Questões de Português - Sílaba: Monossílabos, Dissílabos, Trissílabos, Polissílabos para Concurso

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Q1785918 Português

Como Criamos Significados Na Linguagem Cotidiana?

Lilian Ferrari

   É comum, nos dias atuais, ouvirmos expressões como “maratonar um seriado”, “combater fake news” ou “bloquear um contato no WhatsApp”. E embora não tenhamos nenhuma dificuldade em produzir ou compreender essas expressões, nem sempre nos damos conta de que esses usos, como tantos outros em nossa linguagem cotidiana, não são literais, mas sim metafóricos. Isso porque tudo o que nos foi ensinado sobre metáforas faz com que pensemos que só é possível encontrá-las em textos elaborados, produzidos por especialistas que têm uma habilidade especial no manejo da linguagem, tais como escritores, poetas e afins.

   A verdade, entretanto, é que as metáforas ocorrem na linguagem como reflexo do nosso pensamento. Somos capazes de pensar metaforicamente e, por isso, também falamos metaforicamente. E se é assim, faz sentido que não apenas os textos literários, mas também a nossa linguagem cotidiana seja permeada de metáforas.

   Mas como são esses processos de pensamento? Por que, afinal de contas, temos a habilidade de pensar metaforicamente? A resposta é relativamente simples, e tem a ver com o fato de que temos que lidar com ideias que não fazem parte de nossa experiência corporal mais direta. Se aquilo que podemos ver, ouvir, provar, cheirar ou tocar é acessível à nossa compreensão, o mesmo não acontece quando se trata de uma ideia abstrata como, por exemplo, o tempo. Embora tenhamos que lidar com o tempo em nosso cotidiano – acordamos cedo para trabalhar, tomamos remédios com hora marcada, etc. –, o tempo não é diretamente captável por nossos sentidos. Diferentemente de casas, árvores, carros, livros e tudo o que faz parte de nossa experiência direta, o conceito de tempo é abstrato. E, por isso, para pensarmos sobre o tempo fica mais fácil usar a estratégia de “traduzi-lo” para algo mais familiar. Essa espécie de tradução é justamente a metáfora, que nos permite tratar conceitos abstratos de forma mais concreta.

  No caso do tempo, uma das possibilidades é pensar no tempo como se fosse espaço, e mais especificamente, como se fosse um local. Nesse caso, assim como podemos falar que estamos em um determinado lugar (ex. “Estamos na praça”), podemos nos referir a um período de tempo usando a mesma ideia de local (ex. “Estamos na primavera”). [...]


Adaptado de: <http://www.roseta.org.br/pt/2020/05/29/comocriamos-significados-na-linguagem-cotidiana>. Acesso em: 13 jul. 2020.

Sobre os termos “metaforicamente”, “relativamente”, “diferentemente”, “diretamente”, “justamente” e “especificamente”, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1785529 Português
Leia atentamente o texto.

1. Abelhas e borboletas são os animais polinizadores mais
2. conhecidos. O que talvez algumas pessoas não saibam
3. é que, há muito tempo, as moscas também têm um
4. papel expressivo no processo de polinização.
5. Em um estudo publicado no último dia 10 de março no
6. periódico Current Biology, pesquisadores apresentaram
7. a análise de um fóssil de uma mosca de 47 milhões de
8. anos e, surpreendentemente, conseguiram resgatar
9. detalhes sobre o passado a partir... Da barriga do inseto.
10. O abdômen protuberante sugeria que a barriga ainda
11. deveria estar cheia graças ao último alimento ingerido.
12. A equipe, liderada por Fridgeir Grímsson, da
13. Universidade de Viena, na Áustria, investigou o fóssil
14. da espécie Hirmoneura messelense, encontrado na
15. Alemanha. - As moscas eram os principais
16. polinizadores em antigos ecossistemas e podem até
17. ter ofuscado as abelhas -, afirma Grímsson.

12/03/2021
Fonte: Revista Galileu (online), seção Notícias
Qual alternativa a seguir NÃO traz uma palavra dissílaba retirada do texto?
Alternativas
Q1781395 Português

TEXTO I

Felicidade nas telas


    Uma amiga inventou um jeito de curtir a fossa. Depois de um dia de trabalho, de volta para casa, ela se enfia na cama, abre o laptop e entra no Facebook. Não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma?

    Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo job fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como aparece nas fotografias postadas.

    Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer enquanto o resto do mundo se diverte.

    Numa dessas noites de fossa e curtição, ao voltar para a sua própria página no Facebook, minha amiga deu-se conta de que a página dela não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que ela estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; não passaram por nenhum Photoshop, acontece que são três ou quatro fotos ‘felizes’ entre as mais de quinhentas que eu tirei”.

    Nesses dias, acabei de ler Perché Siamo Infelici [Porque somos infelizes], organizado por P. Crepet (Einaudi). São textos de seis psiquiatras e psicanalistas (e um geneticista) tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, porque não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda: a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente.

    Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo nem evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam à custa de nossa insatisfação. Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Você é infeliz porque ainda não conseguiu tudo o que queria ou porque parou de querer e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

    1. A felicidade dá status, assim como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar;

    2. além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam a minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova da minha felicidade é a inveja dos outros.

    O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.


CALLIGARIS, Contardo. Todos os reis estão nus. São Paulo: Três Estrelas, 2014

Analise as assertivas a seguir:


I. Em “Depois de um dia de trabalho, de volta para casa...”, a palavra destacada é classificada como trissílaba e paroxítona.

II. No trecho “...sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana...”, as palavras destacadas possuem o mesmo número de sílabas e, quanto à tonicidade, são classificadas respectivamente como: paroxítona e oxítona.

III. Na passagem “É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa...”, as palavras em destaque possuem o mesmo número de sílabas, mas, quanto à tonicidade, possuem classificações diferentes.

IV. Em “Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação?”, o vocábulo em destaque é classificado como polissílabo e oxítono.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Q1778270 Português
Leia o texto para responder à próxima questão.

Vivendo e aprendendo (Victor Hugo).
Na vida temos muitas surpresas, boas, ruins, inesperadas... Temos que estar preparados para reagir a cada uma delas. Chore, ria, faça careta, pule, dance, cante, corra, viva. Não tenha medo de viver e ser feliz! Existem momentos na vida que podem parecer bobos, que podem parecer comuns para você por enquanto, mas um dia você pode olhar pra trás e dizer: esse foi o dia mais feliz de minha vida, "até agora". Por isso, aprecie cada momento na vida como se fosse único e especial, com uma pessoa especial. Não busque a felicidade muito longe, ela pode estar mais perto do que você imagina! Tente apenas ser feliz, faça o que der vontade, não se importe com o que os outros dizem sobre você, porém, tente não dizer nada sobre os outros. Não faça com o próximo o que não quer para si mesmo. 
Marque a alternativa correta, quanto ao número de sílabas, nas palavras do texto (especial, outros, boas, não).
Alternativas
Q1770180 Português

Leia o texto abaixo e responda a questão.


Um Só Planeta

Restaurar 30% dos ecossistemas degradados pode impedir extinção de 72% das espécies

Além disso, essa restauração pode retirar da atmosfera metade do gás carbônico acumulado desde a Revolução Industrial. É o que mostra estudo global liderado por um brasileiro e publicado na revista científica Nature. De acordo com a pesquisa, algumas áreas devem ser priorizadas por oferecerem resultados até 13 vezes mais eficazes que outras. A Mata Atlântica está na zona de alta prioridade de restauração.

Disponível < https://cbn.globoradio.globo.com

Assinale a alternativa INCORRETA quanto a acentuação:
Alternativas
Respostas
26: A
27: E
28: A
29: B
30: C