Questões de Vestibular CÁSPER LÍBERO 2010 para Vestibular
Foram encontradas 50 questões
Ano: 2010
Banca:
CÁSPER LÍBERO
Órgão:
CÁSPER LÍBERO
Prova:
CÁSPER LÍBERO - 2010 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular |
Q1381451
Português
Texto associado
Leia o texto a seguir e responda à questão:
A Independência (que tem seu ponto de partida na transferência da corte
portuguesa em 1808) assinala a estruturação do Estado Brasileiro, o que
determina, com a configuração da nova individualidade nacional que o Brasil
passava a apresentar, a grande e variada série de consequências que derivam
da inclusão no próprio país e sobre a base exclusiva de nacionais, do seu centro
político, administrativo e social. A inspiração, orientação e direção do conjunto
da vida brasileira se farão daí por diante a partir de seu próprio interior onde se
localizarão seus estímulos e impulsos, o que torna possível definir, propor e realizar
as aspirações e interesses propriamente nacionais. Do ponto de vista estritamente
econômico, destaquemos unicamente o que a estruturação do Estado nacional
representaria como fator de ampliação das despesas públicas, com reflexo imediato
nas particulares; e portanto de ativação de vida econômica e financeira, aumento
da renda nacional e do consumo que isso representa. O efeito conjugado desses
fatores resultará, em consequência da brusca transformação ocorrida, no profundo
desequilíbrio financeiro e nas crises que caracterizam a vida do Império até meados
do século. E constitui circunstância que influi poderosamente no sentido de estimular
a integração nacional da economia brasileira. Isso será tanto mais sensível e de
efeitos mais amplos, que acresce um fator de ordem político-administrativa a atuar
no mesmo sentido. Até a Independência, as capitanias brasileiras, depois províncias
e hoje Estados, se achavam dispersas e cada qual muito mais ligada à metrópole
portuguesa que às demais. A administração sediada no Rio de Janeiro era de fato,
no que respeita ao conjunto da colônia, puramente nominal, e sua jurisdição não
ia realmente além da intitulada capital e sede do Vice-reinado e das capitanias
meridionais. A transferência da corte torna o Rio de Janeiro efetivamente em centro
e capital do país que se articulará assim num todo único. Essa situação se consolidará
com a efetivação da Independência e a formação do Estado nacional brasileiro, que
constituem assim a definitiva integração territorial do país antes disperso e interligado
unicamente através e por via da metrópole.
De maior proporção ainda, no que respeita à transformação da antiga colônia em
coletividade nacional integrada e organizada, são estes primeiros passos decisivos
da incorporação efetiva da massa trabalhadora à sociedade brasileira que consistem
na supressão do tráfico africano (1850) e seus corolários naturais: o estímulo à imigração europeia de trabalhadores destinados a suprir a falta de mão-de-obra
provocada pela supressão daquele tráfico, e a abolição da escravidão (1888). (Caio
Prado Júnior. A revolução brasileira.)
Relacionando as ideias apresentadas no texto à leitura de Memórias de um sargento
de milícias, é correto afirmar que o romance de Manuel Antonio de Almeida:
Ano: 2010
Banca:
CÁSPER LÍBERO
Órgão:
CÁSPER LÍBERO
Prova:
CÁSPER LÍBERO - 2010 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular |
Q1381452
Geografia
Texto associado
Tomando como base a história do capitalismo brasileiro e o processo de globalização
comparados com o texto abaixo (publicado originalmente em 1966), responda à questão.
“Em conclusão, apesar das grandes transformações por que passou a economia
brasileira, e que se vêm acentuando nestes últimos decênios, ela não logrou superar
algumas de suas principais debilidades originárias, e libertar-se de sua dependência
e subordinação no que respeita ao sistema econômico e financeiro internacional de
que participa e em que figura em posição periférica e marginal. /.../ é um progresso
que pela maneira como se realiza , ou se realizou até hoje, se anula em boa parte
e se autolimita, encerrando-se em estreitas perspectivas. Isso porque se subordina
a circunstâncias que, embora aparentemente distintas do antigo sistema colonial,
guardam com esse sistema, na sua essência, uma grande semelhança. /.../
Em suma, /.../ o antigo sistema colonial em que se constituiu e evoluiu a
economia brasileira, apesar de todo o progresso e as transformações realizadas,
fundamentalmente se manteve, embora modificado e adotando formas diferentes.
E o processo de integração econômica nacional, embora se apresente maduro
para sua completa e definitiva eclosão, se mostra incapaz de chegar a termo e
se debate em contradições que não consegue superar. Das contradições que no passado solapavam a economia brasileira, passamos a outras de natureza diferente,
mas nem por isso menos graves. Essas contradições se manifestam sobretudo, e
agudamente, como vimos, na permanência, e até no agravamento da tendência
ao desequilíbrio de nossas contas externas, embora apresentando-se agora sob
novas formas, e implicando diretamente a ação imperialista. São as nossas relações
financeiras com o sistema internacional do capitalismo – e nisso se distingue a nossa
situação atual da do passado – que comandam o mecanismo das contas externas
do país. Não são mais unicamente as vicissitudes da exportação brasileira, como
ocorria anteriormente, que determinam o estado daquelas contas. E sim sobretudo
e decisivamente os fluxos de capitais controlados do exterior e que sob diversas
formas (inversões, financiamentos, empréstimos, amortizações, rendimentos etc.)
se fazem num e noutro sentido em função dos interesses da finança internacional.
Ou por fatores de ordem política que em última instância também se orientam por
aqueles interesses”.
PRADO, Jr. Caio. A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.
Quando o autor afirma a existência de uma permanente “tendência ao desequilíbrio
de nossas contas externas, embora apresentando-se agora sob novas formas”
refere-se à posição subordinada em que o Brasil insere-se nas relações econômicas
internacionais em dois momentos da história do país. Essa subordinação:
Ano: 2010
Banca:
CÁSPER LÍBERO
Órgão:
CÁSPER LÍBERO
Prova:
CÁSPER LÍBERO - 2010 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular |
Q1381453
História
Texto associado
Tomando como base a história do capitalismo brasileiro e o processo de globalização
comparados com o texto abaixo (publicado originalmente em 1966), responda à questão.
“Em conclusão, apesar das grandes transformações por que passou a economia
brasileira, e que se vêm acentuando nestes últimos decênios, ela não logrou superar
algumas de suas principais debilidades originárias, e libertar-se de sua dependência
e subordinação no que respeita ao sistema econômico e financeiro internacional de
que participa e em que figura em posição periférica e marginal. /.../ é um progresso
que pela maneira como se realiza , ou se realizou até hoje, se anula em boa parte
e se autolimita, encerrando-se em estreitas perspectivas. Isso porque se subordina
a circunstâncias que, embora aparentemente distintas do antigo sistema colonial,
guardam com esse sistema, na sua essência, uma grande semelhança. /.../
Em suma, /.../ o antigo sistema colonial em que se constituiu e evoluiu a
economia brasileira, apesar de todo o progresso e as transformações realizadas,
fundamentalmente se manteve, embora modificado e adotando formas diferentes.
E o processo de integração econômica nacional, embora se apresente maduro
para sua completa e definitiva eclosão, se mostra incapaz de chegar a termo e
se debate em contradições que não consegue superar. Das contradições que no passado solapavam a economia brasileira, passamos a outras de natureza diferente,
mas nem por isso menos graves. Essas contradições se manifestam sobretudo, e
agudamente, como vimos, na permanência, e até no agravamento da tendência
ao desequilíbrio de nossas contas externas, embora apresentando-se agora sob
novas formas, e implicando diretamente a ação imperialista. São as nossas relações
financeiras com o sistema internacional do capitalismo – e nisso se distingue a nossa
situação atual da do passado – que comandam o mecanismo das contas externas
do país. Não são mais unicamente as vicissitudes da exportação brasileira, como
ocorria anteriormente, que determinam o estado daquelas contas. E sim sobretudo
e decisivamente os fluxos de capitais controlados do exterior e que sob diversas
formas (inversões, financiamentos, empréstimos, amortizações, rendimentos etc.)
se fazem num e noutro sentido em função dos interesses da finança internacional.
Ou por fatores de ordem política que em última instância também se orientam por
aqueles interesses”.
PRADO, Jr. Caio. A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.
As três décadas que se seguiram ao fim da Segunda Guerra Mundial ficaram
conhecidas como a “Era de Ouro” ou os “trinta anos gloriosos”. Na última destas
décadas (1965-1975), a expansão capitalista dos países centrais (EUA, Japão e
parcela da Europa) foi em parte sustentada pelos investimentos no exterior, ou pela
exportação de capitais, o que estimulou o desenvolvimento da infraestrutura e
ampliou a produtividade nos países que receberam esses investimentos. No Brasil,
o período ficou conhecido como “Milagre Econômico” (1969-1973). A respeito dessa
fase de crescimento econômico nacional, é correto afirmar que:
Ano: 2010
Banca:
CÁSPER LÍBERO
Órgão:
CÁSPER LÍBERO
Prova:
CÁSPER LÍBERO - 2010 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular |
Q1381454
Geografia
Texto associado
Tomando como base a história do capitalismo brasileiro e o processo de globalização
comparados com o texto abaixo (publicado originalmente em 1966), responda à questão.
“Em conclusão, apesar das grandes transformações por que passou a economia
brasileira, e que se vêm acentuando nestes últimos decênios, ela não logrou superar
algumas de suas principais debilidades originárias, e libertar-se de sua dependência
e subordinação no que respeita ao sistema econômico e financeiro internacional de
que participa e em que figura em posição periférica e marginal. /.../ é um progresso
que pela maneira como se realiza , ou se realizou até hoje, se anula em boa parte
e se autolimita, encerrando-se em estreitas perspectivas. Isso porque se subordina
a circunstâncias que, embora aparentemente distintas do antigo sistema colonial,
guardam com esse sistema, na sua essência, uma grande semelhança. /.../
Em suma, /.../ o antigo sistema colonial em que se constituiu e evoluiu a
economia brasileira, apesar de todo o progresso e as transformações realizadas,
fundamentalmente se manteve, embora modificado e adotando formas diferentes.
E o processo de integração econômica nacional, embora se apresente maduro
para sua completa e definitiva eclosão, se mostra incapaz de chegar a termo e
se debate em contradições que não consegue superar. Das contradições que no passado solapavam a economia brasileira, passamos a outras de natureza diferente,
mas nem por isso menos graves. Essas contradições se manifestam sobretudo, e
agudamente, como vimos, na permanência, e até no agravamento da tendência
ao desequilíbrio de nossas contas externas, embora apresentando-se agora sob
novas formas, e implicando diretamente a ação imperialista. São as nossas relações
financeiras com o sistema internacional do capitalismo – e nisso se distingue a nossa
situação atual da do passado – que comandam o mecanismo das contas externas
do país. Não são mais unicamente as vicissitudes da exportação brasileira, como
ocorria anteriormente, que determinam o estado daquelas contas. E sim sobretudo
e decisivamente os fluxos de capitais controlados do exterior e que sob diversas
formas (inversões, financiamentos, empréstimos, amortizações, rendimentos etc.)
se fazem num e noutro sentido em função dos interesses da finança internacional.
Ou por fatores de ordem política que em última instância também se orientam por
aqueles interesses”.
PRADO, Jr. Caio. A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.
Em meio à globalização, especialmente com o aumento da mobilidade internacional
dos capitais exportados pelos países centrais, vários países da chamada semiperiferia
e ou de origem colonial passam por processos de modernização econômica, como,
por exemplo, a ampliação da participação dos produtos industrializados na pauta das
exportações. Sobre o processo da globalização, na última década, é correto afirmar que:
Ano: 2010
Banca:
CÁSPER LÍBERO
Órgão:
CÁSPER LÍBERO
Prova:
CÁSPER LÍBERO - 2010 - CÁSPER LÍBERO - Vestibular |
Q1381455
Geografia
Texto associado
Tomando como base a história do capitalismo brasileiro e o processo de globalização
comparados com o texto abaixo (publicado originalmente em 1966), responda à questão.
“Em conclusão, apesar das grandes transformações por que passou a economia
brasileira, e que se vêm acentuando nestes últimos decênios, ela não logrou superar
algumas de suas principais debilidades originárias, e libertar-se de sua dependência
e subordinação no que respeita ao sistema econômico e financeiro internacional de
que participa e em que figura em posição periférica e marginal. /.../ é um progresso
que pela maneira como se realiza , ou se realizou até hoje, se anula em boa parte
e se autolimita, encerrando-se em estreitas perspectivas. Isso porque se subordina
a circunstâncias que, embora aparentemente distintas do antigo sistema colonial,
guardam com esse sistema, na sua essência, uma grande semelhança. /.../
Em suma, /.../ o antigo sistema colonial em que se constituiu e evoluiu a
economia brasileira, apesar de todo o progresso e as transformações realizadas,
fundamentalmente se manteve, embora modificado e adotando formas diferentes.
E o processo de integração econômica nacional, embora se apresente maduro
para sua completa e definitiva eclosão, se mostra incapaz de chegar a termo e
se debate em contradições que não consegue superar. Das contradições que no passado solapavam a economia brasileira, passamos a outras de natureza diferente,
mas nem por isso menos graves. Essas contradições se manifestam sobretudo, e
agudamente, como vimos, na permanência, e até no agravamento da tendência
ao desequilíbrio de nossas contas externas, embora apresentando-se agora sob
novas formas, e implicando diretamente a ação imperialista. São as nossas relações
financeiras com o sistema internacional do capitalismo – e nisso se distingue a nossa
situação atual da do passado – que comandam o mecanismo das contas externas
do país. Não são mais unicamente as vicissitudes da exportação brasileira, como
ocorria anteriormente, que determinam o estado daquelas contas. E sim sobretudo
e decisivamente os fluxos de capitais controlados do exterior e que sob diversas
formas (inversões, financiamentos, empréstimos, amortizações, rendimentos etc.)
se fazem num e noutro sentido em função dos interesses da finança internacional.
Ou por fatores de ordem política que em última instância também se orientam por
aqueles interesses”.
PRADO, Jr. Caio. A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.
O Brasil produziu, na safra 2009/2010, 4,9 milhões de toneladas de trigo. Nos
últimos três anos, consumiu 10,7 milhões de toneladas, grande parte delas
importadas de outros países. O Brasil também é dependente de importações no que
diz respeito a outros produtos de primeira necessidade, como o arroz irrigado e a
cebola. Entre os motivos que levaram o Brasil a não ser autosuficiente na produção
de alguns alimentos que consome, é correto afirmar que: