Questões de Vestibular FAG 2019 para Vestibular, Segundo Semestre
Foram encontradas 4 questões
Q1370248
Português
Texto associado
Texto 1
Duas pulgas estavam reclamando da vida quando uma disse para a outra: “sabe qual é o nosso problema?
Nós não sabemos voar. Só sabemos saltar. Aí, quando o cachorro percebe nossa presença, nossa chance de
sobrevivência é zero. É por isso que existem mais moscas do que pulgas nesse mundo – moscas voam.”
E aí as duas pulgas fizeram um curso de mosca e aprenderam a voar. Mas não ficaram satisfeitas. E uma
disse para a outra: “sabe qual é o nosso grande problema? Nós ficamos grudadas no corpo do cachorro. Daí nosso
tempo de reação é mais lento que a coçada dele. Temos que fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam
voo rapidamente”. E as duas pulgas fizeram um curso de abelha. Mas não ficaram satisfeitas. E uma disse para a
outra: “sabe qual é o nosso grande problema? Nosso estômago é muito pequeno. Escapar do cachorro a gente até
escapa, mas não estamos nos alimentando adequadamente. Temos que ser como os pernilongos, que têm aquele
barrigão enorme”. E aí as duas pulgas fizeram um curso de pernilongo. Mas não ficaram satisfeitas porque, com
aquele barrigão, eram facilmente percebidas pelo cachorro e eram espantadas antes mesmo de conseguirem
pousar.
Então, totalmente frustradas porque nada na vida delas dava certo, as duas pulgas encontraram uma
saltitante pulguinha. Como viram que a pulguinha estava forte e saudável, as duas pulgas perguntaram: “escuta, o
que é que você mudou que nós ainda não mudamos?”. E a pulguinha respondeu: “nada, ué”. “Como assim nada?”,
perguntaram as pulgonas. “Como é que você escapa da coçada do cachorro?”. E a pulguinha respondeu: “Ah, é
simples. Eu sento na nuca do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança”.
GEHRINGER, Max. O melhor de Max Gehringer na CBN: 120 conselhos sobre carreira, currículo, comportamento e
liderança. Vol. 1. São Paulo: Globo, 2006, p. 109 (fragmento), com adaptações
Com base na leitura compreensiva do texto 1, infere-se que a (o):
Q1370249
Português
Texto associado
Texto 1
Duas pulgas estavam reclamando da vida quando uma disse para a outra: “sabe qual é o nosso problema?
Nós não sabemos voar. Só sabemos saltar. Aí, quando o cachorro percebe nossa presença, nossa chance de
sobrevivência é zero. É por isso que existem mais moscas do que pulgas nesse mundo – moscas voam.”
E aí as duas pulgas fizeram um curso de mosca e aprenderam a voar. Mas não ficaram satisfeitas. E uma
disse para a outra: “sabe qual é o nosso grande problema? Nós ficamos grudadas no corpo do cachorro. Daí nosso
tempo de reação é mais lento que a coçada dele. Temos que fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam
voo rapidamente”. E as duas pulgas fizeram um curso de abelha. Mas não ficaram satisfeitas. E uma disse para a
outra: “sabe qual é o nosso grande problema? Nosso estômago é muito pequeno. Escapar do cachorro a gente até
escapa, mas não estamos nos alimentando adequadamente. Temos que ser como os pernilongos, que têm aquele
barrigão enorme”. E aí as duas pulgas fizeram um curso de pernilongo. Mas não ficaram satisfeitas porque, com
aquele barrigão, eram facilmente percebidas pelo cachorro e eram espantadas antes mesmo de conseguirem
pousar.
Então, totalmente frustradas porque nada na vida delas dava certo, as duas pulgas encontraram uma
saltitante pulguinha. Como viram que a pulguinha estava forte e saudável, as duas pulgas perguntaram: “escuta, o
que é que você mudou que nós ainda não mudamos?”. E a pulguinha respondeu: “nada, ué”. “Como assim nada?”,
perguntaram as pulgonas. “Como é que você escapa da coçada do cachorro?”. E a pulguinha respondeu: “Ah, é
simples. Eu sento na nuca do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança”.
GEHRINGER, Max. O melhor de Max Gehringer na CBN: 120 conselhos sobre carreira, currículo, comportamento e
liderança. Vol. 1. São Paulo: Globo, 2006, p. 109 (fragmento), com adaptações
Considerando a estrutura, a forma e o conteúdo, assinale a alternativa que corresponde a uma
característica do texto 1 apresentado.
Q1370250
Português
Texto associado
Texto 2
O vício da tecnologia
Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição de novidades
eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inovações, estavam produtos relacionados a
experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um dos temas que mais desperta
interesse em profissionais da área, tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos mais diversos
segmentos.
Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo que nos leva a uma
ansiedade tão grande para consumir produtos que prometem inovação tecnológica. Por que tanta gente se dispõe a
dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de smartphone? Por que nos
dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar aparelhos que não temos sequer certeza de que serão
realmente úteis em nossas rotinas?
A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a explicar essa “corrida desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso processo evolutivo como seres humanos, nosso cérebro
aprendeu a suprir necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como sexo,
segurança e status social.
Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última necessidade citada: nós nos
sentimos melhores e superiores, ainda que momentaneamente, quando surgimos em nossos círculos sociais com
um produto que quase ninguém ainda possui.
Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos tecnológicos
ativavam partes do nosso cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa muito religiosa se depara com
um objeto sagrado. Ou seja, não seria exagero dizer que o vício em novidades tecnológicas é quase uma religião
para os mais entusiastas.
O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em nosso
cérebro a liberação de um hormônio chamado dopamina, responsável por nos causar sensações de prazer. Ele é
liberado quando nosso cérebro identifica algo que represente uma recompensa.
O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em comportamentos impulsivos,
que incluem vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e até mesmo alcoolismo. No caso do consumo,
podemos observar a situação problematizada aqui: gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem
sempre trazem novidade –– as atualizações de modelos de smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes
apresentam poucas mudanças em relação ao modelo anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros
casos, gasta-se uma quantia absurda em algum aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade prática ou
inovadora no cotidiano.
No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de comprar um novo
smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o efeito momentâneo da dopamina com o impacto de
imaginar como ficarão as faturas do seu cartão de crédito com a nova compra. O choque ao constatar o rombo em
seu orçamento pode ser suficiente para que você decida pensar duas vezes a respeito da aquisição.
DANA, S. O Globo. Economia. Rio de Janeiro, 16 jan. 2018. Adaptado.
De acordo com o ordenamento das ideias no texto 2, observa-se que, depois de explicar a função da
dopamina no cérebro, o texto se refere à ideia de que:
Q1370251
Português
Texto associado
Texto 2
O vício da tecnologia
Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição de novidades
eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inovações, estavam produtos relacionados a
experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um dos temas que mais desperta
interesse em profissionais da área, tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos mais diversos
segmentos.
Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo que nos leva a uma
ansiedade tão grande para consumir produtos que prometem inovação tecnológica. Por que tanta gente se dispõe a
dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de smartphone? Por que nos
dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar aparelhos que não temos sequer certeza de que serão
realmente úteis em nossas rotinas?
A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a explicar essa “corrida desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso processo evolutivo como seres humanos, nosso cérebro
aprendeu a suprir necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como sexo,
segurança e status social.
Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última necessidade citada: nós nos
sentimos melhores e superiores, ainda que momentaneamente, quando surgimos em nossos círculos sociais com
um produto que quase ninguém ainda possui.
Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos tecnológicos
ativavam partes do nosso cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa muito religiosa se depara com
um objeto sagrado. Ou seja, não seria exagero dizer que o vício em novidades tecnológicas é quase uma religião
para os mais entusiastas.
O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em nosso
cérebro a liberação de um hormônio chamado dopamina, responsável por nos causar sensações de prazer. Ele é
liberado quando nosso cérebro identifica algo que represente uma recompensa.
O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em comportamentos impulsivos,
que incluem vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e até mesmo alcoolismo. No caso do consumo,
podemos observar a situação problematizada aqui: gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem
sempre trazem novidade –– as atualizações de modelos de smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes
apresentam poucas mudanças em relação ao modelo anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros
casos, gasta-se uma quantia absurda em algum aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade prática ou
inovadora no cotidiano.
No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de comprar um novo
smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o efeito momentâneo da dopamina com o impacto de
imaginar como ficarão as faturas do seu cartão de crédito com a nova compra. O choque ao constatar o rombo em
seu orçamento pode ser suficiente para que você decida pensar duas vezes a respeito da aquisição.
DANA, S. O Globo. Economia. Rio de Janeiro, 16 jan. 2018. Adaptado.
De acordo com o texto 2, o “vício tecnológico” pode ser explicado por: