Questões de Concurso Público SEC-BA 2022 para Coordenador Pedagógico Padrão P - Grau III - para Escolas Indígenas
Foram encontradas 10 questões
Ano: 2022
Banca:
FCC
Órgão:
SEC-BA
Prova:
FCC - 2022 - SEC-BA - Coordenador Pedagógico Padrão P - Grau III - para Escolas Indígenas |
Q2114210
Português
Os povos indígenas amazônicos sofreram durante séculos o constante impacto da colonização e dos aculturadores, que pensam
que, para serem reconhecidos como cidadãos, os indígenas devem adotar modelos da cultura ocidental. No entanto, nos últimos
anos os modelos de vida nativos têm ganhado reconhecimento, visto que oferecem contribuições muito interessantes para o
desenvolvimento sustentável, considerando os milênios vividos em constante adaptação à heterogênea e complexa situação
ecológica da Amazônia. Somos conscientes de que a cultura é um elemento de identidade viva, dinâmica e que tende a criar
sincretismos com outras culturas próximas. Consequentemente, é lógico pensar que os traços culturais de cada grupo indígena
foram e seguem variando de tal forma que comunidades de um mesmo grupo étnico podem mostrar diferenças significativas
entre si. Essa é uma das riquezas de manter um mosaico de diversidade cultural: nada permanece, tudo se transforma.
(RENGIFO (YAHUA), Roberto Suarez. A interpretação dos desenhos Kene Shipibo Conibo. In: Rezende, Justino Sarmento (org.) Paneiro de saberes: transbordando reflexividades indígenas, Brasília, DF: Mil Folhas, 2021, p. 39)
O pesquisador indígena Roberto Yahua reflete sobre cultura ocidental e cultura indígena. No trecho, o autor afirma que
(RENGIFO (YAHUA), Roberto Suarez. A interpretação dos desenhos Kene Shipibo Conibo. In: Rezende, Justino Sarmento (org.) Paneiro de saberes: transbordando reflexividades indígenas, Brasília, DF: Mil Folhas, 2021, p. 39)
O pesquisador indígena Roberto Yahua reflete sobre cultura ocidental e cultura indígena. No trecho, o autor afirma que
Ano: 2022
Banca:
FCC
Órgão:
SEC-BA
Prova:
FCC - 2022 - SEC-BA - Coordenador Pedagógico Padrão P - Grau III - para Escolas Indígenas |
Q2114212
Português
Vivo pensando que todas as crises da sociedade ocidental moderna, com suas grandes ideias de desenvolvimento e tecnologias, são frutos da ideia do ser humano (não indígena) como centro do mundo e do esquecimento da importância do planeta
que está em conexão múltipla, permitindo a emergência da diversidade dos seres. Nós, povos indígenas, somos os guardiões
das florestas, dos rios, da terra e de toda a ecologia que permite a existência da diversidade da vida e, por isso, não devolver a
nossa terra é como aprisionar e envenenar a nossa mãe. Todas as ações/políticas e formação visam a nossa resistência, luta e
a possibilidade de reaver o nosso grande território tradicional para que a memória e os guardiões voltem a conduzir a existência
do nosso povo Guarani e Kaiowá.
(BENITES, Eliel. A educação Indígena como ferramenta de resistência, 1 de setembro de 2022. Disponível em: https://www.dw.com)
O professor indígena Eliel Benites, do povo Guarani Kaiowá, faz uma reflexão sobre educação escolar indígena como instrumento de resistência. Para o autor, a formação indígena contribui para
(BENITES, Eliel. A educação Indígena como ferramenta de resistência, 1 de setembro de 2022. Disponível em: https://www.dw.com)
O professor indígena Eliel Benites, do povo Guarani Kaiowá, faz uma reflexão sobre educação escolar indígena como instrumento de resistência. Para o autor, a formação indígena contribui para
Ano: 2022
Banca:
FCC
Órgão:
SEC-BA
Prova:
FCC - 2022 - SEC-BA - Coordenador Pedagógico Padrão P - Grau III - para Escolas Indígenas |
Q2114240
Português
O Português Tapuia é a expressão do sentimento de pertencimento ao ser indígena e ao ser Tapuia no Carretão. Para além de
fonemas, morfemas, monemas, sememas, sintagmas, frases e orações, as línguas têm palavras que constroem sentidos, que
contam histórias armazenadas, mantidas em silêncio e em segredo, em nome da sobrevivência do povo. A língua de um povo é
muito mais que gramática e léxico, é sentimento, é vínculo com o passado, com a realidade e com a irrealidade. Ao reconhecer
o Português Tapuia como sua língua indígena, os Tapuias se reconhecem e se assumem, ao mesmo tempo, indígenas e
Tapuias.
(RODRIGUES, E. M. da R. “Português Tapuia: um signo de resistência indígena”. “Revista Porto das Letras”, v. 04, no 01. 2018. Sociolinguística: os Olhares do Sul na Desestabilização dos Modelos Herdados, p. 133-154 Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br. Acessado em: 10 fev 22.)
A pesquisadora indígena Eunice Rodrigues, do povo Tapuia, aborda o português falado pelo seu povo. O argumento central do texto é
(RODRIGUES, E. M. da R. “Português Tapuia: um signo de resistência indígena”. “Revista Porto das Letras”, v. 04, no 01. 2018. Sociolinguística: os Olhares do Sul na Desestabilização dos Modelos Herdados, p. 133-154 Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br. Acessado em: 10 fev 22.)
A pesquisadora indígena Eunice Rodrigues, do povo Tapuia, aborda o português falado pelo seu povo. O argumento central do texto é
Ano: 2022
Banca:
FCC
Órgão:
SEC-BA
Prova:
FCC - 2022 - SEC-BA - Coordenador Pedagógico Padrão P - Grau III - para Escolas Indígenas |
Q2114241
Português
Leia o texto a seguir.
Não tem sido fácil assegurar aos povos indígenas a devida proteção aos seus direitos, principalmente os territoriais. Tenho observado que os conflitos aparecem à medida que surgem os reconhecimentos de direitos. Como venho acompanhando a história da Terra Indígena Raposa Serra do Sol desde Roraima, estou convicta de que o processo de reconhecimento da terra é um passo muito importante, diria o principal, mas não acaba com um simples decreto de homologação. É preciso continuar a insistir na aplicação dos direitos dos povos indígenas – prioritários, fundamentais e inegociáveis.
(CARVALHO, Joênia Batista de. Terras indígenas: a casa é um asilo inviolável. In: ANAYA, S. James; ARAÚJO, Ana Valéria Sabião de; CARVALHO, Joênia Batista de; GUARANY, Vilmar Martins Moura; JÓFEJ, Lúcia Fernanda; OLIVEIRA, Paulo Celso de. Povos Indígenas e a lei dos “Brancos”: o direito à diferença. Brasília: MEC/SECAD/Unesco, 2006)
Com base no texto,
Não tem sido fácil assegurar aos povos indígenas a devida proteção aos seus direitos, principalmente os territoriais. Tenho observado que os conflitos aparecem à medida que surgem os reconhecimentos de direitos. Como venho acompanhando a história da Terra Indígena Raposa Serra do Sol desde Roraima, estou convicta de que o processo de reconhecimento da terra é um passo muito importante, diria o principal, mas não acaba com um simples decreto de homologação. É preciso continuar a insistir na aplicação dos direitos dos povos indígenas – prioritários, fundamentais e inegociáveis.
(CARVALHO, Joênia Batista de. Terras indígenas: a casa é um asilo inviolável. In: ANAYA, S. James; ARAÚJO, Ana Valéria Sabião de; CARVALHO, Joênia Batista de; GUARANY, Vilmar Martins Moura; JÓFEJ, Lúcia Fernanda; OLIVEIRA, Paulo Celso de. Povos Indígenas e a lei dos “Brancos”: o direito à diferença. Brasília: MEC/SECAD/Unesco, 2006)
Com base no texto,
Ano: 2022
Banca:
FCC
Órgão:
SEC-BA
Prova:
FCC - 2022 - SEC-BA - Coordenador Pedagógico Padrão P - Grau III - para Escolas Indígenas |
Q2114242
Português
A nova geração Guarani e Kaiowá defende que aprender a ler, escrever bem em língua indígena e na língua portuguesa
(bilíngue), dominar bem a informática e internet são passos fundamentais no contexto contemporâneo. Visto que a formação
bilíngue e o domínio de informática já passaram a dar algum prestígio relevante tanto nas aldeias indígenas quanto em contexto
urbano. [...] Os jovens indígenas tomaram também o aprendizado de leitura, escrita e informática como um desafio, pois muitos
não índios duvidavam e duvidam que indígenas pudessem ler, escrever, dominar a nova tecnologia e internet, dizendo que ler,
escrever bem, dominar a informática e internet não eram coisa de “índio”. Diante disso, os jovens Guarani e Kaiowá decidiram
lutar contra o preconceito e o estigma, e aceitaram o desafio. [...] Desse modo, os jovens indígenas entendem que as novas
tecnologias como a internet e as redes sociais, em parte, foram e são capazes de divulgar as situações atuais e as demandas
reais das comunidades Guarani e Kaiowá contemporâneas.
(BENITES, Tonico. “A educação dos jovens Guarani e Kaiowá e sua utilização das redes sociais na luta por direitos”. Desidades. n. 2, 2014. p. 16)
De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que o domínio das novas tecnologias é
(BENITES, Tonico. “A educação dos jovens Guarani e Kaiowá e sua utilização das redes sociais na luta por direitos”. Desidades. n. 2, 2014. p. 16)
De acordo com o texto, é CORRETO afirmar que o domínio das novas tecnologias é