Questões do ENEM 2022 para Exame Nacional do Ensino Médio - PPL - Reaplicação
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Descobrimento
Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei lá no norte, meu Deus!
[Muito longe de mim,
Na escuridão ativa da noite que caiu,
Um homem pálido, magro de cabelo escorrendo
[nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu...
ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Villa Rica, 1993.
O poema modernista de Mário de Andrade revisita o tema do nacionalismo de forma irônica ao
Letramento entra em cena
Houve uma significativa mudança conceitual com a entrada em cena da ideia de letramento ou níveis de alfabetismo, a partir da década de 1980. Trocando em miúdos, deixou-se de lado a divisão entre indivíduos alfabetizados (capacitados para codificar e decodificar os elementos linguísticos) e analfabetos. O letramento implica associar escrita e leitura a práticas sociais que tenham sentido para aqueles que as utilizam, além de pressupor níveis de domínio das práticas que exigem essas habilidades.
BARROS, R. Disponível em: http://revistaeducacao.uol.com.br.
Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado).
A ideia de letramento compreende a alfabetização de forma processual. Pela leitura e análise do texto, para que o cidadão entre efetivamente no mundo da escrita, a
escola deve dar condições a ele de
Na tarefa diária de fazer jornalismo, bons títulos que apresentem de maneira clara o conteúdo da matéria são uma arte. Um leitor tem apontado, insistentemente, ao longo deste ano, títulos com sentido ambíguo em O Povo. No dia 8 de agosto, na editoria Brasil, o título destacava: “Justiça suspende processo por homicídio de acidente em Mariana”. Mais uma vez, ele apontou: “Do jeito como está escrito, ficou a dúvida: o acidente de Mariana cometeu ou sofreu o homicídio? Matou ou morreu?”. O leitor ainda deu a sugestão de como poderia ser: “Poderia ter sido assim: Suspenso o processo por homicídio resultante do acidente em Mariana”. Entendo que a insistência do leitor em apontar ambiguidades nos títulos é uma maneira de cobrar mais atenção com eles. É nossa obrigação, como jornalistas, oferecer títulos precisos e coerentes, mesmo que o espaço para escrevê-los seja delimitado por colunas e caracteres.
Disponível em: www.opovo.com.br. Acesso em: 10 dez. 2017 (adaptado).
Esse texto é de uma coluna de jornal escrita por um ombudsman, profissional que, de maneira independente, critica o material publicado e responde às queixas dos leitores. Quais trechos do texto ratificam o papel desse profissional?
Não cobra assinatura. Não cobra para fazer o download. Não tem anúncios. Não tem compras dentro do aplicativo. Mas, então, como o WhatsApp ganha dinheiro? Ou melhor, que tipo de magia fez o Facebook decidir comprar o app por R$ 19 bilhões, em 2014?
Quando fundado em 2009, o WhatsApp cobrava US$ 1 por instalação em alguns países. Em outros, a empresa cobrava US$ 1 por ano como forma simbólica de assinatura. E, em alguns outros, o app era completamente gratuito, caso do Brasil.
Em agosto de 2014, ano da compra pelo Facebook, cerca de 600 milhões de pessoas usavam o aplicativo de mensagens. Até setembro do mesmo ano, os relatórios financeiros do Facebook apontavam que o faturamento da empresa não ultrapassava a casa do US$ 1,3 milhão, menos de um centésimo do valor da compra. Se você pensou “então o WhatsApp não dá dinheiro”, isso faz algum sentido. O que levou o Facebook a gastar tanto, então?
Especialistas apontam o “big data” — campo da tecnologia que lida com grandes volumes de dados digitais — como impulsionador da compra. Com mais informações, a empresa pode analisar melhor o comportamento dos usuários.
Em agosto de 2016, o WhatsApp começou a compartilhar dados com o Facebook. O objetivo? Fomentar relações entre as bases de Facebook, WhatsApp e Instagram — sugerir amizades em uma rede com base em contatos da outra, por exemplo — mas, principalmente, otimizar a recomendação de publicidade. Afinal, é aí que está o maior volume de faturamento do Facebook atualmente.
Disponível em: https://noticias.uol.com.br. Acesso em: 4 jun. 2019 (adaptado).
As estratégias descritas no texto para a obtenção de lucro de forma indireta fundamentam-se no(a)
Seja por meio de uma conversa, uma mensagem de texto ou uma fotografia, a interação em sociedade acontece por meio da comunicação, e isso não é diferente na internet. Como colaborar para a inclusão digital de outros usuários para uma internet mais livre, aberta e, de fato, comunicativa?
Os termos “acesso”, “usabilidade” e “inclusão digital” sempre acabam aparecendo em conjunto em discussões sobre como a sociedade se comunica pela internet. Ter um computador com acesso à internet é, como primeiro passo, essencial — mas saber utilizá-lo e conseguir, de fato, se comunicar, acessar a informação disponível na internet e usá-la é uma questão de caráter social muito mais profunda e diversa.
Estar conectado é, acima de tudo, estabelecer comunicação com o outro — o qual pode viver em contextos sociais, econômicos e até mesmo físicos totalmente diferentes dos nossos. Ao levarmos em conta a internet como um ambiente que reflete e traz novas possibilidades à sociedade off-line — se é que podemos fazer essa distinção —, é indispensável considerar, na infraestrutura, na linguagem e nos conteúdos que circulam em rede, todas as diferenças presentes em nossa sociedade.
Pensar em inclusão digital, como já dito, é pensar sempre no lugar do outro na interação e comunicação. Nem sempre a forma como costumamos escrever posts, criar imagens ou publicar vídeos é a mais adequada para que aquilo que elaboramos seja, de fato, acessível a todos. Reconhecer que nossa perspectiva é diferente da perspectiva do outro é imprescindível para que pensemos, incluindo todos esses outros, em novas formas de criar que levem em consideração diversas realidades de uso na internet.
Disponível em: https://irisbh.com.br. Acesso em: 5 maio 2019 (adaptado).
No contexto das tecnologias de informação e comunicação, o texto amplia o conceito de inclusão digital ao