Questões de Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação para Concurso

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Q2130329 Português

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Disponível em: <https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/post/34233070095/por-andr%C3%A9-dahmermalvados>. Acesso em: 28 fev. 2023.

Em qual das alternativas o uso do ponto de exclamação apresenta sentido semelhante ao indicado no último quadrinho da tira?

Alternativas
Q2122116 Português
Texto 10A1-I

    A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores brasileiros do século 20.).
     Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade, priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso neutro.
    Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
     No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
    O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez de recorrer à demarcação de gênero binário.
    Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
     Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo a ou o (como em a intérprete).
     Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os falantes.  

 Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).

Em relação à pontuação empregada no texto 10A1-I, julgue o item a seguir.


A junção do terceiro e do quarto períodos do quarto parágrafo em um só, substituindo-se o ponto após “feminino” pelo sinal de dois-pontos, ainda que feito o devido ajuste de maiúsculas e minúsculas, provocaria incorreção gramatical no texto.

Alternativas
Q2117750 Português
Leia o texto para responder à questão.

   Agora, ao Chico Bento, como único recurso, só restava arribar.
  Sem legume, sem serviço, sem meios de nenhuma espécie, não havia de ficar morrendo de fome, enquanto a seca durasse.
   Depois, o mundo é grande e no Amazonas sempre há borracha...
  Alta noite, na camarinha fechada que uma lamparina moribunda alumiava mal, combinou com a mulher o plano de partida.
   Ela ouvia chorando, enxugando, na varanda encarnada da rede, os olhos cegos de lágrimas.
   Chico Bento, na confiança do seu sonho, procurou animá-la, contando-lhe os mil casos de retirantes enriquecidos no Norte.
  A voz lenta e cansada vibrava, erguia-se, parecia outra, abarcando projetos e ambições. E a imaginação esperançosa aplanava as estradas difíceis, esquecia saudades, fome e angústias, penetrava na sombra verde do Amazonas, vencia a natureza bruta, dominava as feras e as visagens, fazia dele rico e vencedor.
   Cordulina ouvia, e abria o coração àquela esperança; mas correndo os olhos pelas paredes de taipa, pelo canto onde na redinha remendada o filho pequenino dormia, novamente sentiu um aperto de saudade, e lastimou-se:
   — Mas, Chico, eu tenho tanta pena da minha barraquinha! Onde é que a gente vai viver, por esse mundão de meu Deus?

(Rachel de Queiroz, O Quinze)
Assinale a alternativa em que o enunciado atende à norma-padrão quanto à pontuação.
Alternativas
Q2110776 Português

Leia a crônica de Moacyr Scliar para responder à questão.


Quando eu tinha a tua idade


   Ai, Senhor, não nos deixe cair na tentação de dizer ao nosso filho ou à nossa filha qualquer coisa que comece com “Quando eu tinha a tua idade...”

   Dificilmente haverá, nas sempre difíceis relações entre pais e filhos, frase mais perigosa. Para começar, ela alarga o gap entre as gerações, este fosso que separa adultos de crianças ou adolescentes, e cuja largura, nesta era de rápidas transformações, se mede em anos-luz. No entanto, os pais a usam, é uma coisa automática. Olhamos o quarto desarrumado e observamos: “Quando eu tinha a tua idade, fazia a cama sozinho”. Examinamos a redação feita para a escola e sacudimos a cabeça: “Quando eu tinha a tua idade, não cometia esses erros de ortografia. E a minha letra era muito melhor”. Sim, a nossa letra era melhor. Sim, íamos sozinhos até o centro da cidade.

   Sim, aos dez anos já trabalhávamos e sustentávamos toda a família. Sim, éramos mais cultos, mais politizados, mais atentos. Conhecíamos toda a obra de Balzac, entoávamos todas as sinfonias de Beethoven. Éramos o máximo.

   Mas éramos mesmo? Se entrássemos na máquina do tempo e recuássemos algumas décadas, será que teríamos a mesma impressão? Sim, íamos até o centro da cidade, mas a cidade era menor, mais fácil de ser percorrida. Sim, trabalhávamos – mas havia outra alternativa?

   Cada geração recorre às habilidades de que necessita. Sabíamos usar um martelo ou consertar um abajur, mas eles dedilham um computador com a destreza de um virtuose. Nós jogávamos futebol na várzea, mas agora que a febre imobiliária acabou com os terrenos baldios, os garotos fazem prodígios com o skate nuns poucos metros quadrados.

   Bem, mas então não podemos falar aos nossos filhos sobre a nossa infância? Longe disso. Há uma coisa que podemos compartilhar com eles; os sonhos que tivemos, e que, na maioria irrealizados (ai, as limitações da condição humana), jazem intactos, num cantinho da nossa alma. São estes sonhos que devemos mobilizar como testemunhas de nosso diálogo com os jovens.

   Fale a uma criança sobre aquilo que você esperava ser; fale de suas fantasias:

– Quando eu tinha a tua idade, meu filho, eu era criança como tu. E era bom.


(Coleção melhores crônicas: Moacyr Scliar.

Org. Luís Augusto Fischer. Global Editora. Adaptado)

No quarto e no sexto parágrafos, respectivamente, o ponto de interrogação em – mas havia outra alternativa? – e os parênteses em – (ai, as limitações da condição humana) – contribuem para:
Alternativas
Q2100232 Português
Instrução: A questão refere-se ao texto abaixo. 




Adaptado de: CORSO, M. Somos inteligentes o bastante para
saber quão inteligentes são os animais? Disponível
em:<https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/mariocorso/noticia/2022/08/somos-inteligentes-o-bastantepara-saber-quao-inteligentes-sao-os-animaiscl7gm60km003e0153mgguy0ra.html>. Acesso em: 12 nov.
2022. 
Considere as seguintes sugestões de mudança na pontuação do texto, levando em conta os ajustes com maiúsculas e minúsculas.

I - Substituição do ponto-final na linha 04 por dois-pontos.
II - Acréscimo de vírgula imediatamente após animais (l. 15).
III - Substituição das vírgulas nas linhas 43-44 por travessões.

Quais estariam de acordo com a norma gramatical?
Alternativas
Respostas
21: E
22: C
23: D
24: A
25: E