Questões de Concurso Para if-ba

A Igreja Católica, partindo do princípio de que todos os homens eram filhos de Deus, portanto, tinham alma, começou a pressionar D. Pedro II a dar liberdade aos escravos. Além disso, por serem maioria, temia-se uma revolta dos escravos em escala nacional.

Os africanos eram inadaptáveis ao trabalho agrícola e pouco lucrativos. Por isso os proprietários de terra deram início à sua substituição por imigrantes europeus, mais trabalhadores e conformados com a sua sorte.

A partir de meados do século XIX, consolidou-se a percepção de que a escravidão estava com os dias contados. Simultaneamente, transformações econômicas e sociais na Europa, que resultaram em crescimento demográfico, barateamento e aumento de escala dos transportes terrestres e marítimos, combinados com crises industriais e tensões sociais que provocaram grandes fluxos migratórios, tornaram os imigrantes, na visão da elite ilustrada brasileira, um substituto ideal dos escravos africanos.

Os proprietários de terras e de escravos, na sua grande maioria falidos, viam na abolição da escravatura um meio de obter compensações financeiras. Por isso deram início ao processo de imigração, trazendo europeus, que eram mais baratos, pressionando o Imperador a abolir a escravidão, indenizando-os.

Os imigrantes, enganados pela promessa de que o governo brasileiro lhes daria terras após 10 anos de trabalho na lavoura, vieram em grande número para o Brasil, decepcionandose em seguida, aderindo, de um modo geral, ao anarquismo.

Enquanto nas regiões do Sul e Sudeste havia uma coincidência de interesses entre a elite e a população pobre, na Bahia, a elite desejava permanecer vinculada a Portugal, ao passo que a população pobre e os escravos viam na emancipação uma oportunidade para melhoria de vida.

Enquanto nas regiões do Sul e Sudeste a emancipação era encarada como um processo que conduziria à formação de uma nação que abarcasse o conjunto da colônia portuguesa, a independência da Bahia era vista como a oportunidade de criação de um Estado nacional envolvendo apenas a região nordeste.

Enquanto nas regiões do Sul e Sudeste o processo de emancipação foi conduzido pelas elites, na Bahia, ainda que houvesse a presença delas, ele assumiu feições mais populares.

Enquanto nas regiões do Sul e Sudeste o processo de emancipação verificou-se por meio de uma transação que resultou na manutenção da Monarquia, na Bahia os insurretos, mais radicais, desejavam a implantação de uma República.

Enquanto nas regiões do Sul e Sudeste a emancipação política envolveu uma aliança entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a Bahia recusou fazer alianças com Maranhão, Piauí e Pará.

A Bahia estava dividida, assim como o Pará. Uma parte significativa da sua elite tinha grandes negócios com Portugal e, por isso, temendo a sua ruina, solicitou à Coroa portuguesa o envio de um grande continente de soldados portugueses, o que dificultou sua expulsão.

O temor de novos levantes de escravos, interessados na sua libertação e da Bahia, levou a Coroa portuguesa a estacionar nela um grande contingente bem armado, o que veio dificultar a ação dos patriotas na tomada do poder.

Os ingleses, aliados dos portugueses, não queriam perder o comércio com a Bahia, o mais rico da colônia, pressionando, por isso, a Coroa portuguesa para que mantivesse nela um grande contingente acantonado. Essas tropas, leais a Portugal, não aceitaram a emancipação.

A Bahia era a capitania mais rica do Brasil e Salvador era o principal porto do Brasil, o que explica o grande contingente de tropas nela acantonadas e sua resistência.

A localização da Bahia tornava-a um ponto estratégico importante, tanto pela proximidade com Portugal como para a rota marítima em direção ao Sul e às Índias. Por esse motivo, sempre houve um grande contingente de tropas leais a Portugal, que resistiram por ocasião do processo de emancipação.

A Inconfidência Mineira foi um movimento, basicamente, da elite, de proprietários de terras e escravos, de altos funcionários, ao passo que a Conjuração Baiana teve um caráter popular e foi constituída por negros e mulatos livres, na sua maioria artesãos e soldados, e por escravos.

Os inconfidentes haviam sido influenciados pelo Iluminismo e pela Revolução Americana, ao passo que os conjurados tinham uma ideologia própria e bem definida, extraída dos estatutos das irmandades de escravos e das suas práticas de luta contra a escravidão.

Os inconfidentes formavam um movimento mais amplo, abrangendo diversos segmentos sociais, ao passo que os conjurados constituíam, basicamente, um movimento bastante restrito, vinculado aos alfaiates e artesãos que consertavam roupas.

Os inconfidentes eram habitantes de uma região decadente, por conta da crise da mineração, daí seu caráter radical, pretendendo a República, ao passo que os conjurados pertenciam a uma região bastante promissora, portanto eram reformistas, reivindicando apenas uma maior atenção por parte da Coroa portuguesa.

Os inconfidentes pretendiam a autonomia do Sul e Sudeste, ao passo que os conjurados pretendiam apenas a independência da Bahia.

combater as heresias, de caráter medieval que estavam preservadas e subjacentes no movimento de ‘Revolução Baiana’.

exemplificar à população que as ações que buscassem romper com a ordem política vigente eram contrárias aos desígnios de Deus.

recuperar a fé católica que, claramente, estava sendo ameaçada pelas fortes influências oriundas dos ideais de liberdade, fraternidade e igualdade.

mostrar à população, que acompanhava a execução dos condenados, que estes jamais seriam abandonados pelos religiosos, uma vez que, por serem da Ordem Franciscana, apoiavam o movimento em prol da libertação da Bahia.

ao apoiarem os ideais da Revolução Francesa nunca abandonaria àqueles que estavam defendendo a liberdade.