Questões de Vestibular UEM 2010 para Vestibular - PAS - Etapa 2 - Inglês
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Q1346540
Português
Texto associado
Leia atentamente o trecho selecionado e, em
seguida, assinale a alternativa correta.
Se se morrre de amor
(...)
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’ altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
(...)
DIAS, Gonçalves. Poesia e prosa completas. Volume único. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 293.
Vocabulário
ermo: descampado, deserto.
soledade: solidão.
O poeta, no fragmento acima, demonstra forte
individualismo, característica do movimento
romântico, cujo egocentrismo substituiu o
teocentrismo medieval e o antropocentrismo
clássico.
Q1346541
Português
Texto associado
Leia atentamente o trecho selecionado e, em
seguida, assinale a alternativa correta.
Se se morrre de amor
(...)
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’ altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
(...)
DIAS, Gonçalves. Poesia e prosa completas. Volume único. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 293.
Vocabulário
ermo: descampado, deserto.
soledade: solidão.
O fragmento acima apresenta uma contradição.
O eu-lírico, ao mesmo tempo em que tem “o
coração em festa”, busca “tristeza, a soledade,
o ermo”. Essa contradição é condizente com as
características da poesia romântica brasileira
da primeira fase.
Q1346542
Português
Texto associado
Leia atentamente o trecho selecionado e, em
seguida, assinale a alternativa correta.
Se se morrre de amor
(...)
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’ altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
(...)
DIAS, Gonçalves. Poesia e prosa completas. Volume único. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 293.
Vocabulário
ermo: descampado, deserto.
soledade: solidão.
O eu-lírico define o amor (“Amor é vida”) e
exalta a natureza (“gostar dos campos/ D’ aves,
flores,”), sugerindo, principalmente no verso “E
ter o coração em riso e festa”, que seu amor é
correspondido.
Q1346543
Português
Texto associado
Leia atentamente o trecho selecionado e, em
seguida, assinale a alternativa correta.
Se se morrre de amor
(...)
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’ altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
(...)
DIAS, Gonçalves. Poesia e prosa completas. Volume único. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 293.
Vocabulário
ermo: descampado, deserto.
soledade: solidão.
No fragmento acima, os versos são livres,
metrificados em redondilha maior, e as rimas
obedecem ao esquema ABABAB, classificadas
como rimas cruzadas.
Q1346545
Português
Texto associado
Leia, atentamente, o soneto abaixo e assinale a alternativa correta.
SONETO LXXXIV (84)
Destes penhascos fez a natureza
O berço, em que nasci! oh quem cuidara,
Que entre penhas tão duras se criara
Uma alma terna, um peito sem dureza!
Amor, que vence os tigres, por empresa
Tomou logo render-me; ele declara
Contra o meu coração guerra tão rara,
Que não me foi bastante a fortaleza.
Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,
A que dava ocasião minha brandura,
Nunca pude fugir ao cego engano:
Vós, que ostentais a condição mais dura,
Temei, penhas, temei; que Amor tirano,
Onde há mais resistência, mais se apura.
COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos. São Paulo: Ediouro,
1997, p. 63.
Vocabulário
penhascos: montanhas rochosas.
penhas: grande massa de rocha saliente e isolada,
pedras.
terna: meiga, afetuosa.
dano: prejuízo.
brandura: doçura, mansidão.
ostentais (verbo ostentar): exibir, mostrar com
orgulho.
tirano: cruel, impiedoso, que abusa do poder.
apura (verbo apurar): tornar puro, purificar.
O poeta Cláudio Manuel da Costa pertenceu à
Escola Mineira ou Arcádia, mas não foi um
poeta árcade típico, porque escreveu os seus
poemas inspirando-se somente nos clássicos
portugueses, como Camões, o que fez dele um
poeta clássico.