Questões de Concurso Público Transpetro 2018 para Analista Financeiro Júnior
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Admita que i seja a taxa de juros de curto prazo no Brasil (a meta anual da taxa SELIC); i*, a taxa de juros de curto prazo nos Estados Unidos (utilizada como indicador da taxa de juros anual internacional); e, a taxa de câmbio R$/US$ no mercado à vista no Brasil; e eF , a taxa de câmbio R$/US$ negociada no mercado a termo para 360 dias, usada como indicador da expectativa de variação cambial ao longo desse período. Admita, hipoteticamente, que o risco-Brasil seja nulo, e que os indicadores informados, hoje, sejam:
i* = 1,50% a.a.;
e = R$ 3,20/US$;
eF = R$ 3,29/US$
Com base nesses indicadores e considerando-se válida
a hipótese da paridade a descoberto da taxa de juros, a
taxa de juros de curto prazo i (meta anual da taxa SELIC),
no Brasil, deveria ser hoje de
As previsões de produto potencial feitas com base no cenário para 2018 mostram que, mesmo com a aceleração do crescimento, o PIB ainda chegaria ao final do período abaixo de seu potencial, o que corrobora o cenário de inflação abaixo da meta no ano que vem.
SOUZA JÚNIOR, J.R.C. Indicador Ipea de produto potencial. Carta de Conjuntura Ipea, de 20 de dezembro de 2017. Disponível em <http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/tag/hiato-do-produto/> Acesso em: 27 fev. 2018.
De acordo com as condições conjunturais da economia brasileira descritas no texto, o cenário prospectivo para o final de 2018 indicaria um hiato do produto
Os dados seguintes são relativos às despesas agregadas, registradas no Brasil, em 2015 (valores correntes, expressos em R$ bilhões), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):
Consumo das famílias 3.835
Consumo da administração pública 1.186
Formação bruta de capital fixo 1.069
Exportação de bens e serviços 773
Importação de bens e serviços 843
Variação de estoques - 25
Disponível em: <IBGE,https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/pib-vol-val_201703_8.shtm>.
Acesso em: 26 fev. 2018.
De acordo com os dados apresentados, o valor do produto
interno bruto (PIB) a preços de mercado, em 2015, em
R$ bilhões, foi de
O pressuposto que o nome “poupança externa” sugere é que o déficit em conta corrente se somaria à poupança interna dos países, e, assim, sua taxa de investimento (que é decisiva para o desenvolvimento econômico) aumentaria. Entretanto, essa tese, ou a afirmação de que “os países ricos em capital devem transferir seus capitais para os países pobres em capitais” é tão verdadeira quanto a de que a terra é plana... Parece ser verdadeira, mas é essencialmente falsa. Quando um país decide aceitar essa proposta de “crescimento com poupança externa”, a primeira consequência é a apreciação da taxa de câmbio. Em seguida, do lado da oferta, ocorre o aumento artificial dos salários, e, em consequência, o aumento do consumo interno. Dada a propensão marginal elevada a poupar existente nos países em desenvolvimento, o aumento do consumo e a correspondente redução da poupança interna são grandes, de forma que diminui a poupança interna, e a poupança externa em grande parte a substitui, ao invés de se constituir em um acréscimo à poupança interna.
BRESSER-PEREIRA, L.C. Déficits, Câmbio e Crescimento. O Estado de São Paulo, 07/03/2010. Disponível em <http://www.estadao.com.br/noticias/geral,deficits-cambio-e-crescimento,520633>. Acesso em 27 fev. 2018. Adaptado.
O texto sugere que a estratégia de crescimento com poupança externa, perseguida pelo Brasil nas últimas décadas, tende a apreciar a taxa de câmbio da moeda brasileira, em relação ao dólar, em termos reais.
Esse resultado é avaliado negativamente porque