Questões de Vestibular UNICENTRO 2015 para VESTIBULAR DE 2016 - História

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Ano: 2015 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2015 - UNICENTRO - VESTIBULAR DE 2016 - História |
Q1798932 História
Segundo o historiador francês Michel de Certeau,
Não existem considerações, por mais gerais que sejam, nem leituras, por mais longe que as estendamos, capazes de apagar a particularidade do lugar de onde eu falo e do domínio por onde conduzo uma investigação. Toda pesquisa historiográfica é articulada a partir de um lugar de produção socioeconômico, político e cultural. É por acaso que se passa da “história social” à “história econômica” durante o período situado entre as duas guerras mundiais, por volta da crise econômica de 1929, ou que no momento atual a história cultural prevalece, quando se impõe, por todas as partes, com o lazer e os mass media, a importância social, econômica e política da “cultura”?
(Adaptado de: CERTEAU, M. A operação histórica. In. LE GOFF, J.; NORA, P. História: novos problemas. Trad. de Theo Santiago. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976. p.17-18 e p.25.)
Sobre o conteúdo do texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2015 - UNICENTRO - VESTIBULAR DE 2016 - História |
Q1798933 História
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das características da transição do Feudalismo para o Capitalismo.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2015 - UNICENTRO - VESTIBULAR DE 2016 - História |
Q1798935 História
Leia o texto a seguir.
“Ainda que vocês na Espanha achem um pouco forte meu casamento com uma índia, aqui isso não é, de modo algum, uma desonra, pois a nação dos índios goza de alta estima”. É assim que, em 1571, um comerciante espanhol do México explica sua união para um sobrinho instalado perto de Madri, em uma época em que a Europa se dilacera: as guerras de religião devastam a França e os Países Baixos, a noite de São Bartolomeu é iminente. Essa aliança entre um espanhol e uma índia ignora as barreiras étnicas, sociais e culturais. Ela coloca, de uma maneira brutal, uma questão que nos preocupa talvez ainda mais que aos contemporâneos de Montaigne, Shakespeare e Cervantes, a das mestiçagens.
(Adaptado de: BERNAND, C.; GRUZINSKI, S. História do Novo Mundo 2. As Mestiçagens. Trad. de Mary Amazonas Leite de Barros. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006. p.9.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as mestiçagens no processo de conquista e colonização da América, considere as afirmativas a seguir.
I. Os mestiços, que começaram a nascer na América em maior número a partir de 1570, eram festejados com grande alegria e esperança por suas famílias e comunidades, pois eram vistos como a grande oportunidade de ascensão social familiar, pela possibilidade de aproximação dos espanhóis e de sua cultura. II. A história do Novo Mundo se reduziu a um enfrentamento entre civilizações europeias e civilizações índias, duas unidades culturais desiguais em confronto, resultando na sobreposição da cultura espanhola sobre a cultura indígena, com a eliminação da cultura vencida. III. Ainda que se considere a fala repleta de positividade do comerciante espanhol sobre sua relação com uma índia, aos olhos das autoridades espanholas, os mestiços, oriundos desse tipo de relação, apareciam como uma coletividade ameaçadora, portadora da insubordinação natural, “sugada no leite materno”. IV. As condições demográficas permitem opor várias formas de mestiçagens; frente a importantes concentrações indígenas – no México, nos Andes –, as sociedades europeias são obrigadas a levar em conta a presença dos índios. Em áreas como a costa do Brasil, os índios que sobreviveram às epidemias são por demais dispersos ou raros para modificar a colonização.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2015 - UNICENTRO - VESTIBULAR DE 2016 - História |
Q1798936 História
Leia o texto a seguir e responda à questão.

Se a economia do mundo do século XIX foi constituída principalmente sob a influência da Revolução Industrial britânica, sua política e sua ideologia foram constituídas fundamentalmente pela Revolução Francesa. A Grã-Bretanha forneceu o modelo para ferrovias e fábricas, o explosivo econômico que rompeu com as estruturas socioeconômicas tradicionais do mundo não europeu. No entanto, foi a França que fez suas revoluções e a elas deu suas ideias, a ponto de bandeiras tricolores terem se tornado o emblema de praticamente todas as nações emergentes, e as políticas europeias (ou mesmo mundiais), entre 1789 e 1917, foram em grande parte lutas a favor e contra os princípios de 1789, ou os ainda mais incendiários de 1793. A França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e radical-democrática para a maior parte do mundo. A França deu o primeiro grande exemplo, o conceito e o vocabulário do nacionalismo.

(Adaptado de: HOBSBAWM, E. J. A Revolução Francesa. Trad. de Maria Tereza Lopes Teixeira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. p.9 (Coleção Leitura).)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Revolução Industrial britânica, considere as afirmativas a seguir.


I. Desde o início do século XVIII, com a melhoria da produção agrícola, houve uma queda nas taxas de mortalidade, ao mesmo tempo que um grande contingente populacional estava sendo expulso do campo, pela apropriação das terras por grandes proprietários rurais, em um fenômeno conhecido como “cercamentos”.

II. O crescimento econômico promovido pela revolução industrial contraditoriamente não implicou no crescimento vertiginoso das cidades. Apropriando-se do conceito inglês de cidades-jardim, centros urbanos, como Londres e Manchester, conseguiram manter suas massas de trabalhadores em áreas rurais nos seus entornos.

III. Por meio da industrialização acelerada, a sociedade inglesa pôde desenvolver boas condições de vida; os trabalhadores passaram a habitar locais arejados e a receberem salários adequados, resultando dessa situação uma relação não conflituosa entre a burguesia e o operariado, o que permitiu o precoce desenvolvimento do capitalismo na Inglaterra.

IV. A revolução industrial significou a transição para novos processos de manufatura, que incluíram a migração de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescente da energia a vapor, além da substituição da madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2015 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2015 - UNICENTRO - VESTIBULAR DE 2016 - História |
Q1798937 História
Leia o texto a seguir e responda à questão.

Se a economia do mundo do século XIX foi constituída principalmente sob a influência da Revolução Industrial britânica, sua política e sua ideologia foram constituídas fundamentalmente pela Revolução Francesa. A Grã-Bretanha forneceu o modelo para ferrovias e fábricas, o explosivo econômico que rompeu com as estruturas socioeconômicas tradicionais do mundo não europeu. No entanto, foi a França que fez suas revoluções e a elas deu suas ideias, a ponto de bandeiras tricolores terem se tornado o emblema de praticamente todas as nações emergentes, e as políticas europeias (ou mesmo mundiais), entre 1789 e 1917, foram em grande parte lutas a favor e contra os princípios de 1789, ou os ainda mais incendiários de 1793. A França forneceu o vocabulário e os temas da política liberal e radical-democrática para a maior parte do mundo. A França deu o primeiro grande exemplo, o conceito e o vocabulário do nacionalismo.

(Adaptado de: HOBSBAWM, E. J. A Revolução Francesa. Trad. de Maria Tereza Lopes Teixeira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. p.9 (Coleção Leitura).)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Revolução Francesa, considere as afirmativas a seguir.
I. O final do século XVIII foi uma época de crise para os velhos regimes da Europa e seus sistemas econômicos. Foram décadas repletas de agitações políticas, chegando até o ponto de revoltas, de movimentos coloniais em busca de autonomia, às vezes atingindo a secessão. II. Sua base teórica foi cunhada, entre outros, pelo filósofo e pensador suíço Jean-Jacques Rousseau, um dos nomes mais destacados do pensamento conhecido como iluminismo, que concebia o homem como um ser livre, igual a seus semelhantes, com os quais deveria conviver fraternalmente. III. Entre todas as revoluções contemporâneas, a Revolução Francesa foi a única ecumênica. O fato de esse movimento ter rompido radicalmente com um sistema estabelecido havia pelo menos cinco séculos levou muitos pensadores a afirmar que ela não foi apenas um movimento nacional, mas uma revolução de caráter supranacional. IV. No momento do desencadeamento da Revolução, a França vivia uma república oligárquica sob Luís XV, que detinha um poder controlado pela camada de privilegiados constituída pelo clero e pela nobreza, que vivia em torno do governante sem pagar impostos e às custas da maioria do povo francês.
Assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
1: C
2: E
3: C
4: B
5: D