Questões de Vestibular UNESP 2015 para Vestibular - Segundo Semestre
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Q816153
História
Texto associado
A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma
vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se
pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que ainda
hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas
fazendas de açúcar que a preservaram. Constituía o centro
de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade.
A casa-grande completava-se com a capela, onde
se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas [...]. Pró-
ximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais,
nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas centenas
de “peças”. Pouco além serpenteava o rio, traçando através
da floresta uma via de comunicação vital. O rio e o mar se
mantiveram, no período colonial, como elementos constantes
de preferência para a escolha da situação da grande lavoura.
Ambos constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o
engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam
os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas
na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho,
ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados
que o engenho adquiria alhures [...].
(Alice Canabrava apud Déa Ribeiro Fenelon (org.).
50 textos de história do Brasil,1986.)
Quanto à relação do engenho colonial com as áreas externas
a ele, o texto
Q816155
História
Não há dúvida de que os republicanos de São Paulo e
do Rio de Janeiro representavam preocupações totalmente
distintas. Enquanto os republicanos da capital, ou melhor, os
que assinaram o Manifesto de 1870, refletiam as preocupa-
ções de intelectuais e profissionais liberais urbanos, os paulistas
refletiam preocupações de setores cafeicultores de sua
província. [...] A principal preocupação dos paulistas não era
o governo representativo ou direitos individuais, mas simplesmente
a federação, isto é, a autonomia estadual.
(José Murilo de Carvalho. A construção da ordem, 1980.)
As diferenças entre os republicanos de São Paulo e do Rio de
Janeiro, nas décadas de 1870 e 1880, podem ser explicadas,
entre outros fatores,
Q816159
História
Brasília simbolizou na ideologia nacional-desenvolvimentista
o “futuro do Brasil”, o arremate e a obra monumental
da nação a ser construída pela industrialização coordenada
pelo Estado planificador, pela ação das “forças do progresso”
(aquelas voltadas para o desenvolvimento do “capitalismo
nacional”), que paulatinamente iriam derrotar as “forças do
atraso” (o imperialismo, o latifúndio e a política tradicional,
demagógica e “populista”).
(José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.)
Segundo o texto, a construção de Brasília deve ser entendida