Questões Militares de Português - Sílaba: Monossílabos, Dissílabos, Trissílabos, Polissílabos

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Q819689 Português

Observe atentamente o texto a seguir.

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Considere o texto da charge e avalie as afirmações a seguir.

I – No 3º quadrinho, o substantivo “gente”, precedido do artigo “a”, passa a ser pronome, emprega-se com a linguagem cerimoniosa e exige o verbo na terceira pessoa do plural.

II – “Intermediário”, no 4o quadrinho, possui relação sinonímica com o vocábulo “agente”.

III – Quanto à posição, a sílaba tônica nas palavras “escrevo” e “depois” é a final.

Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Q743761 Português
Texto 1:
Palavras, palavras...
Ando descobrindo coisas óbvias acerca do uso da língua, do idioma falado. Uma delas — que me surpreendeu — é que falar é sempre improvisar. E eu até hoje não me tinha dado conta disto! Não sei se você, leitor, já percebeu, mas a verdade é que, quando você pergunta à empregada o que ela sugere para o almoço, sua resposta é um improviso, e tanto ela pode dizer: “por que não se faz a costela de porco?” ou... “pode ser costeleta” ou... “faz tempo que o senhor não come costeleta”... Enfim, o que importa aqui é mostrar que a frase não está pronta, que ela é apenas uma das possibilidades de formular do falante. Certamente, há os lugares-comuns, frases já prontas que usamos automaticamente, e que foram inventadas por alguém e tão bem inventadas que todo mundo passou a repeti-las.
E disso passei a outro aspecto do uso do idioma: a palavra, a força que têm certas palavras. Por exemplo, a palavra negro. Pelas implicações raciais, pela carga de história e preconceito que pesam sobre ela, tornou-se explosiva. Para certas pessoas, referir-se a alguém como negro é quase uma ofensa, quando devia ser natural. Já um conhecido meu, que é negro e justamente revoltado com os preconceitos que experimentou ao longo da vida, radicalizou. “Lá em casa — afirmou ele — ensinei os meninos a não dizem ‘a coisa preta’; lá se diz ‘a coisa tá branca’”. Não pude deixar de rir.
— Você tá de gozação.
— Não é gozação, não. Temos que acabar com essas expressões que são fruto da discriminação.
Lembrei então de outras palavras e expressões que poderiam gerar reações semelhantes. A palavra amarelo muitas vezes é usada de maneira que poderia ofender a chineses e japoneses, se é que se consideram mesmo amarelos: “o cara amarelou”, “tá amarelo de fome”. Quando menino, ouvia as pessoas mais velhas dizerem: “desculpa de amarelo é comer terra”, frase que nunca entendi direito mas que, sem dúvida, está longe de ser um elogio aos ditos amarelos.
Augusto Meyer, em seu livro Os pêssegos verdes, informa como a cor amarela, que no Oriente simbolizou a Casa Imperial e, para o poeta grego Píndaro, expressava o esplendor do sol, entrou em desprestígio com Dante, para quem o amarelo era a cor de uma das três caras de Satanás. De lá pra cá, o amarelo tornou-se um estigma para judeus e até para prostitutas e leprosos. Isto sem falar em expressões depreciativas como “imprensa amarela”, “sorriso amarelo” e, pior, “ameaça amarela”, que esteve em voga durante a segunda guerra mundial, quando os japoneses se aliaram a Hitler.
Como se vê, certas palavras podem gozar de momentos áureos ou períodos negros (com perdão da palavra) e até mesmo adquirirem significado ironicamente contrário ao seu sentido original. Este foi o caso de Pinel, sobrenome de um famoso psiquiatra francês e nome de um pronto-socorro psiquiátrico do Rio. Durante os anos 70, os jovens drogados da zona sul da cidade, quando entravam em surto, eram levados para lá. Em consequência disso, na gíria desses jovens, o nome do médico passou a significar a doença mental que ele se dedicara a tratar.
— Fulano está pinel.
Ou seja, está surtado ou pirou, enlouqueceu. De gíria de um pequeno grupo, a expressão passou à imprensa e à televisão. Nos especiais televisivos da época, que falavam da juventude, era frequente ouvir-se a palavra pinel usada como sinônimo de loucura. Chegou mesmo a ser dicionarizada como tal. Aí, os descendentes do doutor Philippe Pinel, indignados, protestaram.
(GULLAR, Ferreira. Coleção Melhores Crônicas. São Paulo: Global, 2004. p.164-166.)
Os vocábulos “é”, “cá”, “lá” e “tá” recebem acento gráfico porque todos são:
Alternativas
Q726281 Português
Assinale a alternativa em que todas as palavras são substantivos e estão corretamente separadas em sílabas.
Alternativas
Q724817 Português

                           “Hei de vencer. Hei de vencer. Hei de vencer” –

                           como o mantra da autoajuda pode te derrotar

                                                                                                Daniel Martins de Barros

      O mantra da autoajuda, de visualizar o sucesso, é um passo para o fracasso. Felizmente, existem alternativas para nos motivar sem prejudicar o desempenho.

        Uma das técnicas mais ensinadas por gurus da autoajuda diz que, para alcançar um objetivo, nós temos que visualizar nosso sucesso. Se conseguirmos nos ver no alto do pódio, ou na cadeira de chefe, tirando uma nota dez que seja, essas metas são alcançadas, já que o cérebro se convence do seu sucesso de antemão. Uma versão sofisticada do velho mantra “Hei de vencer”. Muito interessante. Pena que não funciona.

      Quando pesquisadores resolveram testar a ideia perceberam que tais técnicas não eram apenas inúteis, eram prejudiciais. Alunos que “visualizavam” boas notas acreditavam mesmo que iriam bem nas provas, e por isso mesmo deixavam de estudar. Resultado? Bomba! Pessoas em dieta que se imaginavam resistindo bravamente aos alimentos calóricos caíam mais nas tentações do que aqueles que eram instruídos a lembrar que a carne é fraca.

     Mas nem tudo está perdido. Existem sim técnicas motivacionais que podem nos levar a melhorar nossa performance. O segredo é o foco. Vale recitar mantra ou tentar a visualização, mas em vez de se voltar para o resultado final, é importante pensar no processo. Um estudo on-line com mais de quarenta mil pessoas testou diferentes abordagens. O desafio era um jogo de atenção e velocidade, no qual tinham que clicar nos números de 1 a 36, embaralhados numa matriz de 6×6, na sequência correta. Para aumentar a pressão, o jogo era contra um oponente (na verdade, um software, mas os voluntários não sabiam disso). Diversas intervenções foram testadas, mas as que melhoraram o desempenho dos jogadores foram as que os instruíam a visualizar (ou recitar para si mesmos) não o resultado, mas os processos ou os outcomes (que em inglês mais do que resultado, traz a noção de consequência, desenlace). A instrução com foco no processo era “Quero que você se veja jogando, sabendo que dessa vez você pode reagir mais rapidamente”. Note que a ênfase está na velocidade de reação, em vez de no resultado dela. Já para o outcome era “Quero que você se veja jogando, e se imagine batendo o score anterior” Novamente, não basta se ver “vencendo”, mas melhorando em relação ao esforço anterior.

      Dizem que tudo o que a gente pode pensar já foi descoberto na Grécia Antiga. Bom, se é verdade que ter certeza da vitória nos leva a colocar menos esforço na tarefa (aumentando as chances de derrota), e se está provado que o foco tem que ser no processo e não no resultado, então, mil anos atrás, Esopo já havia ensinado essa lição. Nem todos irão concordar comigo, mas essa parece ser uma moral possível de se tirar da fábula sobre a lebre e a tartaruga, na qual a ligeira lebre perde uma corrida para a lerda tartaruga. Acreditando na vitória fácil, ela cai no sono, enquanto a tartaruga vence por manter o foco no esforço. As lições da fábula variam muito, desde “Quanto maior a pressa, pior a velocidade”, até “O sucesso depende de usar os talentos, não apenas de tê-los”. Mas nós bem poderíamos acrescentar: “Quem acredita que a vitória é certa, certamente acaba derrotado”.


Adaptado de: http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/daniel-martinsde-barros/hei-de-vencer-hei-de-vencer-hei-de-vencer-como-o-mantra-da-autoajuda-pode-te-derrotar/

Em relação ao TEXTO 1 e aos aspectos linguísticos da Língua Portuguesa, julgue, como Certo (C) ou Errado (E), o item a seguir.
As palavras em destaque no trecho “Uma das técnicas mais ensinadas por gurus da autoajuda diz que, para alcançar um objetivo, nós temos que visualizar nosso sucesso.” são, respectivamente, trissílaba, polissílaba, monossílaba e dissílaba, cujas divisões silábicas podem ser representadas da seguinte forma: téc-ni-cas; ob-je-ti-vo; nós e nos-so.
Alternativas
Q715182 Português

                                       A dor do mundo

      Por muito tempo achei – escrevi e disse – que os males humanos foram sempre mais ou menos os mesmos, e que a loucura toda já contamina o nosso café da manhã pelo universo cibernético. As aflições, as malandragens, as corrupções, os assassinatos absurdos, os piores aleijões morais, tudo é meu, seu, nosso pão de cada dia. Mas, de tempos para cá, comecei a achar que era lirismo sentimental meu. Estamos bem piores, sim. Por sermos mais estressados, por termos valores fracos, tortos ou nenhum, porque estamos incrivelmente fúteis e nos deixamos atingir por qualquer maluquice, porque até nossos ídolos são os mais transtornados, complicados. Nossos desejos não têm limite, nossos sonhos, por outro lado, andam ralinhos. Temos manias de gourmet, mas não podemos comer. Vivemos mais tempo, mas não sabemos o que fazer com ele. Podemos ter mais saúde, mas nos intoxicamos com excesso de remédios. Drogas habituais não bastam, então usamos substâncias e doses cavalares.

      A sexualização infantil é um fato e começa em casa com mães amalucadas e programas de televisão pornográficos a qualquer hora do dia. O endeusamento da juventude a enfraquece, os adolescentes lidam sozinhos com a explosão de seus hormônios e a permissividade geral que anula limites e desorienta.

      ”(...)”

      Uma cantora pop, que me desinteressava pela aparência e por algumas músicas, morre, mata-se, por uso desmedido de drogas (álcool sendo uma delas) aos 27 anos. Logo se exibe (quase com orgulho, ou isso já é maldade minha?) uma lista de brilhantes artistas mortos na mesma idade pela mesma razão. Nas homenagens que lhe fazem, de repente escuto canções lindas, com uma voz extraordinária: mais triste ainda, pensar que esse talento se perdeu.

      “(...)”

      Viramos assassinos ao volante, de preferência bêbados. Nossos edifícios precisam ter portarias treinadas como segurança, nossas casas, mil artifícios contra invasores, andamos na rua feito coelhos assustados. Não há lugar nas prisões, então se solta a bandidagem, as penas são cada vez mais brandas ou não há pena alguma. Pena temos nós, pena por nós, pela tão espalhada dor do mundo. Sempre falando em trilhões, brigando por quatrilhões, diante da imagem das crianças morrendo de fome na Etiópia, na Somália e em outros países, tão fracas que não têm mais força para engolir o mingau que alguma alma compadecida lhes alcança: a mãe observa apática as moscas que pousam no rostinho sofrido. Estou me repetindo, eu sei, talvez assim alivie um pouco a angústia da também repetida indagação: que sociedade estamos nos tornando?

      Eu, recolhida na ponta inferior deste país, sou parte dela e da loucura toda: porque tenho alguma voz, escrevo e falo, sem ilusão de que adiantará alguma coisa. Talvez, como na vida das pessoas, esta seja apenas uma fase ruim da humanidade, que conserva fulgores de solidariedade e beleza. Onde não a matamos, a natureza nos fornece material de otimismo: uma folha de outono avermelhada que a chuva grudou na vidraça, a voz das crianças que estão chegando, uma música que merece o termo “sublime”, gente honrada e produtiva, ou que cuida dos outros. Ainda dá para viver neste planeta. Ainda dá para ter esperança de que, de alguma forma, algum dia, a gente comece a se curar enquanto sociedade, e a miséria concreta não mate mais ninguém, enquanto líderes mundiais brigam por abstratos quatrilhões.

               (Lya Luft – Revista Veja – Edição 2228 – ano 44 – nº 31 – 3 de agosto de 2011)  

Observando as palavras

I. cor – rup – ções

II. pi – o – res

III. a – lei – jões

constata-se que a separação das sílabas está correta em

Alternativas
Respostas
6: B
7: A
8: C
9: C
10: A