Questões de Vestibular ESPM 2018 para Vestibular 2019/1 - RS
Foram encontradas 18 questões
Q1788951
Português
Considere os textos que seguem.
Eu tenho um coração maior que o mundo, tu, formosa Marília, bem o sabes; um coração, e basta, onde tu mesma cabes.
(Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu)
Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem sequer as minhas dores.
(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do Mundo)
Assinale a afirmação correta sobre os dois textos:
Eu tenho um coração maior que o mundo, tu, formosa Marília, bem o sabes; um coração, e basta, onde tu mesma cabes.
(Tomás Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu)
Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem sequer as minhas dores.
(Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do Mundo)
Assinale a afirmação correta sobre os dois textos:
Q1788952
Português
(...) O mal du siècle, a indefinível doença que alanceia os românticos, que lhes
enlanguesce a vontade, entedia a vida e faz
desejar a morte, só poderá ser correctamente entendido no contexto da odisseia do
eu romântico, pois que exprime o cansaço e
a frustração resultantes da impossibilidade
de realizar o absoluto. (...)
(Vítor Manuel de Aguiar e Silva, Teoria da Literatura, 8.ª edição, Livraria Almedina, Coimbra, 1988)
A partir das considerações sobre o “mal-do-século”, assinale o item cujo texto não apresente as características apontadas.
(Vítor Manuel de Aguiar e Silva, Teoria da Literatura, 8.ª edição, Livraria Almedina, Coimbra, 1988)
A partir das considerações sobre o “mal-do-século”, assinale o item cujo texto não apresente as características apontadas.
Q1788953
Português
Texto associado
O trecho que segue é da personagem Olga,
de Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance de Lima Barreto.
O que mais a impressionou no passeio foi
a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das
casas, o ar triste, abatido da gente pobre. (...)
Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era
sempre aquele sapê sinistro e aquele “sopapo”
que deixava ver a trama de varas, como o esqueleto de um doente. Por que ao redor dessas
casas não havia culturas, uma horta, um pomar?
(...) Não podia ser preguiça só ou indolência.
Para o seu gasto, para uso próprio, o homem
tem sempre energia para trabalhar relativamente. (...) Seria a terra? Que seria? E todas
essas questões desafiavam a sua curiosidade, o
seu desejo de saber, e também a sua piedade
e simpatia por aqueles párias, maltrapilhos, mal
alojados, talvez com fome, sorumbáticos!...
(Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma)
É possível estabelecer um paralelo entre a passagem acima e outros textos da Literatura brasileira por apresentarem reflexões críticas em relação à miséria, similares ao pensamento de Olga. Essa abordagem ocorre nas referências abaixo, exceto em uma.
Assinale o item cuja obra não é passível de ser relacionada com o exposto acima.
Assinale o item cuja obra não é passível de ser relacionada com o exposto acima.
Q1788954
Português
Texto associado
O trecho que segue é da personagem Olga,
de Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance de Lima Barreto.
O que mais a impressionou no passeio foi
a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das
casas, o ar triste, abatido da gente pobre. (...)
Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era
sempre aquele sapê sinistro e aquele “sopapo”
que deixava ver a trama de varas, como o esqueleto de um doente. Por que ao redor dessas
casas não havia culturas, uma horta, um pomar?
(...) Não podia ser preguiça só ou indolência.
Para o seu gasto, para uso próprio, o homem
tem sempre energia para trabalhar relativamente. (...) Seria a terra? Que seria? E todas
essas questões desafiavam a sua curiosidade, o
seu desejo de saber, e também a sua piedade
e simpatia por aqueles párias, maltrapilhos, mal
alojados, talvez com fome, sorumbáticos!...
(Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma)
Em Lima Barreto, a sequência grande de
perguntas ao longo do texto configura o:
Q1788955
Português
A zoomorfização na Literatura, a despeito de qualquer outra característica estilística, sempre esteve presente, no entanto,
aparece principalmente nas obras com características realistas que, em contraponto
àquelas com aspectos mais românticos, têm
o intento de retratar as mazelas da sociedade como espelho. (...)
Fez-se necessário uma Literatura condizente com o real e, para tanto, a zoomorfização de personagens foi utilizada com maior
ênfase. Paralelo ao Realismo, o Naturalismo
é o momento em que mais se verifica este
fenômeno. (Uesla Lima Soares , O Animal
Humano: Os paradigmas da zoomorfização
social e sua representação literária, Anais
do Festival Literário de Paulo Afonso, 2017)
[O zoomorfismo] ocorre quando “o
que é próprio do homem se estende ao
animal e permite, por simetria, que o que é
próprio do animal se estenda ao homem.”
(Antonio Cândido, De Cortiço a Cortiço, Novos Estudos CEBRAP, 1991).
Considere as seguintes afirmações:
I. A zoomorfização se opôs frontalmente às idealizações românticas, sendo uma característica exclusiva do Naturalismo. II. Segundo Antonio Candido, não é possível haver distinção entre ser humano e animal, no sentido de que um cede característica ao outro e vice-versa. III. A definição de Antonio Candido sobre zoomorfismo é construída por meio de um processo chamado quiasmo.
A respeito de tais afirmações, deve-se dizer que:
(Antonio Cândido, De Cortiço a Cortiço, Novos Estudos CEBRAP, 1991).
Considere as seguintes afirmações:
I. A zoomorfização se opôs frontalmente às idealizações românticas, sendo uma característica exclusiva do Naturalismo. II. Segundo Antonio Candido, não é possível haver distinção entre ser humano e animal, no sentido de que um cede característica ao outro e vice-versa. III. A definição de Antonio Candido sobre zoomorfismo é construída por meio de um processo chamado quiasmo.
A respeito de tais afirmações, deve-se dizer que: