Questões de Concurso Público UFU-MG 2019 para Assistente em Administração

Foram encontradas 8 questões

Q972565 Português

Fusca 60 anos: veja curiosidades sobre o carro queridinho no Brasil


Nem precisa ser apaixonado por automóveis para se render ao charme do Fusca. O modelo conquistou os brasileiros por décadas com o seu design arredondado e uma "cara simpática". [...] Meu nome é Fusca. O modelo chegou no Brasil com o nome Volkswagen Sedan. Em alemão, o V soa parecido com "fau" e o W como "Vê". O Fauvê virou fulque, que virou fulca, e segundo o historiador Alexander Gromow, em São Paulo ganhou um 'S' e virou fusca. Só 20 anos depois da chegada do modelo no Brasil foi que a Volkswagen adotou o nome oficialmente.

Diferentemente dos carros que a gente vê na rua atualmente, o Fusca tinha um charme especial na hora de colocar a bagagem. O porta-malas dele ficava na parte da frente, onde normalmente fica o motor. Já o motor, na parte de trás.

Fuscão Preto. Muito tempo antes de Gabriel Gava "jogar a gata no fundo da Fiorino", outro carro já era usado como ninho de amor. Era em um "Fuscão Preto" que uma mulher encontrava o amante, na música de Almir Rogério, também lá nos anos 1980. A traição sobrou para o fusquinha que foi acusado de ter "seu ronco maldito. Meu castelo tão bonito, você fez desmoronar". É justo isso? […]


Disponível em http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/verso/online/fusca-60-anos- veja-curiosidades-sobre-o-carro-queridinho-no-brasil Acesso em 03 jan.2019. (Fragmento)



Em relação aos recursos enunciativos mobilizados no trecho acima, assinale a alternativa INCORRETA.


Alternativas
Q972566 Português

Sou feliz só por preguiça. A infelicidade dá uma trabalheira pior que doença: é preciso entrar e sair dela, afastar os que nos querem consolar, aceitar pêsames por uma porção da alma que nem chegou a falecer. – Levanta, ó dono das preguiças. É o mando de minha vizinha, a mulata Dona Luarmina. Eu respondo: – Preguiçoso? Eu ando é a embranquecer as palmas das mãos. – Conversa de malandro…– Sabe uma coisa, Dona Luarmina? O trabalho é que escureceu o pobre do preto. E, afora isso, eu só presto é para viver…Ela ri com aquele modo apagado dela. A gorda Luarmina sorri só para dar rosto à tristeza. – Você, Zeca Perpétuo, até parece mulher…– Mulher, eu?– Sim, mulher é que senta em esteira. Você é o único homem que eu vi sentar na esteira. – Que quer vizinha? Cadeira não dá jeito para dormir. Ela se afasta, pesada como pelicano, abanando a cabeça.

Minha vizinha reclama não haver homem com miolo tão miúdo como eu. Diz que nunca viu pescador deixar escapar tanta maré:– Mas você, Zeca: é que nem faz ideia da vida. – A vida, Dona Luarmina? A vida é tão simples que ninguém a entende. É como dizia meu avô Celestiano sobre pensarmos Deus ou não Deus… Além disso, pensar traz muita pedra e pouco caminho. Por isso eu, um reformado do mar o que me resta fazer? Dispensado de pescar, me dispenso de pensar. Aprendi nos muitos anos de pescaria: o tempo anda por ondas. A gente tem é que ficar levezinho e sempre apanhar boleia numa dessas ondeações. – Não é verdade, Dona Luarmina? A senhora sabe essas línguas da nossa gente. Me diga, minha Dona: qual é a palavra para dizer futuro? Sim, como se diz futuro? Não se diz, na língua deste lugar de África. Sim, porque futuro é uma coisa que existindo nunca chega a haver. Então eu me suficiento do atual presente. E basta. – Só eu quero é ser um homem bom, Dona. – Você é mas é um aldrabom. A gorda mulata não quer amolecer conversa. E tem razão, sendo minha vizinha desde há tanto.


COUTO, Mia. Mar Me Quer. Portugal: Editorial Caminho, 2015. (Fragmento)


A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o narrador revela

Alternativas
Q972568 Português

        Morar na periferia é tudo, tudo de ruim em matéria de transporte coletivo. Não seria tanto se eu tivesse um carrinho para me levar ao trabalho, mas esse é um sonho distante. O pior é que o bairro onde moro foi tomado pelas vans, ou melhor, lotações mesmo, elas estão maiores, mas não comportam a quantidade de infelizes (estou incluída nessa) que precisa ir trabalhar e enfrentar o balanço das vans. Confesso que esta não é das sensações mais agradáveis desse mundo. Perceber que a dita cuja da lotação vai encostar no próximo ponto para pegar mais passageiros é ainda pior. Eu que não acordo mal-humorada (me orgulho disso), mas ainda tô com sono, tiro forças não sei de onde para ser simpática e me espremo, com o cuidado de não cair sobre o indivíduo sentado à minha frente, para deixar os novos infelizes passarem. Passa boi, passa boiada, até que um dos últimos da fila acha ótimo o espacinho vazio que tem logo atrás de você, sem desconfiar que aquele é justamente o lugar que você estava ocupando e que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. O infeliz teima em ficar logo ali. Seu braço já está com cãimbra pela posição sem jeito de quem se espreme e precisa voltar à posição normal o mais rápido possível. O jeito é rezar para todos os santos e orixás que você conhece e esperar que o indivíduo inconveniente tenha algum semancol e saia logo do seu lugar. Mas o infeliz prefere ficar ali esbarrando em você - não há nada mais irritante do que fazer isso com um desconhecido na lotação logo cedo. Você tenta tirá-lo de lá, usa o cotovelo para esbarrar sem querer, faz cara feia... Nada adianta. Ainda bem que trabalho próximo de casa. Odeio "lotações lotadas" logo de manhã.       


                                 Disponível em: http://mundinhodarosi.blogspot.com/ Acesso em 05 jan. 2019 (Adaptado)

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o principal objetivo do relato é
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Q972569 Português

        Morar na periferia é tudo, tudo de ruim em matéria de transporte coletivo. Não seria tanto se eu tivesse um carrinho para me levar ao trabalho, mas esse é um sonho distante. O pior é que o bairro onde moro foi tomado pelas vans, ou melhor, lotações mesmo, elas estão maiores, mas não comportam a quantidade de infelizes (estou incluída nessa) que precisa ir trabalhar e enfrentar o balanço das vans. Confesso que esta não é das sensações mais agradáveis desse mundo. Perceber que a dita cuja da lotação vai encostar no próximo ponto para pegar mais passageiros é ainda pior. Eu que não acordo mal-humorada (me orgulho disso), mas ainda tô com sono, tiro forças não sei de onde para ser simpática e me espremo, com o cuidado de não cair sobre o indivíduo sentado à minha frente, para deixar os novos infelizes passarem. Passa boi, passa boiada, até que um dos últimos da fila acha ótimo o espacinho vazio que tem logo atrás de você, sem desconfiar que aquele é justamente o lugar que você estava ocupando e que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. O infeliz teima em ficar logo ali. Seu braço já está com cãimbra pela posição sem jeito de quem se espreme e precisa voltar à posição normal o mais rápido possível. O jeito é rezar para todos os santos e orixás que você conhece e esperar que o indivíduo inconveniente tenha algum semancol e saia logo do seu lugar. Mas o infeliz prefere ficar ali esbarrando em você - não há nada mais irritante do que fazer isso com um desconhecido na lotação logo cedo. Você tenta tirá-lo de lá, usa o cotovelo para esbarrar sem querer, faz cara feia... Nada adianta. Ainda bem que trabalho próximo de casa. Odeio "lotações lotadas" logo de manhã.       


                                 Disponível em: http://mundinhodarosi.blogspot.com/ Acesso em 05 jan. 2019 (Adaptado)

A partir da leitura do texto, é INCORRETO afirmar que
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Q972570 Português

Sempre tive cachorros, mas, como tinha filhos, eles ocupavam um lugar secundário no ranking amoroso da família e dormiam fora de casa. Até o pequenino Pumpy, um fox “pelo duro” cheio de personalidade, dormia ao relento, apesar do frio. Acho que dormia enroscado no Funk, pastor alemão que tinha o papel de cuidar da casa, mas, quando os dois fugiam pela rua, era o pastor que seguia o fox.

Os filhos cresceram, a família mudou, os netos nasceram e os cachorros continuaram. Ângela tinha um Weimaraner, o Otto, que só faltava falar. Mas eu não gostava que dormisse no nosso quarto. Ele sacudia as orelhas quando acordava e, com isso, me acordava também. Agora sou obrigado a conviver com um bulldog francês, o Joca, que passou a fazer parte da família apesar das minhas advertências.

Mas eu mordi a língua. Joca foi entrando devagarinho na minha vida com aquele jeitinho de cão rejeitado, porque, apesar de ter “pedigree”, ele é todo diferente. Os dentes são tortos, o focinho é mais comprido e ele parece uma mistura de morcego com bezerro. Mas é lindo. [...]

A relação com os animais também estabelece um vínculo afetivo forte, uma interação amorosa de dois seres que dependem um do outro. Já está provado que o contato com animais traz benesses terapêuticas e ajuda no tratamento da solidão e da rejeição. Pessoas têm animais domésticos para dar e receber esse afeto.

Portanto, eu, que alertava para os problemas de dependência que um cachorro pode trazer, hoje sou vítima dele. Vítima no bom sentido. Adoro minha relação com Joca e me sinto muito bem quando ele se enrosca em mim ou vem com a patinha pedir que eu coce suas costas. [...] E eu juro, que se ele falar, não vou me espantar, vou responder.


PAIVA, Miguel Disponível em: https://www.jb.com.br/colunistas/visto_de_fora_mundo-cao. Acesso em 11 jan.2019. (Adaptado)


Considerando o emprego dos verbos no texto apresentado, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Respostas
1: A
2: D
3: C
4: X
5: B