Questões Militares de Português - Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa)
Foram encontradas 28 questões
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
EsFCEx
Prova:
VUNESP - 2023 - EsFCEx - Oficial - Magistério em Português |
Q2260608
Português
Texto associado
If
Houve um autor chamado Rudyard Kipling. Menos
conhecido hoje, foi muito aclamado no seu tempo. Nascido na
Índia dominada pelos ingleses, foi uma espécie de “profeta do
imperialismo”. Seu poema O Fardo do Homem Branco é sempre citado como exemplo de racismo e de culturalismo colonial.
Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura – o primeiro dado a um
escritor de língua inglesa.
Meu contato inicial com Kipling foi o poema If (Se). O poema estabelece uma ideia recorrente condicional: “Se consegues
manter a calma, se consegues esperar sem desesperar, se és
capaz de sonhar sem fazer do sonho seu mestre, se consegues
continuar mesmo quando todos estiverem exaustos, etc., etc...
tu herdarás toda a Terra e serás um homem de verdade”.
Como quase tudo de Kipling, traduz certa noção do estoicismo desejado pela elite britânica. O súdito fleumático era um
modelo. Alguns poetas o amaram (como Guilherme de Almeida). Houve detratores, como Pablo Neruda, que destacou a
sabedoria pedestre e a moral hipócrita de Kipling. Estoico, sem dúvida, especialmente pela ideia de serenidade interior indiferente ao mundo. Poderia também ser uma
maneira inglesa de traduzir o Bhagavad Gita, que trata sobre a
aceitação de uma missão pessoal. Kipling fez um curto manual
vitoriano de sabedoria de bolso.
Ter lido Kipling parece ser um sinal de idade. Os versos
finais ecoam na minha memória: “Se és capaz de, entre a
plebe, não te corromperes / E, entre reis, não perder a naturalidade / E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes
/ Se a todos podes ser de alguma utilidade / E se és capaz
de dar, segundo por segundo / Ao minuto fatal todo o valor e
brilho / Tua é a terra com tudo o que existe no mundo / E o
que mais – tu serás um homem, ó meu filho!” Pergunta esperançosa: alguém aqui ainda lê Kipling?
(Leandro Karnal. Disponível em:<estadão.com.br>.
Acesso em: 02.07.2023. Adaptado)
Seguindo a estrutura do poema “If”, assinale a alternativa
que emprega os verbos de acordo com a norma-padrão.
Ano: 2023
Banca:
Marinha
Órgão:
Comando do 1º Distrito Naval
Prova:
Marinha - 2023 - Comando do 1º Distrito Naval - Oficial |
Q2132050
Português
Texto associado
Texto 01
Bibliotecas
Márcio Tavares D'Amaral
A biblioteca de Alexandria foi a maior da
Antiguidade. Fundada no século IlI a.C., teve a missão de
engaiolar ao menos um exemplar de todos os livros
escritos no mundo. Setecentos mil rolos e papiros foram
protegidos pelas suas paredes! Estava aberta a todas as
áreas da poderosa inquietação que nos move a ser e
saber mais do que temos sabido e sido. Uma fonte, uma
torrente, uma gula de inundar desertos. A biblioteca de
Alexandria existiu de verdade. E, tendo sido destruída, é
também, até hoje, para quem gosta de livros, um mito. A
mãe das bibliotecas. A casa dos sábios.
Alguns dos nossos fundadores trabalharam nela e
inventaram uma parte da nossa cultura, a que, dizem hoje
alguns, perdeu sua força e vai para as gôndolas de
perfumaria no megamercado do mundo. Custa crer. Se ela
não tivesse sido incendiada, bastaria ir lá, intoxicar-se com
o ar de séculos de poeira acumulada, respirar a História e
desmentir essa profecia. Mas ela de fato foi incendiada.
Setecentos mil livros! Se parássemos um pouco nossas
correrias, poderíamos olhar com veneração para essa
fogueira. Nela ardem também outras bibliotecas,
aposentam-se da vida outros livros. É triste. E tem um
sabor de símbolo nessa época voraz de informação. A
época do Kindle, biblioteca portátil.
Pensem que Ptolomeu, o grande astrônomo que
defendeu a ideia de que a Terra era o centro do universo,
trabalhou lá. Como, antes dele, Aristarco de Sarnas, que,
ao contrário, postulava o sol como centro, e a Terra como
humilde circuladora em torno da sua estrela. Não lhe
deram ouvidos. Mas seu livro ficou lá, mudamente dando
testemunho da verdade. Foi copiado. Escapou assim do
incêndio. E cimentou parte do mundo que é o nosso. E
Arquimedes? Também ele trabalhou ali. Pode ter
encontrado entre suas prateleiras e armários a ideia
extraordinária de com uma alavanca e um apoio mover o
mundo. A biblioteca de Alexandria era uma alavanca. E um
apoio. Moveu o mundo antigo, pai e mãe do nosso. E
Euclides, cujo nome por vinte e três séculos, até o nosso
XIX, foi sinônimo de matemática. Euclides também. Como
Galena, que frequentou aquelas salas e foi longamente o
mestre da medicina. A mim encanta Hipatia. Foi diretora
da Biblioteca, astrônoma e matemática. Mas, sobretudo,
até o século XX, a única filósofa registrada na nossa
corporação. A única mulher filósofa. É incrível. A filosofia é
mulher. A solitária Hipatia aponta um dedo acusador para
a nossa cultura de machos. Era pagã. Foi morta por
cristãos durante uma sublevação. Também isso fala mal
de nós. Devíamos pensar um pouco nessas coisas no
tempo em que as bibliotecas, dizem, vão em breve se tornar obsoletas. Cabem num Kindle.
O incêndio da biblioteca de Alexandria é de autoria
incerta. Já foi atribuído a Júlio César, e estaria envolvido
na história de amor do cônsul romano com a rainha
Cleópatra do Egito. Amor e poder, incêndio na certa. A
história mais cenográfica é a da queima ordenada pelo
governador do Egito logo depois da sua conquista pelo
califa Omar. Teria sido em 646. E não um incêndio
qualquer: os papiros e pergaminhos teriam sido levados
para as caldeiras que esquentavam os banhos públicos e
queimados lentamente, esquentando a água, dias a fio.
Não tanto o incêndio do prédio: a biblioteca ela mesma, os
livros, combustível para a água quente dos alexandrinos.
Que imagem! Que sofrimento. Mas o mais provável é que
o imperador romano a tenha incendiado de fato 50 anos
antes, em 595, como ato de guerra. Guerras, destinos
mortais de bibliotecas? Em todo caso, feridas no corpo da
nossa história. A Inquisição e o Terceiro Reich também
queimaram algumas. A leitura é a nossa arma de combate.
Bibliotecas não apenas guardam. Também geram.
Quando, no século IX, Carlos Magno quis restaurar o
Império do Ocidente destruído pelos germânicos, precisou
de livros. A Europa conservara sua memória nas grandes
bibliotecas dos mosteiros da Irlanda. Vieram, os monges e
os livros. E a Europa começou de novo. E as
universidades foram criadas - em torno de bibliotecas. A
Universidade de Paris depois se chamou Sorbonne porque
o colégio criado por Robert de Sorbon para moradia e
lugar de trabalho para estudantes pobres tinha muitos
livros. Os livros criaram a Sorbonne. Era assim, então.
Hoje bibliotecas não merecem mais a admiração
quase religiosa dos tempos passados. A nossa cultura
transforma-se rapidamente numa experiência de
estocagem e uso de informação. Arquivamento e
consumo. Temos o Kindle. O Kindle é, que não haja a
menor dúvida, uma das maravilhas da nossa civilização
tecnológica. Cabem nele a biblioteca de Alexandria e as
dos mosteiros irlandeses, talvez. É verdade. Mas não tem
maciez. Não cheira. Não se desfaz, como os livros velhos.
Não vive.
Quem tiver uns livros em casa, guarde-os. Se você
ainda ama os livros, de fato, conserve-se. São pedaços de
História. Podem desaparecer. Podem também salvar.
(Jornal O Globo, Sábado 5.9.2015. Texto adaptado)
Na sentença "[ ... ] saber mais do que temos sabido e sido."
(1º§), a locução verbal está flexionada na:
Ano: 2018
Banca:
Exército
Órgão:
CMRJ
Prova:
Exército - 2018 - CMRJ - Aluno do Colégio Militar (EF) - Português |
Q2045406
Português
TEXTO I
Analise o foco narrativo dos textos I e II e marque a alternativa correta.
Analise o foco narrativo dos textos I e II e marque a alternativa correta.
Ano: 2021
Banca:
Marinha
Órgão:
COLÉGIO NAVAL
Prova:
Marinha - 2021 - COLÉGIO NAVAL - Aluno - 2º Dia |
Q1879023
Português
Assinale a opção em que todas as formas verbais
destacadas foram empregadas corretamente.
Ano: 2022
Banca:
FGV
Órgão:
CBM-AM
Prova:
FGV - 2022 - CBM-AM - Soldado do Corpo de Bombeiros Militar |
Q1873969
Português
“Sê breve em teus raciocínios, que a ninguém agrada seres
longo.”
A frase está expressa na segunda pessoa do singular; assinale a opção que mostra a forma adequada se a reescrevermos na terceira pessoa do singular.
A frase está expressa na segunda pessoa do singular; assinale a opção que mostra a forma adequada se a reescrevermos na terceira pessoa do singular.