Questões de Vestibular UEA 2019 para Prova de Conhecimentos Específicos, Administração, Direito, Turismo, Música, Teatro, Dança, Pedagogia, Letras, Geografia e História
Foram encontradas 2 questões
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
UEA
Prova:
VUNESP - 2019 - UEA - Prova de Conhecimentos Específicos - Administração, Direito, Turismo, Música, Teatro, Dança, Pedagogia, Letras, Geografia e História |
Q1340240
Português
Texto associado
Leia o trecho do romance A moreninha, de Joaquim Manuel
de Macedo, para responder à questão.
Chegou o sábado. O nosso Augusto, depois de muitos
rodeios e cerimônias, pediu finalmente licença para ir passar
o dia de domingo na ilha de… e obteve em resposta um não
redondo; jurou que tinha dado sua palavra de honra de lá
se achar nesse dia e o pai, para que o filho não cumprisse
a palavra, nem faltasse à honra, julgou muito conveniente
trancá-lo em seu quarto.
Mania antiga é essa de querer triunfar das paixões com
fortes meios; erro palmar, principalmente no caso em que
se acha o nosso estudante; amor é um menino doidinho
e malcriado que, quando alguém intenta refreá-lo, chora,
escarapela, esperneia, escabuja, morde, belisca e incomoda
mais que solto e livre; prudente é facilitar-lhe o que deseja,
para que ele disso se desgoste; soltá-lo no prado, para que
não corra; limpar-lhe o caminho, para que não passe; acabar
com as dificuldades e oposições, para que ele durma e muitas vezes morra. O amor é um anzol que, quando se engole,
agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com
jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.
(A moreninha, 1997.)
A forma verbal no pretérito mais-que-perfeito, indicando uma
ação, anterior a outra, ambas ocorridas no passado, encontra-se em:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
UEA
Prova:
VUNESP - 2019 - UEA - Prova de Conhecimentos Específicos - Administração, Direito, Turismo, Música, Teatro, Dança, Pedagogia, Letras, Geografia e História |
Q1340246
Português
Texto associado
Leia o trecho de Galvez, Imperador do Acre, de Márcio
Souza, para responder à questão:
Juno e Flora e outras divindades mitológicas
O cabaré não primava pela decoração, mas o ambiente
era simples e acolhedor. Era bem conceituado pelos anos de
serviços prestados. Uma sala pequena cheia de sofás, algumas mesas redondas de mármore encardido. Meia penumbra. Fomos sentar numa mesa perto da orquestra. A casa
começava a esvaziar e estavam apenas os clientes mais
renitentes. Duas meninas dançavam um can-can desajeitado e deviam ser paraenses. As duas meninas suavam sem
parar. Fomos atendidos por Dona Flora, gorda e oxigenada
proprietária que bem poderia ser a deusa Juno. Recebemos
as vênias de sempre e Trucco pediu uísque. A música já
estava com o andamento de fim de festa e o garçom veio
servir nossas bebidas. Trucco perguntou se Lili ainda iria
apresentar-se e o garçom respondeu que o número dela era
sempre à meia-noite. Havia um ar de familiaridade, e duas
polacas vieram sentar em nossa mesa. Afastei a cadeira para
elas sentarem e notei que eram bem velhas e machucadas.
Decidi dar uma observada no ambiente enquanto Trucco trocava gentilezas com as duas cocottes1
.
(Galvez, Imperador do Acre, 1977.)
1cocotte: mulher jovem e atraente.
A oração “Fomos atendidos por Dona Flora” está na voz passiva. A oração correspondente na voz ativa, que mantém o
sentido original, contém a forma verbal