Questões de Concurso Público Prefeitura de Camocim de São Félix - PE 2024 para Fisioterapeuta

O treinamento da musculatura da panturrilha é colocado em evidência como uma atividade capaz de aumentar o refluxo sanguíneo e aprimorar a competência das veias, causando redução dos desconfortos e malefícios promovidos pela DVD. 

O programa terapêutico da fisioterapia vascular para a DVC, conhecido como cinesioterapia vascular, deve constituir-se de três fases: aquecimento, treinamento e relaxamento. A fase de aquecimento tem como objetivos aumentar o fluxo sanguíneo muscular, o consumo de oxigênio basal e proporcionar efeitos psicológicos que se manifestam, principalmente, como sensação de preparação. 

A fase de treinamento pode ser conduzida com exercícios resistidos para melhorar a ejeção do volume venoso e fortalecer a musculatura da panturrilha, resultando em um aumento no desempenho das atividades diárias. A inclusão de exercícios aeróbicos pode otimizar a função da panturrilha, favorecendo o retorno venoso e melhorando a mobilidade das articulações metatarsofalangeanas e talocrural. 

Para finalizar o programa, torna-se necessário o relaxamento, para uma desaceleração gradual na intensidade do exercício, resultando em diminuição dos estímulos nervosos simpáticos e aumento dos parassimpáticos, ocorrendo vasoconstricção periférica, em que se pode utilizar a Drenagem Linfática Manual (DLM). 

A DLM é uma técnica não invasiva, benéfica terapeuticamente ao promover relaxamento do indivíduo, reduzir a estase sanguínea e incentivar o retorno venoso, proporcionando a desintoxicação do tecido intersticial, como também a melhora da oxigenação e da nutrição celular. 

A PA aumenta durante o exercício dinâmico e estático, e o aumento é mais pronunciado para a pressão arterial sistólica (PAS) do que para a pressão arterial diastólica (PAD), embora apenas a PAS de exercício possa ser medida de forma confiável com métodos não invasivos.

A redução da PAS durante o exercício está relacionada com a PA em repouso pré-exercício, idade, rigidez arterial e obesidade abdominal, sendo maior nas mulheres do que nos homens.

De acordo com um documento de consenso da Associação Europeia de Cardiologia Preventiva, uma PA acima de 220 mmHg em homens e 200 mmHg em mulheres, medida no pico do exercício durante o ciclo ergométrico, justifica uma avaliação clínica adicional, incluindo MAPA.

Duas descobertas recentes interessantes são que (i) a resposta da PA ao exercício submáximo pode ter um significado prognóstico maior do que a PA medida no pico e (ii) a hipotensão ao exercício também pode ser um sinal de uma doença cardiovascular subjacente.

O aumento da PA que acompanha o exercício não deve desencorajar os pacientes com hipertensão tratada ou não tratada de praticar exercício regular, especialmente exercício aeróbico, exceto na presença de valores de PA muito elevados (hipertensão grau 3).