Questões de Concurso Comentadas sobre português para serviço social
Foram encontradas 121 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Ano: 2021
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
DEPEN
Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 1 - Enfermagem
|
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 2 - Médico Clínico |
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 3 - Médico Psiquiatra |
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 4 - Odontologia |
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 5 - Psicologia |
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 6 - Serviço Social |
Q1766151
Português
Texto associado
No dia 31 de outubro de 1861, depois de um conturbado
processo de construção, que durou cerca de três décadas, a Bahia
inaugurou a sua primeira penitenciária, que recebeu oficialmente
o nome de Casa de Prisão com Trabalho. A instituição foi
construída numa área pantanosa, na periferia da cidade de
Salvador.
A implantação da penitenciária fazia parte do projeto
civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência
mundial de modernização do sistema prisional, que teve início na
Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As
execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para
atemorizar a quem estivesse planejando novos crimes, foram,
gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade
moderna, que planejava privar o criminoso do seu bem maior —
a sua liberdade —, internando-o numa instituição construída
especificamente para recuperá-lo, que recebeu o nome de
penitenciária. O seu funcionamento era regido por normas que
seriam aplicadas de acordo com o modelo penitenciário escolhido
pelas autoridades, mas utilizavam-se elementos como o trabalho,
a religião, a disciplina, o uso de uniformes e, sobretudo, o
isolamento como métodos de punição e recuperação.
Dessa forma, esperava-se criar um “novo homem”, que
seria devolvido à sociedade com todos os atributos necessários à
convivência social, principalmente para o trabalho. Foi com essa
expectativa que os reformadores baianos implantaram a Casa de
Prisão com Trabalho.
Cláudia Moraes Trindade. O nascimento de uma penitenciária: os
primeiros presos da Casa de Prisão com Trabalho da Bahia (1860-1865).
In: Tempo, Niterói, v. 16, n. 30, p. 167-196, 2011 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto
anterior, julgue o item que se segue.
Até as reformas iniciadas no período oitocentista, as penas tinham caráter preventivo, o que é criticado pela autora do texto.
Até as reformas iniciadas no período oitocentista, as penas tinham caráter preventivo, o que é criticado pela autora do texto.
Ano: 2021
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
DEPEN
Provas:
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 1 - Enfermagem
|
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 2 - Médico Clínico |
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 3 - Médico Psiquiatra |
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 4 - Odontologia |
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 5 - Psicologia |
CESPE / CEBRASPE - 2021 - DEPEN - CARGO 6 - Serviço Social |
Q1766150
Português
Texto associado
No dia 31 de outubro de 1861, depois de um conturbado
processo de construção, que durou cerca de três décadas, a Bahia
inaugurou a sua primeira penitenciária, que recebeu oficialmente
o nome de Casa de Prisão com Trabalho. A instituição foi
construída numa área pantanosa, na periferia da cidade de
Salvador.
A implantação da penitenciária fazia parte do projeto
civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência
mundial de modernização do sistema prisional, que teve início na
Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As
execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para
atemorizar a quem estivesse planejando novos crimes, foram,
gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade
moderna, que planejava privar o criminoso do seu bem maior —
a sua liberdade —, internando-o numa instituição construída
especificamente para recuperá-lo, que recebeu o nome de
penitenciária. O seu funcionamento era regido por normas que
seriam aplicadas de acordo com o modelo penitenciário escolhido
pelas autoridades, mas utilizavam-se elementos como o trabalho,
a religião, a disciplina, o uso de uniformes e, sobretudo, o
isolamento como métodos de punição e recuperação.
Dessa forma, esperava-se criar um “novo homem”, que
seria devolvido à sociedade com todos os atributos necessários à
convivência social, principalmente para o trabalho. Foi com essa
expectativa que os reformadores baianos implantaram a Casa de
Prisão com Trabalho.
Cláudia Moraes Trindade. O nascimento de uma penitenciária: os
primeiros presos da Casa de Prisão com Trabalho da Bahia (1860-1865).
In: Tempo, Niterói, v. 16, n. 30, p. 167-196, 2011 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto
anterior, julgue o item que se segue.
Com o uso do artigo definido na contração “do” em “do projeto civilizador oitocentista” (no início do segundo parágrafo), pressupõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham conhecimento prévio acerca desse projeto.
Com o uso do artigo definido na contração “do” em “do projeto civilizador oitocentista” (no início do segundo parágrafo), pressupõe-se que a autora parte do princípio de que os leitores tenham conhecimento prévio acerca desse projeto.
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Guarulhos - SP
Prova:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Guarulhos - SP - Serviço Social |
Q1706289
Português
Texto associado
Imposturas intelectuais: algumas reflexões
A história é conhecida, mas convém relembrá-la. Em
1996, um professor de Física da Universidade de Nova York,
Alan Sokal, publicou, na revista de estudos culturais Social
Text, um artigo com o suspeito título “Transgredindo as fronteiras: em direção a uma hermenêutica transformativa da
gravitação quântica”. Social Text é uma revista simpática
ao ideário pós-moderno, o que significa dizer que, para ela,
alguns dos pressupostos mais basilares das ciências naturais, como a existência de uma realidade independente e a
possibilidade de se obterem verdades objetivas a seu respeito, não passam de instrumentos ideológicos a serviço de
interesses mais ou menos escusos.
O artigo de Sokal acenava na direção de uma nascente
ciência pós-moderna livre dos conceitos de verdade e realidade objetivas e a serviço de fins e interesses progressistas.
Na busca afoita desses objetivos, o autor desse artigo supostamente sério massacra a ciência e o bom senso todas as
vezes que pode, colocando em pé de igualdade teorias científicas e pseudocientíficas. Sokal temperou esse caldo indigesto de modo a torná-lo apetecível ao gosto pós-moderno
com uma quantidade enorme de citações e referências bibliográficas – sempre verídicas –, cuja função precípua era substituir o argumento e a lógica pela força da autoridade, além do
uso frequente de termos “pós-modernos”, como complexidade, não-linearidade, não-localidade, descontinuidade e tais.
Social Text aceitou o artigo e publicou-o. Ato contínuo,
Sokal escreveu outro artigo revelando que tudo não passara
de uma paródia escrita com a finalidade de desmascarar
absurdos pós-modernistas que passam por reflexão séria.
Pega com as calças nas mãos, a Social Text decidiu não
publicar esse segundo artigo. Mas a confissão da farsa foi
publicada, ainda em 1996, em outras revistas. No ano
seguinte, em associação com o professor de Física Teórica
da Universidade de Louvain, Jean Bricmont, Sokal publica
na França o livro Impostures Intellectuelles (Imposturas
Intelectuais), em que a paródia de “Transgredindo as fronteiras” adquire os contornos de uma crítica articulada às claras.
E, principalmente, dão-se nomes aos bois, todos gordos bois
franceses.
A reação dos criticados e seus seguidores (inclusive no
Brasil) foi irada. Sokal e Bricmont foram acusados de tudo o
que há de mau e pior. Mas quem quer que leia com atenção e
sem partido o seu livro há de reconhecer que os autores são
extremamente cautelosos com suas críticas, sempre muito
bem focadas e substanciadas, evitando generalizações indevidas e extrapolações indesejadas.
(Jairo José da Silva. Natureza Humana.
http://pepsic.bvsalud.org. Adaptado)
Com atenção ao emprego do sinal indicativo de crase,
assinale a alternativa em que a expressão destacada
pode ser corretamente substituída pelo que está entre
colchetes, sem demais alterações na frase.
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Guarulhos - SP
Prova:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Guarulhos - SP - Serviço Social |
Q1706288
Português
Texto associado
Imposturas intelectuais: algumas reflexões
A história é conhecida, mas convém relembrá-la. Em
1996, um professor de Física da Universidade de Nova York,
Alan Sokal, publicou, na revista de estudos culturais Social
Text, um artigo com o suspeito título “Transgredindo as fronteiras: em direção a uma hermenêutica transformativa da
gravitação quântica”. Social Text é uma revista simpática
ao ideário pós-moderno, o que significa dizer que, para ela,
alguns dos pressupostos mais basilares das ciências naturais, como a existência de uma realidade independente e a
possibilidade de se obterem verdades objetivas a seu respeito, não passam de instrumentos ideológicos a serviço de
interesses mais ou menos escusos.
O artigo de Sokal acenava na direção de uma nascente
ciência pós-moderna livre dos conceitos de verdade e realidade objetivas e a serviço de fins e interesses progressistas.
Na busca afoita desses objetivos, o autor desse artigo supostamente sério massacra a ciência e o bom senso todas as
vezes que pode, colocando em pé de igualdade teorias científicas e pseudocientíficas. Sokal temperou esse caldo indigesto de modo a torná-lo apetecível ao gosto pós-moderno
com uma quantidade enorme de citações e referências bibliográficas – sempre verídicas –, cuja função precípua era substituir o argumento e a lógica pela força da autoridade, além do
uso frequente de termos “pós-modernos”, como complexidade, não-linearidade, não-localidade, descontinuidade e tais.
Social Text aceitou o artigo e publicou-o. Ato contínuo,
Sokal escreveu outro artigo revelando que tudo não passara
de uma paródia escrita com a finalidade de desmascarar
absurdos pós-modernistas que passam por reflexão séria.
Pega com as calças nas mãos, a Social Text decidiu não
publicar esse segundo artigo. Mas a confissão da farsa foi
publicada, ainda em 1996, em outras revistas. No ano
seguinte, em associação com o professor de Física Teórica
da Universidade de Louvain, Jean Bricmont, Sokal publica
na França o livro Impostures Intellectuelles (Imposturas
Intelectuais), em que a paródia de “Transgredindo as fronteiras” adquire os contornos de uma crítica articulada às claras.
E, principalmente, dão-se nomes aos bois, todos gordos bois
franceses.
A reação dos criticados e seus seguidores (inclusive no
Brasil) foi irada. Sokal e Bricmont foram acusados de tudo o
que há de mau e pior. Mas quem quer que leia com atenção e
sem partido o seu livro há de reconhecer que os autores são
extremamente cautelosos com suas críticas, sempre muito
bem focadas e substanciadas, evitando generalizações indevidas e extrapolações indesejadas.
(Jairo José da Silva. Natureza Humana.
http://pepsic.bvsalud.org. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a frase está reescrita em
conformidade com a norma-padrão da língua com a
expressão sublinhada substituída por um pronome
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Guarulhos - SP
Prova:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Guarulhos - SP - Serviço Social |
Q1706287
Português
Texto associado
Imposturas intelectuais: algumas reflexões
A história é conhecida, mas convém relembrá-la. Em
1996, um professor de Física da Universidade de Nova York,
Alan Sokal, publicou, na revista de estudos culturais Social
Text, um artigo com o suspeito título “Transgredindo as fronteiras: em direção a uma hermenêutica transformativa da
gravitação quântica”. Social Text é uma revista simpática
ao ideário pós-moderno, o que significa dizer que, para ela,
alguns dos pressupostos mais basilares das ciências naturais, como a existência de uma realidade independente e a
possibilidade de se obterem verdades objetivas a seu respeito, não passam de instrumentos ideológicos a serviço de
interesses mais ou menos escusos.
O artigo de Sokal acenava na direção de uma nascente
ciência pós-moderna livre dos conceitos de verdade e realidade objetivas e a serviço de fins e interesses progressistas.
Na busca afoita desses objetivos, o autor desse artigo supostamente sério massacra a ciência e o bom senso todas as
vezes que pode, colocando em pé de igualdade teorias científicas e pseudocientíficas. Sokal temperou esse caldo indigesto de modo a torná-lo apetecível ao gosto pós-moderno
com uma quantidade enorme de citações e referências bibliográficas – sempre verídicas –, cuja função precípua era substituir o argumento e a lógica pela força da autoridade, além do
uso frequente de termos “pós-modernos”, como complexidade, não-linearidade, não-localidade, descontinuidade e tais.
Social Text aceitou o artigo e publicou-o. Ato contínuo,
Sokal escreveu outro artigo revelando que tudo não passara
de uma paródia escrita com a finalidade de desmascarar
absurdos pós-modernistas que passam por reflexão séria.
Pega com as calças nas mãos, a Social Text decidiu não
publicar esse segundo artigo. Mas a confissão da farsa foi
publicada, ainda em 1996, em outras revistas. No ano
seguinte, em associação com o professor de Física Teórica
da Universidade de Louvain, Jean Bricmont, Sokal publica
na França o livro Impostures Intellectuelles (Imposturas
Intelectuais), em que a paródia de “Transgredindo as fronteiras” adquire os contornos de uma crítica articulada às claras.
E, principalmente, dão-se nomes aos bois, todos gordos bois
franceses.
A reação dos criticados e seus seguidores (inclusive no
Brasil) foi irada. Sokal e Bricmont foram acusados de tudo o
que há de mau e pior. Mas quem quer que leia com atenção e
sem partido o seu livro há de reconhecer que os autores são
extremamente cautelosos com suas críticas, sempre muito
bem focadas e substanciadas, evitando generalizações indevidas e extrapolações indesejadas.
(Jairo José da Silva. Natureza Humana.
http://pepsic.bvsalud.org. Adaptado)
Preservando-se o sentido e atendendo-se às regras
de regência da norma-padrão da língua, o trecho sublinhado em “... escreveu outro artigo revelando que tudo
não passara de uma paródia...” (3o
parágrafo) pode ser
substituído por