Questões de Vestibular
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Q1994439
História
Quando Carlos Lacerda assumiu a função de primeiro governador do estado da Guanabara, em 1960, as favelas estavam em expansão na cidade. Durante seu governo, iniciou-se a política de remoção, ou seja, o processo de transferência de algumas favelas para lugares distantes, o que gerou muito descontentamento e protestos. Surgiram conjuntos habitacionais como Cidade de Deus, em Jacarepaguá, Vila Kennedy, em Senador Camará, Vila Aliança, em Bangu, e Vila Esperança, em Vigário Geral, compostos por pequenas unidades padronizadas, servidas por transportes públicos insuficientes e distantes dos empregos da maioria. Hoje, quem passa pelo Parque da Catacumba, na Lagoa, pelos prédios da chamada Selva de Pedra, no Leblon, ou pelo campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Maracanã, nem imagina que esses espaços abrigaram as três maiores favelas da cidade nos anos 1960: Catacumba, Praia do Pinto e Esqueleto, respectivamente.
A favela do Esqueleto tinha esse nome pois, em seu terreno, havia o esqueleto da construção inacabada de um hospital. Grande parte de seus moradores foi assentada na Vila Kennedy.
Adaptado de multirio.rio.rj.gov.br.
Iniciada ainda no antigo estado da Guanabara, durante o governo de Carlos Lacerda, as remoções de favelas inseriam-se no projeto de intervenção estatal para expansão da cidade.
Um objetivo e um efeito das remoções então efetivadas foram, respectivamente:
Q1994434
História
Tereza de Benguela é um dos nomes esquecidos pela historiografia nacional. Nos últimos anos, passou a ser mais reconhecida, na busca de multiplicar as narrativas que revelam a formação sociopolítica brasileira. Tereza, que viveu no século XVIII, pode ter nascido no continente africano ou no Brasil. Ela chefiou o Quilombo do Quariterê, que se localizava na atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia. O Quilombo resistiu até 1770, quando foi destruído. Em homenagem a Tereza de Benguela, o dia 25 de julho é oficialmente, no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Adaptado de ufrb.edu.br.
O reconhecimento de Tereza de Benguela e a celebração do dia 25 de julho indicam uma mudança com o intuito de multiplicar narrativas sobre a formação social brasileira. Essa mudança tem como objetivo:
Q1994433
História
Texto associado
Oito centímetros impediram o sepultamento de D. Pedro I
O governo militar, sob a chefia do general Emílio Garrastazu Médici, não poupou esforços
para transformar as comemorações dos 150 anos da Independência numa enorme celebração
nacional. Seu ponto alto? A vinda de Portugal dos restos mortais de nosso primeiro
imperador, Dom Pedro I. Em 1971, o presidente de Portugal concordou em transladar e
presentear o Brasil com os restos mortais do imperador, deixando claro que o coração não
viria e permaneceria na cidade do Porto, já que o próprio D. Pedro o deixou, em testamento,
à cidade. O presidente Médici expressou, em rede nacional de televisão e rádio: “Brasileiros,
não posso esconder minha emoção. Fala por si mesmo este fato que nenhuma eloquência
poderia superar: no ano em que celebramos o Sesquicentenário da nossa Independência,
regressará ao Brasil o corpo daquele que, em Sete de Setembro, às margens do Ipiranga, com
a bravura, o arroubo e a paixão que eram a marca de sua personalidade, proclamou livres
estas terras.” Mas, quase como uma anedota, o caixão feito em Portugal não coube no lugar
onde deveria ser colocado na Capela Imperial, no Ipiranga. Apenas quatro anos depois do
Sesquicentenário da Independência, o sarcófago de D. Pedro I foi devidamente disposto no
mausoléu para ele construído.
LIZ BATISTA
Adaptado de m.acervo.estadao.com.br, 15/02/2013.
Conserva de imperador
O governo brasileiro requereu a Portugal que, no âmbito das comemorações dos 200 anos
da Independência, enviasse para o Brasil o coração de Dom Pedro, guardado numa igreja
da cidade do Porto. O pedido tem o seu quê de bizarro. Imagino que a miudeza real vá ser
exposta e contemplada no Brasil, o que me parece sinceramente ficar aquém da data. Uma
celebração competente do Bicentenário da Independência devia incluir, além do coração de
Dom Pedro, um rim de José Bonifácio, o pâncreas de Thomas Cochrane, o fígado de Cipriano
Barata e, talvez para dar um toque de ironia à cerimônia, um dente de Tiradentes. Creio que,
com esse rodízio de vísceras, ficaria a efeméride mais bem assinalada.
RICARDO ARAÚJO PEREIRA
Adaptado de m.folha.uol.com.br, 09/07/2022.
Os textos apresentam ações governamentais associadas ao Sesquicentário da Independência
do Brasil, em 1972, e a seu Bicentenário, em 2022.
Um aspecto comum dessas ações governamentais é:
Um aspecto comum dessas ações governamentais é:
Ano: 2022
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
UNB
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - Indígena |
Q1987256
História
O Ato Institucional n.º 5 (AI-5), de 1968, sacralizou o regime ditatorial militar brasileiro iniciado em 1964 com a concentração do poder no Executivo. A respeito da ditadura militar brasileira, ocorrida entre 1964 e 1985, julgue o item a seguir.
A Lei da Anistia permitiu a volta de exilados políticos, ao mesmo tempo em que impediu o julgamento de torturadores da ditadura militar brasileira.
A Lei da Anistia permitiu a volta de exilados políticos, ao mesmo tempo em que impediu o julgamento de torturadores da ditadura militar brasileira.
Ano: 2022
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
UNB
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - Indígena |
Q1987255
História
O Ato Institucional n.º 5 (AI-5), de 1968, sacralizou o regime ditatorial militar brasileiro iniciado em 1964 com a concentração do poder no Executivo. A respeito da ditadura militar brasileira, ocorrida entre 1964 e 1985, julgue o item a seguir.
O sistema pluripartidarista que havia sido extinto em 1964 foi restabelecido pelo AI-5.
O sistema pluripartidarista que havia sido extinto em 1964 foi restabelecido pelo AI-5.