Questões de Concurso Público SAAE de Barretos - SP 2018 para Advogado
Foram encontradas 2 questões
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
SAAE de Barretos - SP
Provas:
VUNESP - 2018 - SAAE de Barretos - SP - Advogado
|
VUNESP - 2018 - SAAE de Barretos - SP - Engenheiro Civil |
Q1044795
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
(In)Civilidade no trânsito
A maneira como dirigimos serve de medida para nossas
virtudes cívicas – uma literal exposição do nosso compromisso com as “regras do caminho”. No Brasil, entretanto, é uma
expressão dos nossos piores vícios: cerca de 47 mil pessoas são mortas a cada ano em acidentes de trânsito, um dos
maiores pedágios do mundo.
A civilidade que demonstramos nas estradas e ruas das
cidades vem em pequenos atos. No entanto, é a incivilidade
que percebemos nas rodovias brasileiras.
Assim como na violência letal, há várias partes envolvidas no problema da violência no trânsito e que também precisam estar na solução. O bom planejamento de estradas, das
sinalizações e fiscalizações de velocidade precisa ser uma
prioridade dos distintos níveis de governo. É fundamental
investir em pesquisas e campanhas inovadoras de mudança
de atitude de quem está ao volante. E arrisco dizer que as
regras para tirar a carteira de motorista e a educação para o
trânsito devem ser repensadas. O processo ficou mais longo
e caro sem resultar em mais segurança. Não é com burocracia e decoreba de regras que vamos conscientizar nossos
cidadãos para que deixem de usar carros como armas letais.
Não conheço estudos no Brasil que busquem uma correlação entre o estresse do trânsito e o nível de violência em
nossa sociedade. Seria interessante olhar mais de perto essa
questão. Entender em que parte dela melhor se encaixa o
comportamento violento do brasileiro no trânsito ou o quanto
o estresse ocasionado pelas condições de nosso trânsito nos
torna mais violentos no dia a dia.
Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um
reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo.
O modelo atual de dependência excessiva dos carros em
detrimento dos espaços dos pedestres e de um bom transporte público prioriza a elite e aprofunda a nossa desigualdade. Somos uma sociedade em busca do interesse público –
respeito entre os cidadãos, valorização do transporte coletivo
e dos pedestres? Ou somos uma sociedade que só preza
por interesses individuais e familiares, driblando as regras e
acelerando por nossos interesses privados? Isso, condutores, é uma questão que cada um de nós deve começar a
considerar.
(Ilona Szabó de Carvalho. Folha de S.Paulo, 01.08.2018. Adaptado)
Considere a passagem a seguir:
• Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres…
No contexto em que são empregadas, as expressões em destaque são sinônimos, respectivamente, de
• Acima de tudo, como dirigimos é, de certa forma, um reflexo do nosso compromisso democrático mais amplo. O modelo atual de dependência excessiva dos carros em detrimento dos espaços dos pedestres…
No contexto em que são empregadas, as expressões em destaque são sinônimos, respectivamente, de
Ano: 2018
Banca:
VUNESP
Órgão:
SAAE de Barretos - SP
Prova:
VUNESP - 2018 - SAAE de Barretos - SP - Advogado |
Q1044823
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
O inolvidável*
Não é muito confortável ficar ao lado de grandes corporações, mas não vejo como não apoiar a tese do Google de
que o Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) não pode
impor o tal do direito ao esquecimento ao serviço de busca
em nível mundial.
Comecemos pelo polêmico direito ao esquecimento, que
vem sendo reconhecido por alguns tribunais, em especial os
europeus. É fácil simpatizar com o adolescente que fez um
comentário inadequado na rede e não quer que o lapso o
assombre para sempre. Também dá para ser solidário com a
vítima de um crime que não deseja que sua identidade passe
a ser definida por esse acontecimento traumático.
É muito complicado, porém, dar a cada indivíduo o poder
de determinar o que pode ou não ser dito a seu respeito.
Fazê-lo representaria um embaraço forte demais às liberdades de expressão.
A prevalecer uma versão forte do direito ao esquecimento, um artista vaidoso poderia mandar apagar as críticas
negativas à sua obra; um político desonesto poderia fazer
sumir os registros das condenações que sofreu. Na ausência
de critérios inequívocos sobre o que é aceitável descartar da
memória coletiva, é melhor não conceder a ninguém o direito
de editar o passado.
O que me preocupa mais nessa história não é, porém,
o mérito do direito ao esquecimento, mas a pretensão da
Justiça europeia de que suas decisões se apliquem fora das
fronteiras da União Europeia. O risco aí é o de totalitarismo.
Não convém conceder a nenhum Estado, por mais democrático que seja, o poder de impor suas leis a todo o planeta.
Em algum grau os EUA já fazem isso, ao reclamar para
si jurisdição sobre todas as transações financeiras que
envolvam o dólar, independentemente do local do crime ou
da nacionalidade dos delinquentes. Não penso, porém, que
essa atitude deva ser imitada ou aceita. O ideal seria que o
poder de cada Estado ficasse restrito a suas fronteiras.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 22.09.2018. Adaptado)
* inolvidável: não olvidável; que não pode ser esquecido.
Considere a seguinte passagem do texto:
• Na ausência de critérios inequívocos sobre o que é aceitável descartar da memória coletiva, é melhor não conceder a ninguém o direito de editar o passado.
Os termos destacados na passagem têm sentido contrário expressos, respectivamente, em:
• Na ausência de critérios inequívocos sobre o que é aceitável descartar da memória coletiva, é melhor não conceder a ninguém o direito de editar o passado.
Os termos destacados na passagem têm sentido contrário expressos, respectivamente, em: