
o maior número de pessoas resgatadas no ano passado, com 632 vítimas.
O trabalho análogo à escravidão é objetivamente definido pelo Código Penal brasileiro, em seu artigo 149. Caracteriza-se
pela condição degradante de trabalho, em que há a restrição da locomoção do indivíduo em razão de dívida contraída com seu
empregador.
Mesmo com a clara tipificação legal, os perpetradores aproveitam do desconhecimento de grande parte dos cidadãos
sobre seus direitos trabalhistas. A falta de instrução aliada à condição de pobreza e fome contribuem para que milhares de
pessoas se tornem presas fáceis para os chamados “gatos”, responsáveis por aliciar as vítimas.
A prática é facilitada ainda pelas brechas na fiscalização. Auditores denunciam constantemente a falta de estrutura, de
valorização e de articulação entre os órgãos no combate ao trabalho análogo à escravidão.
Por fim, deve haver avanço na punição dos infratores. Nada repara a dignidade nem devolve o tempo perdido por uma
vítima que teve a liberdade cerceada. Porém, é preciso fazer doer no bolso dos autores. Lamentavelmente, as multas aplicadas
muitas vezes não correspondem à gravidade do trabalho análogo à escravidão, uma das práticas mais bárbaras da humanidade.
Há casos em que as indenizações são menores do que as pagas a um passageiro que teve a mala extraviada por uma
companhia aérea.
Cabe ainda debater a expropriação de terras onde for comprovado esse tipo de exploração. Acima de tudo, o combate ao
trabalho análogo à escravidão passa por uma mudança de mentalidade colonial, que persiste no país.
(Disponível em: https://www.otempo.com.br/opiniao/editorial/. Acesso em: 20/01/2024.)
O título do texto é formado de uma afirmação seguida de uma negação que estão ligadas pela conjunção “e”. Esta conjunção,
neste contexto, tem valor:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Espera Feliz - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Espera Feliz - MG - Fiscal Ambiental |
Q2473582
Português
Texto associado
O primeiro livro de cada uma das minhas vidas
Perguntaram-me uma vez qual fora o primeiro livro de minha vida. Prefiro falar do primeiro livro de cada uma das minhas vidas.
Busco na memória e tenho a sensação quase física nas mãos ao segurar aquela preciosidade: um livro fininho que contava a história do
patinho feio e da lâmpada de Aladim. Eu lia e relia as duas histórias, criança não tem disso de só ler uma vez: criança quase aprende de
cor e, mesmo quase sabendo de cor, relê com muito da excitação da primeira vez. A história do patinho que era feio no meio dos outros
bonitos, mas quando cresceu revelou o mistério: ele não era pato e sim um belo cisne. Essa história me fez meditar muito, e identifiquei-me com o sofrimento do patinho feio – quem sabe se eu era um cisne?
Quanto a Aladim, soltava minha imaginação para as lonjuras do impossível a que eu era crédula: o impossível naquela época
estava ao meu alcance. A ideia do gênio que dizia: pede de mim o que quiseres, sou teu servo – isso me fazia cair em devaneio. Quieta
no meu canto, eu pensava se algum dia um gênio me diria: “Pede de mim o que quiseres”. Mas desde então revelava-se que sou
daqueles que têm que usar os próprios recursos para terem o que querem, quando conseguem.
Tive várias vidas. Em outra de minhas vidas, o meu livro sagrado foi emprestado porque era muito caro: Reinações de Narizinho.
Já contei o sacrifício de humilhações e perseveranças pelo qual passei, pois, já pronta para ler Monteiro Lobato, o livro grosso pertencia
a uma menina cujo pai tinha uma livraria. A menina gorda e muito sardenta se vingara tornando-se sádica e, ao descobrir o que valeria
para mim ler aquele livro, fez um jogo de “amanhã venha em casa que eu empresto”. Quando eu ia, com o coração literalmente
batendo de alegria, ela me dizia: “Hoje não posso emprestar, venha amanhã”. Depois de cerca de um mês de venha amanhã, o que eu,
embora altiva que era, recebia com humildade para que a menina não me cortasse de vez a esperança, a mãe daquele primeiro monstrinho de minha vida notou o que se passava e, um pouco horrorizada com a própria filha, deu-lhe ordens para que naquele mesmo
momento me fosse emprestado o livro. Não o li de uma vez: li aos poucos, algumas páginas de cada vez para não gastar. Acho que foi
o livro que me deu mais alegria naquela vida.
Em outra vida que tive, eu era sócia de uma biblioteca popular de aluguel. Sem guia, escolhia os livros pelo título. E eis que escolhi
um dia um livro chamado O lobo da estepe, de Herman Hesse. O título me agradou, pensei tratar-se de um livro de aventuras tipo Jack
London. O livro, que li cada vez mais deslumbrada, era de aventura sim, mas outras aventuras. E eu, que já escrevia pequenos contos,
dos 13 aos 14 anos fui germinada por Herman Hesse e comecei a escrever um longo conto imitando-o: a viagem interior me fascinava.
Eu havia entrado em contato com a grande literatura.
Em outra vida que tive, aos 15 anos, com o primeiro dinheiro ganho por trabalho meu, entrei altiva porque tinha dinheiro, numa
livraria, que me pareceu o mundo onde eu gostaria de morar. Folheei quase todos os livros dos balcões, lia algumas linhas e passava
para outro. E de repente, um dos livros que abri continha frases tão diferentes que fiquei lendo, presa, ali mesmo. Emocionada, eu
pensava: mas esse livro sou eu! E, contendo um estremecimento de profunda emoção, comprei-o. Só então vim a saber que a autora
não era anônima, sendo, ao contrário, considerada um dos melhores escritores de sua época: Katherine Mansfield.
(LISPECTOR, Clarice. O primeiro livro de cada uma de minhas vidas. A descoberta do mundo, Rio de Janeiro: Rocco. 1999.)
Considere a disposição das vírgulas no trecho “O livro, que li cada vez mais deslumbrada, era de aventura sim, mas outras
aventuras.” (4º§). É correto afirmar que as vírgulas aqui se deram para separar, respectivamente, uma oração