Questões Militares de Português - Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre
Foram encontradas 78 questões
Ano: 2023
Banca:
Aeronáutica
Órgão:
EEAR
Prova:
Aeronáutica - 2023 - EEAR - Sargento da Aeronáutica – BMA – Mecânico de Aeronaves |
Q2201185
Português
Ao reescrever o trecho A secretária chega à sala da
diretora e diz: “Senhora, passarei nas salas de aula para dar
o recado.” para o discurso indireto, o verbo em destaque
assume a seguinte forma:
Ano: 2023
Banca:
Marinha
Órgão:
Comando do 1º Distrito Naval
Prova:
Marinha - 2023 - Comando do 1º Distrito Naval - Oficial |
Q2132056
Português
Texto associado
Texto 02
Livros, livros, livros
A velha estante que eu tinha na sala foi embora,
substituída por uma outra, mais simples, mas que abriga o
dobro de livros da antecessora. O processo da troca me
faz pensar muito na nossa relação com os livros. Pois
ainda que ler em papel continue sendo uma experiência
muito mais completa do que ler em formato digital, e
presentear e receber livros continue sendo uma felicidade,
guardá-los em casa não é mais tão necessário quanto era
antes dos tempos da nuvem.
Guardamos livros por vários motivos: ou porque têm
dedicatórias, ou porque gostamos particularmente deles,
ou porque nos lembram momentos específicos das nossas
vidas. Alguns, todavia, guardamos apenas para garantir o
acesso ao seu conteúdo caso tenhamos necessidade
disso no futuro; mas, podendo encontrá-los tão
rapidamente on-line, fica cada vez mais fácil passá-los
adiante.
Nossa relação com os livros está mudando muito rápido,
sob todos os aspectos. Quando os primeiros CD-ROMs
(lembram deles?) com enciclopédias foram lançados, não
botei muita fé na sua universalização. Entendi
imediatamente o seu potencial e o que representavam em
termos de difusão cultural, mas continuei apegada á minha
Britannica e aos dicionários de papel, que me permitiam
encontrar, ao acaso, muitas palavras e verbetes
interessantes.
Livros de referência e o formato digital foram, sem dúvida,
feitos uns para os outros, mas o mesmo não se pode dizer
de todos os livros, indistintamente. Quando os primeiros
leitores de e-books chegaram ao mercado, muitas
matérias foram escritas decretando o fim dos livros em
papel. A substituição da velha tecnologia pela nova seria apenas uma questão de tempo, pensava-se, então. Mas o
tempo, ele mesmo, tem provado que nada é tão simples:
no ano passado, as vendas de livros impressos cresceram
mais do que as vendas de e-books.
Na verdade, nota-se menos uma guerra entre os dois
formatos do que um convívio bastante pacifico. Quem
gosta de ler compra impressos e e-books indistintamente.
Muitas vezes, o mesmo título acaba sendo comprado duas
vezes pelo mesmo leitor, em papel para ficar em casa, em
formato eletrônico para poder ser levado para cá e para lá.
Cheguei à conclusão de que continuo gostando mais dos
meus livrinhos em papel, mas também adoro o meu
Kindle, cada vez mais bem recheado.
(RÓNAI, Cora. "Livros, livros.livros". ln: Jornal
O Globo. Terça-feira 8.9.2015, p. 11. Texto adaptado)
Ao manifestar pensamento expresso por personagem real
ou imaginária, o narrador pode utilizar tanto o discurso
direto quanto o indireto e, às vezes, uma combinação dos
dois. Acerca dos tipos de discurso, assinale a opção
correta.
Ano: 2023
Banca:
IDECAN
Órgão:
PM-CE
Prova:
IDECAN - 2023 - PM-CE - 2º Tenente QPOM da Polícia Militar |
Q2118051
Português
Texto associado
Aumento de infecções causa escassez global de antibióticos
(Donato Paolo Mancini, Hannah Kuchler. https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2022/12/aumento-de-infeccoes-causaescassez-global-de-antibioticos.shtml. 22.dez.2022)
A escassez também ocorreu porque "os países não
previram que as infecções respiratórias nos atingiriam [com
tanta força] no primeiro ano sem máscaras", disse Hedman.
(linhas 11 a 12)
Assinale a alternativa em que esteja corretamente indicada a passagem do segmento acima para o discurso indireto.
Assinale a alternativa em que esteja corretamente indicada a passagem do segmento acima para o discurso indireto.
Ano: 2022
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
PM-RN
Prova:
Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Farmacêutico - Análises Clínicas |
Q2092781
Português
Texto associado
Uso racional de medicamentos: pesquisadores alertam para resistência microbiana
O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, instituído no dia 5 de maio, tem o objetivo de promover a conscientização e boas práticas do uso de medicamentos, além de alertar a população quanto aos riscos à saúde causados pela automedicação e ingestão inadequada de fármacos, principalmente os antibióticos. Pesquisadoras da Fiocruz advertem que a administração inadequada e o uso abusivo desse tipo de medicação têm causado, com maior frequência, um fenômeno preocupante: a
resistência microbiana.
A Organização Mundial da Saúde entende como uso racional de medicamentos a prescrição de medicação apropriada para
as condições clínicas de cada paciente, em doses adequadas às suas necessidades, por um período adequado e ao menor custo
para si e para a comunidade. A medicação inadequada, por sua vez, pode causar diversos eventos adversos à saúde, assim como
intoxicação e dependência.
A situação é ainda pior quando se trata de antibióticos. Também, segundo a OMS, a resistência bacteriana poderá ser uma
das principais causas de óbitos de pessoas no mundo até 2050. O fenômeno pode ser definido como a capacidade das bactérias
se tornarem mais resistentes aos efeitos das medicações, explicou Isabel Tavares, coordenadora da Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).
“A partir do uso excessivo e indiscriminado dos antibióticos, infecções bacterianas simples podem, com o tempo, se tornar
cada vez mais difíceis de serem combatidas, levando, eventualmente, a uma piora do quadro clínico e até ao óbito. O que temos
visto é um aumento do número de bactérias multirresistentes e poucas opções para tratamento no mercado”, explicou Tavares.
A avaliação é reforçada por Ana Paula Assef, chefe do laboratório de pesquisa em infecção hospitalar do Instituto Oswaldo
Cruz (IOC/Fiocruz). “É preciso cada vez mais conscientizar a população e a sociedade médica sobre a otimização do uso de
antibióticos, devido a esse aumento da capacidade de resistência das bactérias, e à falta de novas opções terapêuticas pela
indústria farmacêutica. Essas medicações devem ser bem selecionadas para cada tipo de paciente, e utilizadas no momento e
na dose adequada, de forma a minimizar seus impactos”, ponderou ela.
Dados da OMS apontam que mais de 50% de todos os medicamentos no mundo são prescritos, dispensados ou vendidos
de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza corretamente. Além disso, o Brasil ocupa a 17ª posição
entre 65 países pesquisados em relação ao número de doses de antibióticos consumidas.
O primeiro passo para promover o uso racional de medicações é utilizá-las apenas com orientação médica. “O paciente
com alguma queixa de saúde precisa, primeiro e de forma essencial, procurar assistência médica. Apenas um profissional está
habilitado para avaliar o caso e prescrever, se preciso, o antibiótico. Muitos pacientes que optam pela automedicação fazem
uso, por exemplo, de antibióticos para infecções virais, o que não só não resolve o problema, como pode gerar outros”, afirmou
Tavares, especialista do INI. [...]
(Luana Dandara (Portal Fiocruz). Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/dia-nacional-do-uso-racional-de-medicamentospesquisadores-alertam-para-resistencia. Adaptado. Acesso em: 05/05/2022.)
No 5º§ do texto, o discurso marcado pelo emprego de aspas é indicado pela forma verbal “ponderou” que:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
CBM-SC
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - CBM-SC - Oficial |
Q2078812
Português
Texto associado
Sem medo de errar
A atmosfera política do mês passado não foi a de um spa
nas montanhas. Era abrir o celular e vinha artilharia pesada,
agressões que abalavam o sistema nervoso. Cada um defendeu
sua saúde mental como pôde. A leitura sempre me salva nessa
hora, mas, ao invés de buscar algum livro inquietante, como
gosto, me socorri com Buda, já que Deus estava sobrecarregado. Atravessei os diaslendo “Eu posso estar errado”, de Björn
Natthiko Lindeblad, um monge sueco que faleceu recentemente,
aos 60 anos.
Aos 26, ele era um economista bem-sucedido, com muitos
ternos no armário e voos em classe executiva. Até que se fez a
pergunta de um milhão: É isso que eu quero mesmo? A fim de
buscar um sentido espiritual para sua vida, largou tudo e aterrissou com sua mochila num mosteiro na Tailândia. Ao se apresentar a um abade, escutou: “Pode ir para o dormitório. Se ainda
estiver aqui daqui a três dias, raspe a cabeça”.
Foi uma experiência radical de desapego, isolamento e
dúvidas – benditas dúvidas, que geram reflexões como a que
dá título ao livro: “Eu posso estar errado”. Quantas vezes a
gente diz isso para si mesmo? Duas a cada 100 anos.
Ele aconselha usar a frase como mantra para momentos
de tensão, situações de enfrentamento, discussões virulentas.
Pense: “eu posso estar errado”. A paz, subitamente, cai do céu.
Fui criada para acertar, para nunca me desviar do que é correto.
O que é ótimo, mas lá pelas tantas o acerto ganhou um status
exagerado, a coisa foi ficando militarizada, reprimiu a espontaneidade. Ora, errar faz parte do crescimento. As pessoas se
enganam, brigam, falam sem pensar, magoam, pedem desculpas, e assim, aos tropeços, vai se construindo uma identidade
mais verdadeira, que se reconhece complexa, não perfeita.
Ninguém sabe tudo, ninguém acerta o tempo todo – os
fortes são os primeiros a reconhecer. Já os fracos se apegam
a discursos laudatórios autorreferentes e a uma rigidez cuja
única função é disfarçar sua vulnerabilidade. Se declaram
acima dos mortais e ficam lá no topo, sozinhos. Este é o
isolamento fatal.
Não sou rigorosa com os outros, mas comigo sempre
fui tirana, não me permitia falhar. Ainda me permito pouco:
sou exemplar cumpridora de tarefas, atenta, educada e tudo
o mais que se preza. Mas erro feio – comigo – ao não relaxar
diante de eventuais vacilos e por me exigir o que não exijo
de ninguém. Lidar com o erro de forma tranquila nos torna
pessoas menos obsessivas, portanto, menos chatas, o que é
uma contribuição para a paz mundial.
Então, vamos em frente buscando a eficiência possível,
mas aceitando que a perfeição é um delírio e que a nossa
verdade nem sempre bate com a verdade do outro. Fazer o
quê? Respirar fundo. Aqui mesmo, que a Tailândia é muito
longe.
(MEDEIROS, Martha. Sem medo de errar. Jornal O Globo, 2022.
Disponível em https://oglobo.globo.com/ela/martha-medeiros/
coluna/2022/11/sem-medo-de-errar.ghtml. Acesso em: 31/12/22.)
Observe esta passagem: “Ao se apresentar a um abade, escutou: ‘Pode ir para o dormitório. Se ainda estiver aqui daqui a
três dias, raspe a cabeça’.” (2º§). Ao transpô-la para o discurso
indireto, a construção que apresenta coesão, coerência e correção gramatical é: