Questões de Vestibular UFAC 2009 para Vestibular - Dia 1 - Língua Inglesa
Foram encontradas 2 questões
Ano: 2009
Banca:
UFAC
Órgão:
UFAC
Provas:
UFAC - 2009 - UFAC - Vestibular - Prova 1
|
UFAC - 2009 - UFAC - Vestibular - Dia 1 - Língua Inglesa |
Q1352949
Português
Texto associado
Observe o trecho abaixo:
“Você é um sundae polvilhado com
Ovomaltine. Pelo menos do ponto de vista dos
micróbios. Existem mais bactérias pastando pela sua
pele do que gente vivendo no planeta. Para elas, seu
corpo é o paraíso, um lugar cheio de oásis onde água
e comida jorram o tempo todo, na forma de água,
sais minerais e gordura e proteínas. Cada um dos
seus poros é como um restaurante onde tudo isso sai
de graça. Em troca, elas deixam seu corpo fedendo.
As axilas são mais problemáticas porque são as
praças de alimentação mais concorridas, com
glândulas que produzem mais óleos e proteínas de
que elas gostam. E isso porque a pele nem tem
tantas bactérias assim, comparado com a parte de
dentro. A realidade assusta. Nosso corpo é feito de
10 trilhões de células. E abriga 100 trilhões de
bactérias. Da próxima vez que se olhar no espelho,
lembre-se: 90% do que está ali não é você, mas uma
megacivilização de micro-organismos.”
(VERSIGNASSI, A., AXT, B. Donos do mundo.
Superinteressante, São Paulo, ago. 2009. Capa, p.
54)
Os autores da reportagem utilizam, logo no início desse parágrafo, uma metáfora para definir o ser humano enquanto organismo (“Você é um sundae polvilhado de Ovomaltine”). Logo adiante, explicam que é do ponto de vista das bactérias. Ao final, eles nos lembram que, ao nos olharmos no espelho, boa parte do que vemos não somos nós. Esses recursos da linguagem interessam para indicar:
Ano: 2009
Banca:
UFAC
Órgão:
UFAC
Provas:
UFAC - 2009 - UFAC - Vestibular - Prova 1
|
UFAC - 2009 - UFAC - Vestibular - Dia 1 - Língua Inglesa |
Q1352958
Português
Observe o trecho abaixo:
“Então Macunaíma enxergou numa lapa bem no meio do rio uma cova cheia d’água. E a cova era que nem marca dum pé gigante. Abicaram. O herói depois de muitos gritos por causa do frio da água entrou na cova e se lavou inteirinho. Mas a água era encantada porque aquele buraco na lapa era marca do pezão de Sumé, do tempo em que andava pregando o evangelho de Jesus pra indiada brasileira. Quando o herói saiu do banho estava louro e de olhos azuizinhos, água lavara o pretume dele. E ninguém não seria capaz mais de indicar nele um filho da tribo retinta dos Tapanhumas.” (ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 22.ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. p. 29- 30)
Na passagem acima, Mário de Andrade retoma uma tradição de contar histórias, onde Macunaíma, o herói da nossa gente, representa uma espécie de símbolo de afirmação da nossa mestiçagem que até então, antes do modernismo, era vista como sinal de inferioridade. Ao sair da água encantada, porém, ele consegue ficar branco, enquanto seus dois irmãos, mais adiante, continuam com os traços indígenas e negroides. Essa metáfora compõe, junto com a forma de contar histórias:
“Então Macunaíma enxergou numa lapa bem no meio do rio uma cova cheia d’água. E a cova era que nem marca dum pé gigante. Abicaram. O herói depois de muitos gritos por causa do frio da água entrou na cova e se lavou inteirinho. Mas a água era encantada porque aquele buraco na lapa era marca do pezão de Sumé, do tempo em que andava pregando o evangelho de Jesus pra indiada brasileira. Quando o herói saiu do banho estava louro e de olhos azuizinhos, água lavara o pretume dele. E ninguém não seria capaz mais de indicar nele um filho da tribo retinta dos Tapanhumas.” (ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 22.ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. p. 29- 30)
Na passagem acima, Mário de Andrade retoma uma tradição de contar histórias, onde Macunaíma, o herói da nossa gente, representa uma espécie de símbolo de afirmação da nossa mestiçagem que até então, antes do modernismo, era vista como sinal de inferioridade. Ao sair da água encantada, porém, ele consegue ficar branco, enquanto seus dois irmãos, mais adiante, continuam com os traços indígenas e negroides. Essa metáfora compõe, junto com a forma de contar histórias: