Questões de Vestibular de Português - Figuras de Linguagem

Foram encontradas 68 questões

Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: INSPER Prova: VUNESP - 2019 - INSPER - Vestibular - Códigos e Linguagens e Matemática |
Q1937112 Português

Leia o quadrinho. 


Imagem associada para resolução da questão

(Quino. Mafalda inédita, 1993.)


Acrítica que se depreende do quadrinho decorre do emprego de

Alternativas
Q1796189 Português
Considere a tirinha de Laerte.
Imagem associada para resolução da questão
(folha.uol.com.br)
Para a construção de seu significado, a tirinha recorre
Alternativas
Q1672510 Português

De maneira que, assim como a natureza faz de feras homens, matando e comendo, assim também a graça faz de feras homens, doutrinando e ensinando. Ensinastes o gentio bárbaro e rude, e que cuidais que faz aquela doutrina? Mata nele a fereza, e introduz a humanidade; mata a ignorância, e introduz o conhecimento; mata a bruteza, e introduz a razão; mata a infidelidade, e introduz a fé; e deste modo, por uma conversão admirável, o que era fera fica homem, o que era gentio fica cristão, o que era despojo do pecado fica membro de Cristo e de S. Pedro. […] Tende-os [os escravos], cristãos, e tende muitos, mas tende-os de modo que eles ajudem a levar a vossa alma ao céu, e vós as suas. Isto é o que vos desejo, isto é o que vos aconselho, isto é o que vos procuro, isto é o que vos peço por amor de Deus e por amor de vós, e o que quisera que leváreis deste sermão metido na alma.

(Antônio Vieira. “Sermão do Espírito Santo” (1657). http://tupi.fflch.usp.br.)


O Sermão do Espírito Santo foi pregado pelo Padre Antônio Vieira em São Luís do Maranhão, em 1657, e recorre

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Q1672495 Português

Para responder à questão, leia o trecho da peça A mais-valia vai acabar, seu Edgar, de Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha. A peça foi encenada em 1960 na arena da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Brasil e promoveu um amplo debate. A mobilização resultante desse debate desencadeou a criação do Centro Popular de Cultura (CPC).


Coro dos desgraçados: Trabalhamos noite e dia, dia e noite sem parar! Então de nada precisamos, se só precisamos trabalhar! Há mil anos sem parar! Fizemos as correntes que nos botaram nos pés, fizemos a Bastilha onde fomos morar, fizemos os canhões que vão nos apontar. Há mil anos sem parar! Não mandamos, não fugimos, não cheiramos, não matamos, não fingimos, não coçamos, não corremos, não deitamos, não sentamos: trabalhamos. Há mil anos sem parar! Ninguém sabe nosso nome, não conhecemos a espuma do mar, somos tristes e cansados. Há mil anos sem parar! Eu nunca ri — eu nunca ri — sempre trabalhei. Eu faço charutos e fumo bitucas, eu faço tecidos e ando pelado, eu faço vestido pra mulher, e nunca vi mulher desvestida. Há mil anos sem parar! Maria esqueceu de mim e foi morar com seu Joaquim. Há mil anos sem parar!

(Apito longo. Um cartaz aparece:

“Dois minutos de descanso e lamba as unhas.”

Todos vão tentar sentar.

Menos o Desgraçado 4 que fica de pé furioso.)

Desgraçado 1: Ajuda-me aqui, Dois. Eu quero me dá uma sentadinha.

(Desgraçado 2 ri de tudo.)

Desgraçado 3: Senta. (Desgraçado 1 vai pôr a cabeça no chão.) De assim, não. Acho que não é com a cabeça não.

Desgraçado 1: Eu esqueci.

Desgraçado 3: A bunda, põe ela no chão. A perna é que eu não sei.

Desgraçado 2: A perna tira.

(Desgraçado 3 e Desgraçado 2

desistem de descobrir. Se atiram no chão.)

Desgraçado 1: A perna dobra! (Senta. Satisfeito.)

Desgraçado 2: Quero ver levantar.

(Todos olham para Desgraçado 4,

fazem sinais para que ele se sente.)

Desgraçado 4: Não! Chega pra mim! Eu só trabalho, trabalho, trabalho… (Perde o fôlego.)

Desgraçado 3: Eu te ajudo: trabalho, trabalho, trabalho...

Desgraçado 4: E tenho dois minutos de descanso? Nunca vi o sol, não tomei leite condensado, não canto na rua, esqueci do sentar, quando chega a hora de descansar, fico pensando na hora de trabalhar! Chega!

Slide: Quem canta seus males espanta.

Desgraçado 1: (cantando) A paga vem depois que a gente morre! Você vira um anjo todo branco, rindo sempre da brancura, bebe leite em teta de nuvem, não tem mais fome, não tem saudade, pinta o céu de cor de felicidade!

(Peças do CPC, 2016. Adaptado.)

Considerado no contexto, constitui exemplo de eufemismo o verbo sublinhado no trecho
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Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2019 - UNIFESP - Vestibular |
Q1399563 Português
Leia a crônica “Inconfiáveis cupins”, de Moacyr Scliar, para responder à questão.

   Havia um homem que odiava Van Gogh. Pintor desconhecido, pobre, atribuía todas suas frustrações ao artista holandês. Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis, aquelas estrelas tumultuadas, aqueles ciprestes deformados, dizia, não poderei jamais dar vazão ao meu instinto criador.
   Decidiu mover uma guerra implacável, sem quartel, às telas de Van Gogh, onde quer que estivessem. Começaria pelas mais próximas, as do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
   Seu plano era de uma simplicidade diabólica. Não faria como outros destruidores de telas que entram num museu armados de facas e atiram-se às obras, tentando destruí-las; tais insanos não apenas não conseguem seu intento, como acabam na cadeia. Não, usaria um método científico, recorrendo a aliados absolutamente insuspeitados: os cupins.
   Deu-lhe muito trabalho, aquilo. Em primeiro lugar, era necessário treinar os cupins para que atacassem as telas de Van Gogh. Para isso, recorreu a uma técnica pavloviana. Reproduções das telas do artista, em tamanho natural, eram recobertas com uma solução açucarada. Dessa forma, os insetos aprenderam a diferenciar tais obras de outras.
   Mediante cruzamentos sucessivos, obteve um tipo de cupim que só queria comer Van Gogh. Para ele era repulsivo, mas para os insetos era agradável, e isso era o que importava.
   Conseguiu introduzir os cupins no museu e ficou à espera do que aconteceria. Sua decepção, contudo, foi enorme. Em vez de atacar as obras de arte, os cupins preferiram as vigas de sustentação do prédio, feitas de madeira absolutamente vulgar. E por isso foram detectados.
   O homem ficou furioso. Nem nos cupins se pode confiar, foi a sua desconsolada conclusão. É verdade que alguns insetos foram encontrados próximos a telas de Van Gogh. Mas isso não lhe serviu de consolo. Suspeitava que os sádicos cupins estivessem querendo apenas debochar dele. Cupins e Van Gogh, era tudo a mesma coisa.
(O imaginário cotidiano, 2002.)
Observa-se a elipse de um substantivo no trecho:
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Respostas
1: B
2: B
3: C
4: E
5: B