Questões de Concurso Público Prefeitura de Registro - SP 2016 para Advogado
Foram encontradas 5 questões
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Registro - SP
Prova:
VUNESP - 2016 - Prefeitura de Registro - SP - Advogado |
Q690672
Português
Texto associado
Imagine uma discussão, após um jogo de futebol, sobre
um pênalti. “Ele obviamente foi empurrado”, diz o torcedor de
um time. “Que nada, se jogou”, diz o outro.
O mais interessante: ambos acreditam no que dizem. Ou
seja, não se trata de uma distorção deliberada da realidade,
uma “malandragem”, mas de um viés involuntariamente criado
pelo cérebro.
Apostando que isso não se aplica só ao futebol, mas também
se aplica a várias outras áreas (como a política), um
físico e professor da USP tem se dedicado a mapear todos
os mecanismos mentais que nos tornam seres tendenciosos
– ele já publicou artigos sobre o tema em revistas científicas
e prepara um livro. Para André Martins, isso é um problema
inclusive para o método científico.
Além do viés de confirmação – primeiro escolhemos um
lado, depois selecionamos os fatos que sejam adequados –,
existem muitos outros mecanismos de parcialidade no nosso
cérebro. Um dos mais famosos é o pensamento de grupo.
Estudos mostram que, se um voluntário desavisado é colocado
em uma sala cheia de atores, ele vai concordar com
eles em várias questões, mesmo que estejam obviamente errados.
A maior parte dos voluntários chega a dizer que duas
retas evidentemente diferentes têm o mesmo tamanho, só
porque os outros concluíram isso antes deles.
“Um exemplo disso é uma assembleia estudantil”, diz
Martins. “Não existe muita permissão para ideias próprias,
só alguns pensamentos são permitidos. Dissidentes são de
alguma forma humilhados”.
Uma historieta norte-americana sintetiza o assunto: em
uma sala de reuniões, o chefão dá o diagnóstico: “Nosso problema
é que precisamos de mais opiniões divergentes”, ao
que os subordinados reagem, dizendo “com certeza, chefe”,
“exatamente o que eu penso”.
Estudos mais recentes, em que os cérebros dos voluntários são mapeados, mostram que estar isolado, discordando
da maioria, ativa regiões ligadas à dor, ou seja, a rejeição de
ser diferente machuca.
(Ricardo Mioto, Como estragar um raciocínio. Folha de S.Paulo, 28.11.2015.
Adaptado)
Segundo o texto, o fato de as pessoas sustentarem pontos
de vista diferentes sobre um mesmo dado de realidade
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Registro - SP
Prova:
VUNESP - 2016 - Prefeitura de Registro - SP - Advogado |
Q690674
Português
Texto associado
Imagine uma discussão, após um jogo de futebol, sobre
um pênalti. “Ele obviamente foi empurrado”, diz o torcedor de
um time. “Que nada, se jogou”, diz o outro.
O mais interessante: ambos acreditam no que dizem. Ou
seja, não se trata de uma distorção deliberada da realidade,
uma “malandragem”, mas de um viés involuntariamente criado
pelo cérebro.
Apostando que isso não se aplica só ao futebol, mas também
se aplica a várias outras áreas (como a política), um
físico e professor da USP tem se dedicado a mapear todos
os mecanismos mentais que nos tornam seres tendenciosos
– ele já publicou artigos sobre o tema em revistas científicas
e prepara um livro. Para André Martins, isso é um problema
inclusive para o método científico.
Além do viés de confirmação – primeiro escolhemos um
lado, depois selecionamos os fatos que sejam adequados –,
existem muitos outros mecanismos de parcialidade no nosso
cérebro. Um dos mais famosos é o pensamento de grupo.
Estudos mostram que, se um voluntário desavisado é colocado
em uma sala cheia de atores, ele vai concordar com
eles em várias questões, mesmo que estejam obviamente errados.
A maior parte dos voluntários chega a dizer que duas
retas evidentemente diferentes têm o mesmo tamanho, só
porque os outros concluíram isso antes deles.
“Um exemplo disso é uma assembleia estudantil”, diz
Martins. “Não existe muita permissão para ideias próprias,
só alguns pensamentos são permitidos. Dissidentes são de
alguma forma humilhados”.
Uma historieta norte-americana sintetiza o assunto: em
uma sala de reuniões, o chefão dá o diagnóstico: “Nosso problema
é que precisamos de mais opiniões divergentes”, ao
que os subordinados reagem, dizendo “com certeza, chefe”,
“exatamente o que eu penso”.
Estudos mais recentes, em que os cérebros dos voluntários são mapeados, mostram que estar isolado, discordando
da maioria, ativa regiões ligadas à dor, ou seja, a rejeição de
ser diferente machuca.
(Ricardo Mioto, Como estragar um raciocínio. Folha de S.Paulo, 28.11.2015.
Adaptado)
A historieta norte-americana relatada no penúltimo parágrafo
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Registro - SP
Prova:
VUNESP - 2016 - Prefeitura de Registro - SP - Advogado |
Q690676
Português
Texto associado
Imagine uma discussão, após um jogo de futebol, sobre
um pênalti. “Ele obviamente foi empurrado”, diz o torcedor de
um time. “Que nada, se jogou”, diz o outro.
O mais interessante: ambos acreditam no que dizem. Ou
seja, não se trata de uma distorção deliberada da realidade,
uma “malandragem”, mas de um viés involuntariamente criado
pelo cérebro.
Apostando que isso não se aplica só ao futebol, mas também
se aplica a várias outras áreas (como a política), um
físico e professor da USP tem se dedicado a mapear todos
os mecanismos mentais que nos tornam seres tendenciosos
– ele já publicou artigos sobre o tema em revistas científicas
e prepara um livro. Para André Martins, isso é um problema
inclusive para o método científico.
Além do viés de confirmação – primeiro escolhemos um
lado, depois selecionamos os fatos que sejam adequados –,
existem muitos outros mecanismos de parcialidade no nosso
cérebro. Um dos mais famosos é o pensamento de grupo.
Estudos mostram que, se um voluntário desavisado é colocado
em uma sala cheia de atores, ele vai concordar com
eles em várias questões, mesmo que estejam obviamente errados.
A maior parte dos voluntários chega a dizer que duas
retas evidentemente diferentes têm o mesmo tamanho, só
porque os outros concluíram isso antes deles.
“Um exemplo disso é uma assembleia estudantil”, diz
Martins. “Não existe muita permissão para ideias próprias,
só alguns pensamentos são permitidos. Dissidentes são de
alguma forma humilhados”.
Uma historieta norte-americana sintetiza o assunto: em
uma sala de reuniões, o chefão dá o diagnóstico: “Nosso problema
é que precisamos de mais opiniões divergentes”, ao
que os subordinados reagem, dizendo “com certeza, chefe”,
“exatamente o que eu penso”.
Estudos mais recentes, em que os cérebros dos voluntários são mapeados, mostram que estar isolado, discordando
da maioria, ativa regiões ligadas à dor, ou seja, a rejeição de
ser diferente machuca.
(Ricardo Mioto, Como estragar um raciocínio. Folha de S.Paulo, 28.11.2015.
Adaptado)
A relação de sentido que existe entre as palavras desavisado
e prevenido existe também entre
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Registro - SP
Prova:
VUNESP - 2016 - Prefeitura de Registro - SP - Advogado |
Q690684
Português
Na tira, o principal elemento responsável pelo efeito de sentido de humor é
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Registro - SP
Prova:
VUNESP - 2016 - Prefeitura de Registro - SP - Advogado |
Q690688
Português
Texto associado
Passar quatro dias e quatro noites em casa, vendo o carnaval
passar; ou não vendo nem isso, mas entregue a uma
outra e cifrada folia, que nesta quarta-feira de cinzas abre
suas pétalas de cansaço, como se também tivéssemos pulado
e berrado no clube. Não ligar televisão, esquecer-se de
rádio; deixar os locutores falando sozinhos, na ânsia de encher
de discurso uma festa à base de movimento e canto.
Perceber apenas o grito trêmulo, trazido e levado pelo vento,
de um samba que marca a realidade lúdica sem nos convidar
à integração. Beneficiar-se com a ausência de jornais que
prova a inexistência provisória do mundo como arquitetura de
notícias. Ter como companheiro o irmão gato Crispim, exemplo
de abstenção sem sacrifício, manual de silêncio e sabedoria,
aventureiro que experimentou a vertigem da luta-livre
nos telhados e homologa a invenção da poltrona.
(Carlos Drummond de Andrade, Ficar em casa. A bolsa e a vida)
É correto afirmar que o texto