Questões de Vestibular UNIR 2008 para Vestibular - Primeira Fase

Foram encontradas 4 questões

Ano: 2008 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2008 - UNIR - Vestibular - Primeira Fase |
Q1353969 Português
O trecho abaixo, em que o narrador descreve as mãos de Capitu, pertence ao capítulo XIII da obra Dom Casmurro.
As mãos, a despeito de alguns ofícios rudes, eram curadas com amor; não cheiravam a sabões finos nem águas de toucador, mas com água do poço e sabão comum trazia-as sem mácula.
Sobre os recursos lingüísticos, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Atualmente, a palavra toucador, no sentido de penteadeira, caiu em desuso, constituindo exemplo de variedade histórica. ( ) As palavras cheiravam e águas possuem, respectivamente, os dígrafos ch e gu, pois são agrupamentos de letras que simbolizam um som. ( ) O verbo cheirar está usado como transitivo indireto, no sentido de exalar determinado cheiro. ( ) No trecho trazia-as sem mácula, o sujeito está elíptico e a expressão adjetiva funciona como predicativo do objeto.
Marque a seqüência correta.
Alternativas
Ano: 2008 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2008 - UNIR - Vestibular - Primeira Fase |
Q1353971 Português
Sobre o uso da linguagem, assinale a alternativa em que há INADEQUAÇÃO entre o contexto e a linguagem utilizada.
Alternativas
Ano: 2008 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2008 - UNIR - Vestibular - Primeira Fase |
Q1353973 Português
Mendigo

    Eu estava diante de uma banca de jornais na Avenida, quando a mão do mendigo se estendeu. Dei-lhe uma nota tão suja e tão amassada quanto ele. Guardou-a no bolso, agradeceu com um seco obrigado e começou a ler as manchetes dos vespertinos. Depois me disse:
    - Não acredito um pingo em jornalistas. São muito mentirosos. Mas tá certo: mentem para ganhar a vida. O importante é o homem ganhar a vida, o resto é besteira.
    Calou-se e continuou a ler as notícias eleitorais:
    - O Brasil ainda não teve um governo que prestasse. Nem rei, nem presidente. Tudo uma cambada só.
    Reconheceu algumas qualidades nessa ou naquela figura (aliás, com invulgar pertinência para um mendigo), mas isso, a seu ver, não queria dizer nada:
    - O problema é o fundo da coisa: o caso é que o homem não presta. Ora, se o homem não presta, todos os futuros presidentes serão ruínas. A natureza humana é que é de barro ordinário. Meu pai, por exemplo, foi um homem bastante bom. Mas não deu certo ser bom durante muito tempo: então ele virou ruim.
    Suspeitando de que eu não estivesse convencido da sua teoria, passou a demonstrar para mim que também ele era um sujeito ordinário como os outros:
    - O senhor não vê? Estou aqui pedindo esmola, quando poderia estar trabalhando. Eu não tenho defeito físico nenhum e até que não posso me queixar da saúde.
    Tirei do bolso uma nota de cinqüenta e lhe ofereci pela sua franqueza.
    - Muito obrigado, moço, mas não vá pensar que eu vou tirar o senhor da minha teoria. Vai me desculpar, mas o senhor também no fundo é igualzinho aos outros. Aliás, quer saber de uma coisa? Houve um homem de fato bom. Chamava-se Jesus Cristo. Mas o senhor viu o que fizeram com ele?

(Para gostar de ler. Vol. 2. São Paulo: Ática, 1978.)
As frases Não acredito um pingo em jornalistas. e São muito mentirosos. guardam implícita uma relação de sentido de causa/conseqüência. Reescrevendo-as em um único período e conservando esse sentido, ficaria:
Alternativas
Ano: 2008 Banca: UNIR Órgão: UNIR Prova: UNIR - 2008 - UNIR - Vestibular - Primeira Fase |
Q1353974 Português
Mendigo

    Eu estava diante de uma banca de jornais na Avenida, quando a mão do mendigo se estendeu. Dei-lhe uma nota tão suja e tão amassada quanto ele. Guardou-a no bolso, agradeceu com um seco obrigado e começou a ler as manchetes dos vespertinos. Depois me disse:
    - Não acredito um pingo em jornalistas. São muito mentirosos. Mas tá certo: mentem para ganhar a vida. O importante é o homem ganhar a vida, o resto é besteira.
    Calou-se e continuou a ler as notícias eleitorais:
    - O Brasil ainda não teve um governo que prestasse. Nem rei, nem presidente. Tudo uma cambada só.
    Reconheceu algumas qualidades nessa ou naquela figura (aliás, com invulgar pertinência para um mendigo), mas isso, a seu ver, não queria dizer nada:
    - O problema é o fundo da coisa: o caso é que o homem não presta. Ora, se o homem não presta, todos os futuros presidentes serão ruínas. A natureza humana é que é de barro ordinário. Meu pai, por exemplo, foi um homem bastante bom. Mas não deu certo ser bom durante muito tempo: então ele virou ruim.
    Suspeitando de que eu não estivesse convencido da sua teoria, passou a demonstrar para mim que também ele era um sujeito ordinário como os outros:
    - O senhor não vê? Estou aqui pedindo esmola, quando poderia estar trabalhando. Eu não tenho defeito físico nenhum e até que não posso me queixar da saúde.
    Tirei do bolso uma nota de cinqüenta e lhe ofereci pela sua franqueza.
    - Muito obrigado, moço, mas não vá pensar que eu vou tirar o senhor da minha teoria. Vai me desculpar, mas o senhor também no fundo é igualzinho aos outros. Aliás, quer saber de uma coisa? Houve um homem de fato bom. Chamava-se Jesus Cristo. Mas o senhor viu o que fizeram com ele?

(Para gostar de ler. Vol. 2. São Paulo: Ática, 1978.)
Em Muito obrigado, moço., a concordância é feita segundo as regras da escrita padrão. Qual frase NÃO atende às mesmas regras?
Alternativas
Respostas
1: C
2: A
3: B
4: D