Questões de Vestibular UEMG 2010 para Vestibular, Prova 01

Foram encontradas 54 questões

Ano: 2010 Banca: COPEPS Órgão: UEMG Prova: COPEPS - 2010 - UEMG - Vestibular - Prova 01 |
Q1265913 Português

BRASIL


Sobre a opinião do leitor de Belo Horizonte, na edição de quinta-feira , ele está certo ! A corrupção, a torpeza e a certeza de impunidade abriram as defesas do organismo social para a invasão da imoralidade que se alastra numa metástase corrosiva na dignidade das instituições. O que mais revolta os cidadãos que têm consciência do mal que a indiferença da grande maioria prepara para as próximas gerações é o fato de parte significativa da sociedade se acomodar em protestos sem uma proposta de impacto para mudar o sistema que permite esse estado de corrosão moral. É necessário parar de atirar pedras e fazer algo para impedir que as aves de rapina nos roubem, impunemente, a cidadania.

Geraldo H

Por e-mail

Hoje em Dia, Belo Horizonte, Opinião, 31 de jul. 2009, p. 5.

Segundo Ingedore V. Koch, há uma concepção interacional do texto, segundo a qual ocorre neste uma cadeia de sujeitos - também chamados de interlocutores, que se revezam como produtores e receptores, na construção e na produção de sentidos.


Baseando-se nessa concepção interacional , conclui-se que a construção e produção de sentido, no texto acima, ocorre através

Alternativas
Ano: 2010 Banca: COPEPS Órgão: UEMG Prova: COPEPS - 2010 - UEMG - Vestibular - Prova 01 |
Q1265914 Literatura

Leia os poemas abaixo e faça o que se pede.



Texto I

Fazendeiros de cana

Minha terra tem palmeiras?                              

 Não. Minha terra tem engenhocas de rapadura

E cachaça e açúcar marrom,                           

Tiquinho, para o gasto.                                    

Tem cana caiana e cana crioula,                     

 cana-pitu,                                                          

 Cana rajada e cana-do-governo, e muitas       

outras                                                              

Canas de garapa e bagaço para os porcos    

  Em assembleia grunhidora diante da              

    Moenda movida gravemente pela junta de bois

 De sólida tristeza e resignação.                     

    As fazendas misturam dor e consolo em caldo

verde garrafa.                                              

E sessenta mil réis em imposto fazendeiro.

Carlos Drummond de Andrade


Texto II

Canção do exílio

Minha terra tem palmeiras,              

 Onde canta o Sabiá;                        

As aves, que aqui gorjeiam,           

Não gorjeiam como lá.                    

Nosso céu tem mais estrelas,         


Nossas várzeas têm mais flores,   

Nossos bosques têm mais vida,    

Nossa vida mais amores.              

Em cismar, sozinho, à noite,         

Mais prazer eu encontro lá;           

Minha terra tem palmeiras,            

Onde canta o Sabiá.                      


Minha terra tem primores,             

Que tais não encontro eu cá;        

  Em cismar –sozinho, à noite–         

 Mais prazer eu encontro lá;           

 Minha terra tem palmeiras,            

Onde canta o Sabiá.                     


Não permita Deus que eu morra,  

Sem que eu volte para lá;             

 Sem que disfrute os primores        

 Que não encontro por cá;              

Sem qu’inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.                    

De Primeiros cantos (1847)

Gonçalves Dias

No texto I, Drummond retoma o original romântico de Gonçalves Dias (Texto II), como fizeram vários outros poetas modernos. Neste texto, o poeta itabirano
Alternativas
Ano: 2010 Banca: COPEPS Órgão: UEMG Prova: COPEPS - 2010 - UEMG - Vestibular - Prova 01 |
Q1265915 Português

Leia atentamente o trecho seguinte:


“Esta solidão da Rua Erê, a tristeza de viver de carícias compradas, a distância, sobretudo a distância da moça em flor, é que geraram a lenda. E o Cavaleiro da Triste Figura se põe em marcha, pela sua Dulcinéia. Haverá despeito e mau-humor nestas linhas? Creio que não: investigo, com serenidade, o fenômeno.

(In: O amanuense Belmiro – Cyro dos Anjos)

Sobre o fragmento apresentado, considere as seguintes afirmativas:


I. Colocando-se em 1ª pessoa, o narrador revela a intimidade de seus sentimentos, em relação ao amor.

II. A referência ao Cavaleiro e a Dulcineia, no texto, constituem uma paráfrase da obra de Cervantes – Don Quixote de la mancha.

III. O confessionalismo do narrador neste trecho faz sobressair traços do gênero lírico.

IV. Um dos recursos da linguagem, utilizados pelo narrador no seu confessionalismo é a metalinguagem.

V. O texto apresenta fortes traços narrativos, ao focalizar objetivamente ações externas de personagens.

VI. Na comparação do narrador com o Cavaleiro da Triste Figura, observa-se o recurso da intertextualidade.


Está CORRETO o que se afirmou

Alternativas
Ano: 2010 Banca: COPEPS Órgão: UEMG Prova: COPEPS - 2010 - UEMG - Vestibular - Prova 01 |
Q1265916 Literatura

TEXTO 1


Irás a divertir-te na floresta,         

  Sustentada, Marília, no meu braço,

Aqui descansarei a quente sesta  

         Dormindo um leve sono em teu regaço;

   Enquanto a luta jogam os pastores,

          e emparelhados correm nas campinas, 

 toucarei teus cabelos de boninas,

       nos troncos gravarei os teus louvores

 Graças, Marília bela,                     

  graças à minha estrela!                 

(Tomás Antônio Gonzaga)


TEXTO 2

UM SONETO PARA MARÍLIA

À maneira de Dirceu


  Eis que um dia na mata se banhava            

  Enquanto o deus as costas lhe voltava.       

  Cupido... e estava nu, inteiramente,             

  Pois que deixara à margem da corrente      

   O arco terrível e a repleta aljava.                   


Só aguardava ocasião... E, de repente      

  As armas furta sorrateiramente,                  


Surgem então as fauces escarninhas       

Dos silvanos e sátiros astutos.                  

     Põem-se a vaiar o Amor, sem mais cautelas


Marília que, às ocultas, o espreitava        

—Ah! Temíeis as frechas quando minhas!

     (E o deus sorri) Vereis agora, ó brutos,         

O que Marília há de fazer com elas!         

(MARIO QUINTANA)

A respeito dos dois textos, observe os seguintes comentários:


I. Quanto ao gênero literário, o TEXTO 1 revela, encoberto na cena descritiva, um lirismo confessional, através do qual o eu poético expressa o seu amor, sua paixão.

II. O TEXTO 2 se constitui como paráfrase do TEXTO I, ao reproduzir as mesmas ideias deste.

III. O TEXTO 2 mostra um locutor mais distanciado dos sentimentos e do confessionalismo amoroso; quanto ao gênero literário, este texto traz uma tendência dominante do gênero narrativo.

IV. O TEXTO 2 contém insinuações humorísticas e sensuais que ‘desconstroem’ o clima lírico e confessional, presente na cena do TEXTO 1.

V. O TEXTO 2 centraliza seu foco de atenção à personagem Marília, numa tentativa de recuperar o confessionalismo amoroso escamoteado no TEXTO 1

VI. O TEXTO 2 desconstrói e dessacraliza a cena e o sentimento amoroso do TEXTO 1, constituindo-se como paródia deste.


Está CORRETO o que se afirmou

Alternativas
Ano: 2010 Banca: COPEPS Órgão: UEMG Prova: COPEPS - 2010 - UEMG - Vestibular - Prova 01 |
Q1265917 Português

Leia a tira, abaixo, e a seguir responda à questão apresentada.


Imagem associada para resolução da questão


Para conferir um ‘toque’ de humor ao texto, acima, o autor explorou

Alternativas
Respostas
6: A
7: C
8: B
9: D
10: D