Questões de Concurso Público UFRJ 2017 para Assistente em Administração

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Q856889 Português

 


VOZ DE SANGUE


  1. Palpitam-me

os sons do batuque

e os ritmos melancólicos do blue


  1. Ó negro esfarrapado do Harlem...

ó dançarino de Chicago

ó negro servidor do South


  1. Ó negro de África

negros de todo o mundo

eu junto ao vosso canto

a minha pobre voz

os meus humildes ritmos.


  1. Eu vos acompanho

pelas emaranhadas áfricas

do nosso Rumo


  1. Eu vos sinto

negros de todo o mundo

eu vivo a vossa Dor

meus irmãos.

 (António) AGOSTINHO NETO (1922-1979), médico, formado nas Universidades de Coimbra e de Lisboa, foi Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPL, e, em 1975, tornou-se o primeiro Presidente de Angola, cargo que exerceu até 1979. 

Assinale a alternativa em que aparecem os três elementos em torno dos quais se articula a mensagem poética de Voz de Sangue.
Alternativas
Q856890 Português

 


VOZ DE SANGUE


  1. Palpitam-me

os sons do batuque

e os ritmos melancólicos do blue


  1. Ó negro esfarrapado do Harlem...

ó dançarino de Chicago

ó negro servidor do South


  1. Ó negro de África

negros de todo o mundo

eu junto ao vosso canto

a minha pobre voz

os meus humildes ritmos.


  1. Eu vos acompanho

pelas emaranhadas áfricas

do nosso Rumo


  1. Eu vos sinto

negros de todo o mundo

eu vivo a vossa Dor

meus irmãos.

 (António) AGOSTINHO NETO (1922-1979), médico, formado nas Universidades de Coimbra e de Lisboa, foi Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPL, e, em 1975, tornou-se o primeiro Presidente de Angola, cargo que exerceu até 1979. 

Marque a alternativa em que a reescrita do primeiro verso do poema mantém o significado que lhe foi dado pelo autor.
Alternativas
Q856891 Português

                                     TEXTO 7


      O texto adiante apresenta fragmentos do poema Às mulheres da minha terra, de Alda Espírito Santo, poeta, professora e jornalista de São Tomé e Príncipe. Leia-o e responda à questão proposta a seguir:


ÀS MULHERES DA MINHA TERRA


“Irmãs do meu torrão pequeno

Que passais pela estrada do meu país de África

É para vós, irmãs, a minha alma toda inteira

— Há em mim uma lacuna amarga —

Eu queria falar convosco no nosso crioulo cantante

Queria levar até vós, a mensagem das nossas vidas

Na língua maternal, bebida com o leite dos nossos primeiros dias

Mas, irmãs, vou buscar um idioma emprestado

Para mostrar-vos a nossa terra

O nosso grande continente,

Duma ponta a outra.

(...)


Amigas, as nossas mãos juntas,

As nossas mãos negras

Prendendo os nossos sonhos estéreis

Varrendo com fúria Com a fúria das nossas “palayês”1

Das nossas feiras,

As coisas más da nossa vida.

(...)”


1 vendedoras

Alda Espírito Santo, poeta, professora e jornalista, também conhecida por Alda Graça, nasceu em 30 de abril de 1926, na cidade de São Tomé, capital do Arquipélago de São Tomé e Príncipe. Após a independência do país, ocorrida em 12 de junho de 1975, Alda Espírito Santo ocupou vários cargos sucessivos no governo da jovem nação, entre os quais os de Ministra da Educação e Cultura, Ministra da Informação e Cultura, Presidente da Assembleia Nacional e Secretária Geral da União Nacional de Escritores e Artistas de São Tomé e Príncipe. Nesse ano, em novembro, compõe a letra do Hino Nacional de São Tomé e Príncipe, intitulado “Independência Total”. No ano de 1976, publica seu primeiro livro de poemas, intitulado “O jogral das Ilhas”. Em 1978, publica o livro de poemas “É nosso o solo sagrado da terra-poesia de protesto e luta”, que reúne uma coletânea dos poemas produzidos por Alda entre os anos de 1950- 1970. Em 9 de março de 2010, falece a poeta Alda Espírito Santo, em Luanda (Angola).

Esses fragmentos do texto dado expressam algumas tensões. Mais que isso, eles expõem alguns temas centrais, em torno dos quais se estrutura a mensagem poética. Marque a alternativa que menciona combinação NÃO tratada nessas estrofes do poema.
Alternativas
Q856895 Português

                                     TEXTO 9


      O carioca Joel Rufino dos Santos (1941-2015), além de escritor, foi historiador e professor (da UFRJ e um dos intelectuais de referência sobre o estudo da cultura africana no país.


      O texto a seguir é um fragmento adaptado do artigo Joel Rufino e o negro em cena, de Eduardo de Assis Duarte, publicado na revista LITERAFRO.


      Joel Rufino dos Santos figura indubitavelmente entre os mais destacados intelectuais negros brasileiros, com dezenas de títulos publicados desde meados do século passado. Em seu livro A história do negro no teatro brasileiro, o autor explicita como o negro aparece inicialmente reduzido a objeto (1) da escrita e da cena concebida pelo branco. E como, após o fim da escravatura, é impedido de atuar e tem que assistir a atores (2) brancos “brochados” de preto falarem por ele nos palcos. O que parece inacreditável para muitos ganha estatuto de verdade histórica: salvo as pouquíssimas (3) exceções que só fazem confirmar a regra (4), somente a partir de meados do século XX, com as atividades pioneiras do TEN – Teatro Experimental do Negro – este começa a se erguer a sujeito de seu discurso e a colocar em cena corpo, voz, fala e dramas por tanto tempo impedidos de chegar as plateias (5).

Se quisermos manter o mesmo sentido do trecho “(...) salvo as pouquíssimas exceções que só fazem confirmar a regra (...)”, ao reescrevê-lo, devemos substituir a palavra em destaque por:
Alternativas
Q856898 Português

                             


      “(...) Entre os fatores constitutivos da globalização, em seu caráter perverso atual, encontram-se a forma como a informação é oferecida à humanidade e a emergência do dinheiro em estado puro como motor da vida econômica e social. (...). O que é transmitido à maioria da humanidade é, de fato, uma informação manipulada que, em lugar de esclarecer, confunde. Isso é tanto mais grave porque, nas condições atuais da vida econômica e social, a informação constitui um dado essencial e imprescindível. (...)”

Fragmento de Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal, 2015, de MILTON SANTOS (3 de maio de 1926, Brotas de Macaúba, Bahia – 24 de junho de 2001, São Paulo). O geógrafo e professor foi preso, durante o golpe de 1964, e permaneceu no exílio por 13 anos. Depois de seu retorno ao Brasil, foi professor e pesquisador na UFRJ até 1983. Milton Santos recebeu 20 títulos Doutor Honoris Causa de universidades brasileiras e estrangeiras.

Sobre a afirmação inicial do trecho dado é correto afirmar que “a forma como a informação é oferecida à humanidade e a emergência do dinheiro em estado puro como motor da vida econômica e social” são:
Alternativas
Respostas
6: D
7: A
8: E
9: A
10: C