Questões de Português - Substantivos para Concurso
Foram encontradas 633 questões
Ano: 2023
Banca:
UECE-CEV
Órgão:
SEDUC-CE
Prova:
UECE-CEV - 2023 - SEDUC-CE - Professor - Linguagens |
Q2292548
Português
O termo “marco”, no título da charge, classifica-se
gramaticalmente como
Ano: 2023
Banca:
FUNDATEC
Órgão:
Prefeitura de Três Passos - RS
Prova:
FUNDATEC - 2023 - Prefeitura de Três Passos - RS - Agente Comunitário de Saúde |
Q2292391
Português
Tendo em vista o fragmento “O atendimento ao público é o processo pelo qual uma
organização, empresa ou instituição interage com os indivíduos, clientes, usuários ou cidadãos que
buscam seus produtos, serviços ou informações”, assinale a alternativa que apresenta, correta e
respectivamente, a classificação das palavras sublinhadas.
Ano: 2023
Banca:
Aroeira
Órgão:
Prefeitura de Goiandira - GO
Provas:
Aroeira - 2023 - Prefeitura de Goiandira - GO - Agente Administrativo
|
Aroeira - 2023 - Prefeitura de Goiandira - GO - Técnico em Segurança do Trabalho |
Aroeira - 2023 - Prefeitura de Goiandira - GO - Agente de Combate às Endemias |
Aroeira - 2023 - Prefeitura de Goiandira - GO - Fiscal de Obras, Posturas e Trânsito |
Aroeira - 2023 - Prefeitura de Goiandira - GO - Fiscal de Tributos |
Aroeira - 2023 - Prefeitura de Goiandira - GO - Técnico em Higiene Dental |
Aroeira - 2023 - Prefeitura de Goiandira - GO - Técnico em Enfermagem |
Aroeira - 2023 - Prefeitura de Goiandira - GO - Técnico em Informática |
Q2291598
Português
Texto associado
TEXTO II
LOMBADA
O computador, ao contrário do que se pensava,
não salvará as florestas. Dizem que com o computador
aumentou o uso do papel em todo o mundo, e não apenas
porque a cada novidade eletrônica lançada no mercado
corresponde um manual de instrução, sem falar numa
embalagem de papelão. O computador estimula as pessoas a imprimir coisas. Como hoje qualquer um pode
ser editor, paginador e ilustrador sem largar o mouse, a
tentação de passar sua obra para o papel é quase irresistível. E nada dá uma impressão de permanência como
a impressão, ainda menos uma tela ondulante que pode
desaparecer com o toque de uma tecla errada. [...]
Um livro está operacional no momento em que
você o abre. Um disquete não substitui um livro.[...] Ninguém jamais lhe perguntará que disquetes você levaria
para uma ilha deserta. Para o disquete valer um livro,
você teria que viajar com um computador e a ilha teria
que ter uma usina elétrica ou um revendedor de pilhas,
o que descredenciaria como deserta e invalidaria a enquete.
Mas desconfio que o que salvará o livro será o
supérfluo, o que não tem nada a ver com conteúdo ou
conveniência. Até que lancem disquetes com cheiro sintetizado, nada substituirá o cheiro de papel e tinta nas
suas duas categorias inigualáveis, livro novo e livro velho. E nenhuma coleção de disquetes ornamentará uma
sala com o calor e a dignidade de uma estante de livros.
A tudo que falta ao admirável mundo da informática, da
cibernética, do virtual e do instantâneo, acrescente-lhe
isto: falta lombada. No fim, o livro deverá sua sobrevida
à decoração de interiores.
(VERÍSSIMO, LUIS. Lombada.
O Estado de São Paulo, 02/11/1997, ADAPTADO).
Considere a frase: “O computador estimula as pessoas a imprimir coisas”. Marque a alternativa que apresenta as classes gramaticais presentes nessa frase, respectivamente:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
CORE-TO
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - CORE-TO - Fiscal |
Q2291363
Português
Texto associado
Saudade
Conversávamos sobre saudade. E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. Nem da infância querida,
nem sequer das borboletas azuis, Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda,
a ausência. A vontade da presença, mas não no passado, e sim presença atual. Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora.
Voltar atrás? Acho que não, nem com eles.
A vida é uma coisa que tem de passar, uma obrigação de que é preciso dar conta. Uma dívida que se vai pagando todos os
meses, todos os dias. Parece loucura lamentar o tempo em que se devia muito mais.
Gostaria de ter palavras boas, eficientes, para explicar como é isso de não ter saudades; fazer sentir que estou exprimindo
um sentimento real, a humilde, a nua verdade. Você insinua a suspeita de que talvez seja isso uma atitude. Pois então eu lhe
digo que essa capacidade de morrer de saudades, creio que ela só afeta a quem não cresceu direito; feito uma cobra que se
sentisse melhor na pele antiga, não se acomodasse nunca à pele nova.
Fala que saudade é sensação de perda. Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não sinto que perdi nada. Gastei, gastei
tempo, emoções, corpo e alma. E gastar não é perder, é usar até consumir.
E não pense que estou a lhe sugerir tragédias. Tirando a média, não tive quinhão por demais pior que o dos outros. Houve
muito pedaço duro, mas a vida é assim mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e a outros mais tarde; no fim, iguala a todos.
Infância sem lágrimas, amada, protegida. Mocidade – mas a mocidade já é de si uma etapa infeliz. Coração inquieto que
não sabe o que quer, ou quer demais. Qual será, nesta vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos fazer confidências de
exaltação, de embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é a quadra dramática por excelência, o período dos conflitos, dos
ajustamentos penosos, dos desajustamentos trágicos. A idade dos suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo, dos grandes
heroísmos. É o tempo em que a gente quer ser dono do mundo – e ao mesmo tempo sente que sobra nesse mesmo mundo. A
idade em que se descobre a solidão irremediável de todos os viventes.
Não sei mesmo como, entre as inúmeras mentiras do mundo, se consegue manter essa mentira maior de todas: a suposta
felicidade dos moços. Por mim, sempre tive pena deles, da sua angústia e do seu desamparo. Enquanto esta idade a que
chegamos, você e eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera. E mesmo quando
se exige muito, só se espera o possível. Se as surpresas são poucas, poucos também os desenganos. A gente vai se aferrando a
hábitos, a pessoas e objetos.
E depois há o capítulo da morte, sempre presente em todas as idades. Com a diferença de que a morte é a amante dos
moços e a companheira dos velhos. Para os jovens ela é abismo e paixão. Para nós, foi se tornando pouco a pouco uma velha
amiga, a se anunciar devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a ruga no rosto, a vista fraca, os achaques. Velha amiga que vem
de viagem e de cada porto nos manda um postal, para indicar que já embarcou.
(QUEIROZ, Rachel de. Um alpendre, uma rede, um açude. Rio de Janeiro: José Olympio, 2006. Adaptado.)
Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO pertence a mesma classe gramatical dos demais.
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
CORE-MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - CORE-MG - Assistente Administrativo |
Q2291087
Português
Texto associado
A disciplina do amor
Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro
e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas
que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Para logo
voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a
ir diariamente até a esquina, fixo o olhar naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a
presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro, até chegar o
dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu
num bombardeio mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão.
Quando ia chegando aquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.
Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!), as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que
não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros amigos.
Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam,
mas quem esse cachorro está esperando?… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
(Lygia Fagundes Telles. A disciplina do amor. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1980, p. 99-100.)
Assinale a opção na qual o termo sublinhado NÃO está classificado corretamente quanto à sua classe gramatical.