Questões do ENEM 2015 para Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia
Foram encontradas 38 questões
Ano: 2015
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2015 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia |
Q572012
Português
Nas peças publicitárias, vários recursos verbais e não
verbais são usados com o objetivo de atingir o público alvo,
influenciando seu comportamento. Considerando
as informações verbais e não verbais trazidas no texto a
respeito da hepatite, verifica-se que
Ano: 2015
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2015 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia |
Q572013
Português
À garrafa
Contigo adquiro a astúcia de conter e de conter-me. Teu estreito gargalo é uma lição de angústia.
Por translúcida pões o dentro fora e o fora dentro para que a forma se cumpra e o espaço ressoe.
Até que, farta da constante prisão da forma, saltes da mão para o chão e te estilhaces, suicida,
numa explosão de diamantes.
PAES, J. P Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
A reflexão acerca do fazer poético é um dos mais marcantes atributos da produção literária contemporânea, que, no poema de José Paulo Paes, se expressa por um(a)
Contigo adquiro a astúcia de conter e de conter-me. Teu estreito gargalo é uma lição de angústia.
Por translúcida pões o dentro fora e o fora dentro para que a forma se cumpra e o espaço ressoe.
Até que, farta da constante prisão da forma, saltes da mão para o chão e te estilhaces, suicida,
numa explosão de diamantes.
PAES, J. P Prosas seguidas de odes mínimas. São Paulo: Cia. das Letras, 1992.
A reflexão acerca do fazer poético é um dos mais marcantes atributos da produção literária contemporânea, que, no poema de José Paulo Paes, se expressa por um(a)
Ano: 2015
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2015 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia |
Q572014
Português
Palavras jogadas fora
Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora" (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora" (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso". Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer.
As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos. “Tradição", etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e refinamento citadino, está fadado à extinção?
É louvável que nos preocupemos com a extinção de ararinhas-azuis ou dos micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção, como não nos comovemos com a extinção de insetos, a não ser dos extraordinariamente belos. Pelo contrário, muitas vezes a extinção das palavras é incentivada.
VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado).
A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo “pinchar" nos traz uma reflexão sobre a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que
Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora" (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora" (pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e, por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto respostas como “minha avó fala isso". Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado, que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer.
As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de nascermos. “Tradição", etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa muitas vezes colabora criando preconceitos, mas o fator mais forte que motiva os falantes a extinguirem uma palavra é associar a palavra, influenciados direta ou indiretamente pela visão normativa, a um grupo que julga não ser o seu. O pinchar, associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e refinamento citadino, está fadado à extinção?
É louvável que nos preocupemos com a extinção de ararinhas-azuis ou dos micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção, como não nos comovemos com a extinção de insetos, a não ser dos extraordinariamente belos. Pelo contrário, muitas vezes a extinção das palavras é incentivada.
VIARO, M. E. Língua Portuguesa, n. 77, mar. 2012 (adaptado).
A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo “pinchar" nos traz uma reflexão sobre a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que
Ano: 2015
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2015 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia |
Q572015
Português
Poesia quentinha
Projeto literário publica poemas em sacos de pão na capital mineira
Se a literatura é mesmo o alimento da alma, então os mineiros estão diante de um verdadeiro banquete. Mais do que um pãozinho com manteiga, os moradores do bairro de Barreiro, em Belo Horizonte (MG), estão consumindo poesia brasileira no café da manhã. Graças ao projeto “Pão e Poesia", que faz do saquinho de pão um espaço para veiculação de poemas, escritores como Affonso Romano de Sant'Anna e Fernando Brant dividem espaço com estudantes que passaram por oficinas de escrita poética. São ao todo 250 mil embalagens, distribuídas em padarias da região de Belo Horizonte, que trazem a boa literatura para o cotidiano de pessoas, além de dar uma chance a escritores novatos de verem seus textos impressos. Criado em 2008 por um analista de sistemas apaixonado por literatura, o “Pão e Poesia" já recebeu dois prêmios do Ministério da Cultura.
Língua Portuguesa, n. 71, set. 2011.
A proposta de um projeto como o “Pão e Poesia" objetiva inovar em sua área de atuação, pois
Projeto literário publica poemas em sacos de pão na capital mineira
Se a literatura é mesmo o alimento da alma, então os mineiros estão diante de um verdadeiro banquete. Mais do que um pãozinho com manteiga, os moradores do bairro de Barreiro, em Belo Horizonte (MG), estão consumindo poesia brasileira no café da manhã. Graças ao projeto “Pão e Poesia", que faz do saquinho de pão um espaço para veiculação de poemas, escritores como Affonso Romano de Sant'Anna e Fernando Brant dividem espaço com estudantes que passaram por oficinas de escrita poética. São ao todo 250 mil embalagens, distribuídas em padarias da região de Belo Horizonte, que trazem a boa literatura para o cotidiano de pessoas, além de dar uma chance a escritores novatos de verem seus textos impressos. Criado em 2008 por um analista de sistemas apaixonado por literatura, o “Pão e Poesia" já recebeu dois prêmios do Ministério da Cultura.
Língua Portuguesa, n. 71, set. 2011.
A proposta de um projeto como o “Pão e Poesia" objetiva inovar em sua área de atuação, pois
Ano: 2015
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Prova:
INEP - 2015 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia |
Q572016
Português
No ano de 1985 aconteceu um acidente muito grave
em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, perto da aldeia
guarani de Sapukai. Choveu muito e as águas pluviais
provocaram deslizamentos de terras das encostas da
Serra do Mar, destruindo o Laboratório de Radioecologia
da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, construída
em 1970 num lugar que os índios tupinambás, há mais de
500 anos, chamavam de Itaorna. O prejuízo foi calculado
na época em 8 bilhões de cruzeiros. Os engenheiros
responsáveis pela construção da usina nuclear não
sabiam que o nome dado pelos índios continha informação
sobre a estrutura do solo, minado pelas águas da chuva.
Só descobriram que Itaorna, em língua tupinambá, quer
dizer 'pedra podre', depois do acidente.
FREIRE, J. R. B. Disponível em: www.taquiprati.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado)
Considerando-se a história da ocupação na região de Angra dos Reis mencionada no texto, os fenômenos naturais que a atingiram poderiam ter sido previstos e suas consequências minimizadas se
FREIRE, J. R. B. Disponível em: www.taquiprati.com.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado)
Considerando-se a história da ocupação na região de Angra dos Reis mencionada no texto, os fenômenos naturais que a atingiram poderiam ter sido previstos e suas consequências minimizadas se