Questões de Concurso Público UESPI 2023 para Assistente de Gestão Administrativa -Área de Atividade Universitária Especializada - Tecnologia da Informação

Foram encontradas 3 questões

Q2269045 Português
Texto I
        Como os cinemas estão se reinventando para trazer o público de volta

        Projeção a laser, poltronas premium ou experiências sensoriais se multiplicam em salas escuras. Tentam seduzir os telespectadores, principalmente os jovens, que adotaram novos hábitos e preferem as plataformas de vídeo. 

        Os quartos escuros querem encontrar a luz. Após os dois anos de crise sanitária, em 2020 e 2021, durante os quais permaneceram fechados por meses, os cerca de 200.000 cinemas do mundo, incluindo cerca de 6.300 na França, ainda não encontraram seus níveis de público anteriores. Para isso, terão que seduzir mais uma vez os milhões de cinéfilos que agora preferem as plataformas de vídeo (Netflix, Amazon Prime Video, Disney+, etc.). Entre a geração jovem adepta do streaming e os adultos modernos do cinema em casa, os operadores de cinema procuram o martingale. Até porque a realidade virtual, capaz de simular, via fone de ouvido, uma sala escura com tela panorâmica em ultra alta definição e som espacial, pode mergulhá-los em uma crise existencial. 

        O primeiro motivo de preocupação para os expositores, as receitas globais de bilheteria (venda de ingressos) não ultrapassaram 26 bilhões de dólares (24 bilhões de euros) em 2022. É certo que isso é melhor do que o annushorribilis de 2020, que caiu drasticamente para apenas US$ 11,8 bilhões, segundo dados da empresa de pesquisa Gower Street Analytics, mas ainda muito longe dos US$ 42,3 bilhões em vendas do ano de 2019, antes da pandemia. E as previsões globais para 2023, embora revisadas para cima, ainda mostram um grave déficit de 10 bilhões de dólares para os cinemas em relação ao último pico antes da crise. 


LAUBIER, Charles de. Como os cinemas estão se reinventando para trazer o público de volta. Jornal Le Monde. Paris, 25 jun. 2023. Caderno Economia. Disponível em: https://www.lemonde.fr/economie/article/2023/06/25/comment-les-salles-de-cinema-sereinventent-pour-faire-revenir-le-public_6179174_3234.html. Acesso em: 26 jun. 2023.
O gênero notícia apresenta informações acerca de algum fato relevante que acontece no mundo. Sobre a notícia em questão, pode-se dizer que ela tem como propósito comunicativo principal  
Alternativas
Q2269050 Português

Texto III  


Fonte: ITAIPU BINACIONAL. Dia Nacional do Esclarecimento. [2016]. 1 cartaz, color. Disponível em: https://www.itaipu.gov.br/sala-de-imprensa/noticia/governo-lanca-mobilizacao-nacional-contra-o-aedes-aegypti-neste- sabado?page=17. Acesso em: 26 jun. 2023. 

Sobre o texto III, avalie as seguintes afirmações: avalie as seguintes afirmações: 


I. É um cartaz usado para alertar a população sobre os perigos provocados pelo mosquito Aedes Aegypti, como a doença Zika vírus.


II. Trata-se de um texto multimodal, pois é composto por linguagem verbal e não verbal.


III. Predomina a função expressiva da linguagem.


IV. A palavra mosquito é hiperônimo de inseto.


Marque APENAS a alternativa CORRETA para a questão.  

Alternativas
Q2269055 Português
Texto V


O Cearensês no Universo Multilinguístico do Português: Cine Holliúdy

          Com o tempo, as divisões geográficas e políticas de um país podem mudar bastante. Uma das regiões mais importantes do Brasil, há alguns séculos, era a capitania de Pernambuco, que tinha um enorme poder político sobre outras regiões do nordeste. Após 119 anos de influência pernambucana, a então capitania do Siará se tornou independente, graças à decisão da Rainha Maria I no dia 17 de janeiro de 1799. Para comemorar a data, uma lei estadual declarou, em 2004, o “Dia do Ceará”. A língua, assim como as relações políticas regionais, também mudam. Mudam no tempo e mudam no espaço. (...) Se você já assistiu ao filme “Cine Holliúdy” (2012), deve se lembrar do recado inicial: “Vocês vão assistir ao primeiro filme nacional falado em ‘Cearensês’, por isso, as legendas”. Além disso, também é dito logo no início que “Este filme contém cenas de cearensidade explícita”. Estes avisos podem ser compreendidos como uma simulação das fichas de verificação de conteúdos artísticos, apresentando avisos ao público.

         Se você ainda não conhece, “Cine Holliúdy” é um filme brasileiro, dirigido por Halder Gomes, inspirado no curta-metragem “Cine Holiúdy: O Astista Contra o Caba do Mal”, de 2004 que, por sua vez, também teve uma parte 2, intitulada “Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral”, lançada em 2017. Essa “franquia” inspirou a criação da série homônima produzida e exibida pela TV Globo desde 2019 e que lançou sua segunda temporada em 2022. Ele conta a história de Francisgleydisson, pai de família que decide migrar para uma outra cidade e abrir um cinema. Toda a história se passa na década de 1970 no interior do Ceará, quando a TV ainda começava a se popularizar e a ameaçar os cinemas das pequenas cidades. Com muito humor e muito “cearensês”, Francisgleydisson luta para manter o seu cinema, bem como para despertar e manter a paixão das pessoas pelas exibições cinematográficas.

           Mas o que nos interessa mesmo nesse post é esse tal de “cearensês”! O que seria isso? Para podermos compreender, vamos precisar falar um pouquinho de sociolinguística. As pesquisas científicas sobre a linguagem, a depender de seus objetivos, podem adotar como foco o estudo das características que permitem que a sociedade influencie a forma como uma língua se apresenta. Uma das vertentes mais conhecidas da sociolinguística é a variacionista, que estabeleceu termos bastante conhecidos e difundidos hoje, até mesmo fora da área acadêmica. Dentre esses termos, podemos mencionar as variações linguísticas e as variedades linguísticas (grosso modo, os sotaques). Além disso, existem diversos “bordões” da área, fatos que estão bastante estabelecidos e são repetidos com bastante frequência como aquela que usamos no início do post, de que as línguas variam no tempo (com o passar dos anos) e no espaço (regiões mais afastadas tendem usar a língua de maneiras mais distantes uma da outra).

           A título de exemplo, os sotaques nordestinos têm cada um as suas particularidades. Ainda assim, por serem geograficamente próximos, eles também são mais parecidos entre eles do que se compararmos com algum sotaque sudestino ou sulista. Mas mesmo dentro de uma certa região, pessoas mais velhas terão a tendência a falar diferente dos jovens por terem tido influência de sotaques mais antigos e estarem em menos contato com as inovações da juventude.

          Se olharmos ao extremo, o contato que tivemos com pessoas ao longo da nossa vida já influencia nossa forma de falar e, nesse sentido, cada pessoa tem seu próprio jeito de falar (o que chamamos de idioleto). Cada uma dessas formas de falar é caracterizada por certas especificidades de diferentes naturezas. Por exemplo, podemos mudar as palavras que se referem a coisas específicas como aipim, mandioca e macaxeira, ou como tangerina, mexerica e bergamota (...)

           Independente da forma como falamos, ainda assim somos todos brasileiros e nos entendemos. E sendo brasileiros e estando frequentemente em contato com todos esses sotaques, também costumamos reconhecer ao menos aqueles mais conhecidos. Desse modo, a forma de alguém falar nos dá uma pista linguística para inferirmos parte da identidade do outro. (...)


SAMPAIO, Thiago Oliveira da Motta. O Cearensês no Universo Multilinguístico do Português: Cine Holliúdy. Blog da Unicamp, Campinas, 17 jan. 2023. Disponível em: https://www.blogs.unicamp.br/linguistica/2023/01/17/o-universo-multilinguistico-doportugues/. Acesso em: 26 jun. 2023. (Adaptado)
A partir da leitura do texto V, pode-se afirmar que:
Alternativas
Respostas
1: C
2: E
3: D