Questões de Concurso Público Prefeitura de Petrolina - PE 2021 para Professor Substituto Ensino Fundamental - Língua Portuguesa
Foram encontradas 10 questões
Ano: 2021
Banca:
AEVSF/FACAPE
Órgão:
Prefeitura de Petrolina - PE
Prova:
AEVSF/FACAPE - 2021 - Prefeitura de Petrolina - PE - Professor Substituto Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q1820051
Português
Texto associado
TEXTO 01
Disparada
Geraldo Vandré/Theo de Barros
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou
contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo
houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por
necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se
clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Então não pude seguir valente lugar-tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente
marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é
diferente
Se você não concordar, não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo
houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa
de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do
que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
A música “Disparada” (Texto 01) foi inscrita no
Festival da Record de 1966, e defendida pelo
intérprete Jair Rodrigues.
Pode-se inferir da letra que o “eu-lírico”:
Pode-se inferir da letra que o “eu-lírico”:
Ano: 2021
Banca:
AEVSF/FACAPE
Órgão:
Prefeitura de Petrolina - PE
Prova:
AEVSF/FACAPE - 2021 - Prefeitura de Petrolina - PE - Professor Substituto Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q1820052
Português
Texto associado
TEXTO 01
Disparada
Geraldo Vandré/Theo de Barros
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou
contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo
houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por
necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se
clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Então não pude seguir valente lugar-tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente
marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é
diferente
Se você não concordar, não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo
houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa
de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do
que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
A música “Disparada” (Texto 01), foi inscrita no
Festival da Record de 1966, e defendida pelo
intérprete Jair Rodrigues. Na letra, o “eu lírico” faz
uma comparação entre o comportamento do “boi” e
do ser humano (“gente”). Evidencia-se nisso que:
Ano: 2021
Banca:
AEVSF/FACAPE
Órgão:
Prefeitura de Petrolina - PE
Prova:
AEVSF/FACAPE - 2021 - Prefeitura de Petrolina - PE - Professor Substituto Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q1820053
Português
Texto associado
TEXTO 01
Disparada
Geraldo Vandré/Theo de Barros
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou
contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo
houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por
necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se
clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Então não pude seguir valente lugar-tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente
marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é
diferente
Se você não concordar, não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo
houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa
de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do
que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
No verso “Na boiada já fui boi, mas um dia me
montei / Não por um motivo meu, ou de quem
comigo houvesse / Que qualquer querer tivesse,
porém por necessidade / Do dono de uma boiada
cujo vaqueiro morreu”, da canção “Disparada”
(Texto 01), o valor semântico das palavras
destacadas é, respectivamente, de:
Ano: 2021
Banca:
AEVSF/FACAPE
Órgão:
Prefeitura de Petrolina - PE
Prova:
AEVSF/FACAPE - 2021 - Prefeitura de Petrolina - PE - Professor Substituto Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q1820054
Português
Texto associado
TEXTO 01
Disparada
Geraldo Vandré/Theo de Barros
Prepare o seu coração pras coisas que eu vou
contar
Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo
houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por
necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se
clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Então não pude seguir valente lugar-tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente
marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é
diferente
Se você não concordar, não posso me desculpar
Não canto pra enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo
houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa
de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do
que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei
Ao trabalhar, em sala de aula, com a canção/letra
“Disparada” (Texto 01), de Geraldo Vandré, o
professor de língua portuguesa despertará, no
estudante, o interesse por textos de diversas
naturezas e usos. Assinale, nas alternativas abaixo,
a competência específica de língua portuguesa do
ensino fundamental, que melhor se aplica a essa
atividade:
Ano: 2021
Banca:
AEVSF/FACAPE
Órgão:
Prefeitura de Petrolina - PE
Prova:
AEVSF/FACAPE - 2021 - Prefeitura de Petrolina - PE - Professor Substituto Ensino Fundamental - Língua Portuguesa |
Q1820055
Português
Texto associado
TEXTO 02
A metamorfose
Luis Fernando Verissimo
Uma barata acordou um dia e viu que tinha se
transformado num ser humano. Começou a mexer
suas patas e viu que só tinha quatro, que eram
grandes e pesadas e de articulação difícil. Não
tinha mais antenas. Quis emitir um som de surpresa
e sem querer deu um grunhido. As outras baratas
fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis
segui-las, mas não coube atrás do móvel. O seu
segundo pensamento foi: “Que horror… Preciso
acabar com essas baratas…”
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade.
Antigamente ela seguia seu instinto. Agora
precisava raciocinar. Fez uma espécie de manto
com a cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu
pela casa e encontrou um armário num quarto, e
nele, roupa de baixo e um vestido. Olhou-se no
espelho e achou-se bonita. Para uma ex-barata.
Maquiou-se. Todas as baratas são iguais, mas as
mulheres precisam realçar sua personalidade.
Adotou um nome: Vandirene. Mais tarde descobriu
que só um nome não bastava. A que classe
pertencia?… Tinha educação?…. Referências?…
Conseguiu a muito custo um emprego como
faxineira. Sua experiência de barata lhe dava
acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa
faxineira.
Difícil era ser gente… Precisava comprar comida e
o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam
num roçar de antenas, mas os seres humanos não.
Conhecem-se, namoram, brigam, fazem as pazes,
resolvem se casar, hesitam. Será que o dinheiro vai
dar? Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos,
roupa de cama, mesa e banho. Vandirene casou-se, teve filhos. Lutou muito, coitada. Filas no
Instituto Nacional de Previdência Social. Pouco
leite. O marido desempregado… Finalmente
acertou na loteria. Quase quatro milhões! Entre as
baratas ter ou não ter quatro milhões não faz
diferença. Mas Vandirene mudou. Empregou o
dinheiro. Mudou de bairro. Comprou casa. Passou
a vestir bem, a comer bem, a cuidar onde põe o
pronome. Subiu de classe. Contratou babás e
entrou na Pontifícia Universidade Católica.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se
transformado em barata. Seu penúltimo
pensamento humano foi: “Meu Deus!… A casa foi
dedetizada há dois dias!…”. Seu último
pensamento humano foi para seu dinheiro
rendendo na financeira e que o safado do marido,
seu herdeiro legal, o usaria. Depois desceu pelo pé
da cama e correu para trás de um móvel. Não
pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu cinco minutos depois, mas foram os cinco minutos
mais felizes de sua vida.
Kafka não significa nada para as baratas…
(VERÍSSIMO, Luís Fernando. A metamorfose. in Ed
Morte e outras histórias. Porto Alegre. L&PM
Editores, 1979.)
No processo de escrita, por diversas vezes, os
autores recorrem a processos de
intertextualidade. Bakhtin afirma em sua obra
Estética da criação verbal que “cada enunciado é
um elo da cadeia muito complexa de outros
enunciados”. Diante desse conceito, julgue os itens
a seguir:
I. Há na crônica de Luis Fernando Verissimo uma intertextualidade explícita com a obra Metamorfose de Franz Kafka, embora ocorra uma inversão nos textos; já que – em Kafka – é o ser humano quem se transforma em uma barata. II. Analisando este trecho: “O seu primeiro pensamento humano foi: que vergonha, estou nua!”, pode-se entender um tipo de intertextualidade implícita, ao retomar ao episódio bíblico narrado no livro do Gênesis em que Adão e Eva assim se veem após comerem do fruto da árvore que estava no centro do jardim. III. No seguinte trecho “Conseguiu a muito custo um emprego como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.”, percebemos uma intertextualidade explícita com o livro “A hora da estrela” de Clarice Lispector, em que Macabea era também uma faxineira, que buscava uma forma de ser “gente”, de ser vista e amada pelas pessoas.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):
I. Há na crônica de Luis Fernando Verissimo uma intertextualidade explícita com a obra Metamorfose de Franz Kafka, embora ocorra uma inversão nos textos; já que – em Kafka – é o ser humano quem se transforma em uma barata. II. Analisando este trecho: “O seu primeiro pensamento humano foi: que vergonha, estou nua!”, pode-se entender um tipo de intertextualidade implícita, ao retomar ao episódio bíblico narrado no livro do Gênesis em que Adão e Eva assim se veem após comerem do fruto da árvore que estava no centro do jardim. III. No seguinte trecho “Conseguiu a muito custo um emprego como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.”, percebemos uma intertextualidade explícita com o livro “A hora da estrela” de Clarice Lispector, em que Macabea era também uma faxineira, que buscava uma forma de ser “gente”, de ser vista e amada pelas pessoas.
Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):