Questões Militares de Português - Coesão e coerência
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Q2364908
Português
Texto associado
Texto CB1A1-I
É importante não confundir juízos de valor com julgamentos moralizadores. Todos fazemos juízos de valor sobre as qualidades que admiramos na vida; por exemplo, podemos valorizar a honestidade, a liberdade ou a paz. Os juízos de valor refletem o que acreditamos ser melhor para a vida. Fazemos julgamentos moralizadores de pessoas e comportamentos que estão em desacordo com nossos juízos de valor; por exemplo, “A violência é ruim; pessoas que matam outras são más”. Se tivéssemos sido criados falando uma linguagem que facilitasse exprimir compaixão, teríamos aprendido a articular diretamente nossas necessidades e nossos valores, em vez de insinuarmos que algo é ou está errado quando eles não são atendidos. Por exemplo, em vez de “A violência é ruim”, poderíamos dizer: “Tenho medo do uso da violência para resolver conflitos; valorizo a resolução de conflitos por outros meios”.
A relação entre linguagem e violência é tema das pesquisas de O. J. Harvey, professor de psicologia na Universidade do Colorado. Ele tomou amostras aleatórias de obras literárias de países mundo afora e tabulou a frequência das palavras que classificam e julgam as pessoas. Seu estudo constata elevada correlação entre o uso frequente dessas palavras e a incidência de violência. Não me surpreende saber que existe consideravelmente menos violência em culturas nas quais as pessoas pensam em termos das necessidades humanas do que em outras nas quais as pessoas se rotulam de “boas” ou “más” e acreditam que as “más” merecem ser punidas. Em 75% dos programas exibidos nos horários em que existe maior probabilidade de as crianças americanas estarem assistindo à TV, o herói ou mata pessoas, ou as espanca. Os telespectadores (a quem se ensinou que os maus merecem castigo) sentem prazer em ver essa violência.
Na raiz de grande parte ou talvez de toda violência — verbal, psicológica ou física, entre familiares, tribos ou nações —, está um tipo de pensamento que atribui a causa do conflito ao fato de os adversários estarem errados, assim como a correspondente incapacidade de pensar em si mesmos ou nos outros em termos de vulnerabilidade — o que a pessoa pode estar sentindo, temendo, ansiando, do que pode estar sentindo falta, e assim por diante.
Marshall Rosenberg. Comunicação não violenta.
Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais.
São Paulo: Ágora, 2006, p. 34-35 (com adaptações).
Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto CB1A1-I caso se substituísse
Q2364906
Português
Texto associado
Texto CB1A1-I
É importante não confundir juízos de valor com julgamentos moralizadores. Todos fazemos juízos de valor sobre as qualidades que admiramos na vida; por exemplo, podemos valorizar a honestidade, a liberdade ou a paz. Os juízos de valor refletem o que acreditamos ser melhor para a vida. Fazemos julgamentos moralizadores de pessoas e comportamentos que estão em desacordo com nossos juízos de valor; por exemplo, “A violência é ruim; pessoas que matam outras são más”. Se tivéssemos sido criados falando uma linguagem que facilitasse exprimir compaixão, teríamos aprendido a articular diretamente nossas necessidades e nossos valores, em vez de insinuarmos que algo é ou está errado quando eles não são atendidos. Por exemplo, em vez de “A violência é ruim”, poderíamos dizer: “Tenho medo do uso da violência para resolver conflitos; valorizo a resolução de conflitos por outros meios”.
A relação entre linguagem e violência é tema das pesquisas de O. J. Harvey, professor de psicologia na Universidade do Colorado. Ele tomou amostras aleatórias de obras literárias de países mundo afora e tabulou a frequência das palavras que classificam e julgam as pessoas. Seu estudo constata elevada correlação entre o uso frequente dessas palavras e a incidência de violência. Não me surpreende saber que existe consideravelmente menos violência em culturas nas quais as pessoas pensam em termos das necessidades humanas do que em outras nas quais as pessoas se rotulam de “boas” ou “más” e acreditam que as “más” merecem ser punidas. Em 75% dos programas exibidos nos horários em que existe maior probabilidade de as crianças americanas estarem assistindo à TV, o herói ou mata pessoas, ou as espanca. Os telespectadores (a quem se ensinou que os maus merecem castigo) sentem prazer em ver essa violência.
Na raiz de grande parte ou talvez de toda violência — verbal, psicológica ou física, entre familiares, tribos ou nações —, está um tipo de pensamento que atribui a causa do conflito ao fato de os adversários estarem errados, assim como a correspondente incapacidade de pensar em si mesmos ou nos outros em termos de vulnerabilidade — o que a pessoa pode estar sentindo, temendo, ansiando, do que pode estar sentindo falta, e assim por diante.
Marshall Rosenberg. Comunicação não violenta.
Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais.
São Paulo: Ágora, 2006, p. 34-35 (com adaptações).
A respeito das relações de coesão estabelecidas no texto CB1A1-I, julgue os itens a seguir.
I No penúltimo período do primeiro parágrafo, a forma pronominal “eles” retoma “nossas necessidades e nossos valores”.
II No quarto período do segundo parágrafo, o vocábulo “outras” refere-se a “necessidades humanas”.
III No último parágrafo, o vocábulo “outros” reporta-se a “adversários”.
Assinale a opção correta.
I No penúltimo período do primeiro parágrafo, a forma pronominal “eles” retoma “nossas necessidades e nossos valores”.
II No quarto período do segundo parágrafo, o vocábulo “outras” refere-se a “necessidades humanas”.
III No último parágrafo, o vocábulo “outros” reporta-se a “adversários”.
Assinale a opção correta.
Ano: 2024
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
CBM-PA
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2024 - CBM-PA - Oficial do Corpo de Bombeiros |
Q2350470
Português
Texto associado
Texto 1A1-II
Há uma diferença fundamental entre a cognição de
crianças humanas e de cachorros: quando uma pessoa aponta
para uma bola, os bebês sabem que esta é um objeto que está a
uma certa distância, enquanto os cães, em geral, entendem a mão
da pessoa como instrução sobre a direção na qual eles devem
andar.
Essas características são o que os cientistas cognitivos
denominam vieses, e não verdades constantes. Ou seja: os
cachorros também conseguem navegar o mundo em termos de
objetos, e não de direções. Contudo, nesse caso, o aprendizado é
mais lento e menos intuitivo.
Um estudo com 82 cachorros não só comprovou a
dificuldade canina com o conceito de objeto como descobriu que
ela é um ótimo indicador de inteligência: cãezinhos mais
espertos, em geral, também têm uma concepção de objeto mais
parecida com a humana. Essa descoberta é um passo importante
para entender como se deu a evolução da inteligência ímpar
exibida pelo ser humano, e em quais aspectos cruciais a nossa
cognição difere da de outros animais.
Internet:<super.abril.com.br/ciencia> (com adaptações).
No texto, a expressão “Ou seja” (segundo período do segundo
parágrafo do texto 1A1-II)
Ano: 2024
Banca:
CESPE / CEBRASPE
Órgão:
CBM-PA
Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2024 - CBM-PA - Oficial do Corpo de Bombeiros |
Q2350461
Português
Texto associado
Texto 1A1-I
Atitudes de confiança em relação a situações, pessoas ou
sistemas específicos, e também num nível mais geral, estão
diretamente ligadas à segurança psicológica dos indivíduos e dos
grupos. Confiança e segurança, risco e perigo, existem em
conjunções historicamente únicas nas condições da modernidade.
Os mecanismos de desencaixe, por exemplo, garantem amplas
arenas de segurança relativa na atividade social diária. Pessoas
que vivem em países industrializados, e em certa medida em
qualquer lugar hoje, estão geralmente protegidas contra alguns
dos perigos enfrentados rotineiramente em tempos pré-modernos
— como as forças da natureza. Por outro lado, novos riscos e
perigos, tanto locais quanto globais, são criados pelos próprios
mecanismos de desencaixe. Comidas com ingredientes artificiais
podem ter características tóxicas ausentes das comidas mais
tradicionais; perigos ambientais podem ameaçar os ecossistemas
da Terra como um todo.
Anthony Giddens. Modernidade e identidade. Tradução: Plínio Dentzien.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2002, p. 25 (com adaptações).
A respeito dos aspectos linguísticos do texto 1A1-I, assinale a
opção correta.
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
EsFCEx
Prova:
VUNESP - 2023 - EsFCEx - Oficial - Magistério em Português |
Q2260603
Português
É correto afirmar que a materialidade linguística da charge responde pelo efeito de sentido de humor com base em