Questões de Vestibular UNESP 2016 para Vestibular - Primeiro Semestre
Foram encontradas 90 questões
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809364
Atualidades
Em maio deste ano, a divulgação do vídeo de uma
moça desacordada, vítima de um estupro coletivo, provocou
grande indignação na população. Num primeiro
momento, prevaleceu a revolta diante da barbárie e a percepção
de que o machismo, base da chamada “cultura
do estupro”, persiste na sociedade. Passado o primeiro
momento, as opiniões divergentes começaram a surgir.
Entre os que não veem o machismo como propulsor de
crimes desse tipo estão aqueles (e aquelas!) que consideraram
os autores do ato uns “monstros”, o que faz do
episódio um caso isolado, perpetrado por pessoas más.
Houve quem analisasse o fato do ponto de vista da psicologia,
sugerindo que, num estupro coletivo, o que importa
é o grupo, não a mulher (como ocorre nos trotes contra
calouros e na agressão entre torcidas de futebol). Mais
uma vez, temos uma reflexão que se propõe explicar os
fatos à luz do indivíduo e seu psiquismo. Outros deslocam
o problema para as classes sociais menos favorecidas.
São os que costumam ficar horrorizados com a existência
de favelas, ambientes onde meninas dançam com pouca
roupa ao som das letras machistas do funk.
(Thaís Nicoleti. “Discursos em torno da ‘cultura do estupro’”.
www.uol.com.br, 09.06.2016. Adaptado.)
Considerando o conjunto dos argumentos mobilizados no
texto para explicar a violência contra a mulher na sociedade
atual, é correto afirmar que
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809365
Conhecimentos Gerais
Quando estou dentro do cinema, tudo me parece
perfeito, como se eu estivesse dentro de uma máquina
de sensações programadas. Mergulho em suspense, em
medo, em vinganças sem-fim, tudo narrado como uma
ventania, como uma tempestade de planos curtos, tudo
tocado por orquestras sinfônicas plagiando Beethoven ou
Ravel para cenas românticas, Stravinski para violências e
guerras. Não há um só minuto sem música, tudo feito para
não desgrudarmos os olhos da tela. A eficiência técnica
me faz percorrer milhares de anos-luz de emoções e aventuras
aterrorizantes, que nos exaurem como se fôssemos
personagens, que nos fazem em pedaços espalhados
pela sala, junto com os copos de Coca-Cola e sacos de
pipocas. Somos pipocas nesses filmes.
(Arnaldo Jabor. “A guerra das estrelas”.
O Estado de S.Paulo, 18.11.2014. Adaptado.)
Esse texto pode ser corretamente considerado
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809366
História
O alvo dos ataques extremistas é o Iluminismo. E a
melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais que seus
valores estejam sendo atacados por elementos como os
fundamentalistas americanos e o islamismo radical, isto
é, pela religião organizada, o Iluminismo continua sendo a
força intelectual e cultural dominante no Ocidente. O Iluminismo
continua oferecendo uma arma contra o fanatismo”.
Estas palavras do historiador britânico Anthony Pagden
chegam em um momento em que algumas forças insistem
em dinamitar a herança do Século das Luzes. “O Iluminismo
é um projeto importante e em incessante evolução.
Proporciona uma imagem de um mundo capaz tanto de
alcançar certo grau de universalidade quanto de libertar-se das restrições do tipo de normas morais oferecidas
pelas comunidades religiosas e suas análogas ideologias
laicas: o comunismo, o fascismo e, agora, inclusive, o comunitarismo”,
afirma Pagden.
(Winston Manrique Sabogal. “‘O Iluminismo continua oferecendo uma
arma contra o fanatismo’”. www.unisinos.br. Adaptado.)
No texto, o Iluminismo é entendido como
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809367
Filosofia
A genuína e própria filosofia começa no Ocidente.
Só no Ocidente se ergue a liberdade da autoconsciência.
No esplendor do Oriente desaparece o indivíduo; só no
Ocidente a luz se torna a lâmpada do pensamento que se
ilumina a si própria, criando por si o seu mundo. Que um
povo se reconheça livre, eis o que constitui o seu ser, o
princípio de toda a sua vida moral e civil. Temos a noção
do nosso ser essencial no sentido de que a liberdade pessoal
é a sua condição fundamental, e de que nós, por conseguinte,
não podemos ser escravos. O estar às ordens
de outro não constitui o nosso ser essencial, mas sim o
não ser escravo. Assim, no Ocidente, estamos no terreno
da verdadeira e própria filosofia.
(Hegel. Estética, 2000. Adaptado.)
De acordo com o texto de Hegel, a filosofia
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809368
Conhecimentos Gerais
Nossa felicidade depende daquilo que somos, de nossa
individualidade; enquanto, na maior parte das vezes,
levamos em conta apenas a nossa sorte, apenas aquilo
que temos ou representamos. Pois, o que alguém é para
si mesmo, o que o acompanha na solidão e ninguém lhe
pode dar ou retirar, é manifestamente mais essencial para
ele do que tudo quanto puder possuir ou ser aos olhos dos
outros. Um homem espiritualmente rico, na mais absoluta
solidão, consegue se divertir primorosamente com seus
próprios pensamentos e fantasias, enquanto um obtuso,
por mais que mude continuamente de sociedades,
espetáculos, passeios e festas, não consegue afugentar
o tédio que o martiriza.
(Schopenhauer. Aforismos sobre a sabedoria de vida, 2015. Adaptado.)
Com base no texto, é correto afirmar que a ética de
Schopenhauer