Questões de Vestibular PUC - Campinas 2016 para Vestibular - Direito
Foram encontradas 20 questões
Considere o texto abaixo.
As Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, são um paradigma do que se pode chamar literatura de testemunho: nem pura ficção, nem pura historiografia. O fundo histórico é o da ditadura Vargas, mas o testemunho vive e elabora-se numa zona de fronteira: ao percorrer essas memórias somos levados tanto a reconstituir a fisionomia e os gestos de alguns companheiros de prisão de Graciliano, entre os quais líderes comunistas, como a contemplar a metamorfose dessa matéria objetiva em uma prosa una e única − a palavra do narrador.
(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 222.)
Considere o texto abaixo.
As Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, são um paradigma do que se pode chamar literatura de testemunho: nem pura ficção, nem pura historiografia. O fundo histórico é o da ditadura Vargas, mas o testemunho vive e elabora-se numa zona de fronteira: ao percorrer essas memórias somos levados tanto a reconstituir a fisionomia e os gestos de alguns companheiros de prisão de Graciliano, entre os quais líderes comunistas, como a contemplar a metamorfose dessa matéria objetiva em uma prosa una e única − a palavra do narrador.
(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 222.)
Considere o texto abaixo.
Deve ter sido importante para Drummond o poema do escritor chileno Pablo Neruda, lido na cidade do México em 1942 e logo depois afixado em cartazes nas ruas da cidade: “Canto a Stalingrado”. O poema de Neruda não fala de vitória, e sim de resistência, além de clamar de modo indignado pela abertura da Segunda Frente que viria aliviar a União Soviética da pressão nazista. Já na “Carta a Stalingrado”, de Drummond, o núcleo propriamente do poema se espraia tanto para o lado épico, que relaciona a vitória de Stalingrado aos destinos da humanidade, como para o lado lírico, em que a batalha é vista a partir das suas ressonâncias no “eu”.
(MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. São Paulo: Editora 34, 2016, p. 128)
Considere o texto abaixo.
Deve ter sido importante para Drummond o poema do escritor chileno Pablo Neruda, lido na cidade do México em 1942 e logo depois afixado em cartazes nas ruas da cidade: “Canto a Stalingrado”. O poema de Neruda não fala de vitória, e sim de resistência, além de clamar de modo indignado pela abertura da Segunda Frente que viria aliviar a União Soviética da pressão nazista. Já na “Carta a Stalingrado”, de Drummond, o núcleo propriamente do poema se espraia tanto para o lado épico, que relaciona a vitória de Stalingrado aos destinos da humanidade, como para o lado lírico, em que a batalha é vista a partir das suas ressonâncias no “eu”.
(MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. São Paulo: Editora 34, 2016, p. 128)
Considere o texto abaixo.
Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)