Questões de Concurso Militar PM-GO 2022 para 2º Tenente - Oficial Psicólogo - Psicologia

As interações medicamentosas farmacodinâmicas referem-se aos efeitos dos medicamentos sobre suas respectivas concentrações plasmáticas, e as farmacocinéticas, aos efeitos dos fármacos sobre as atividades de seus receptores.

Não existe medicamento psicotrópico que seja eficaz em todos os pacientes com o mesmo diagnóstico. A eficácia do psicotrópico é previsível e independe das propriedades do medicamento e da biologia do paciente.

A clorpromazina é mais potente que o haloperidol, porque aproximadamente 2mg de clorpromazina são necessários para se conseguir o mesmo efeito terapêutico de 100mg de haloperidol. Contudo ambos os medicamentos são iguais em eficácia clínica, isto é, em relação à resposta clínica máxima que se obtém pela administração de um fármaco.

A gabapentina foi apresentada, inicialmente, como um medicamento antidepressivo, que, entretanto, mostrou ter efeitos sedativos úteis em algumas condições psiquiátricas, especialmente a insônia. É utilizada, ainda, como principal intervenção na mania ou nos transtornos de humor resistentes ao tratamento.

Em geral, os medicamentos psicotrópicos são notavelmente seguros, sobretudo em uso de curta duração. Somente alguns medicamentos, como o lítio, a clozapina, o ácido valproico e a carbamazepina, exigem um monitoramento laboratorial rigoroso. Agentes antipsicóticos mais recentes também requerem exames de sangue regulares para monitorar alterações nos níveis sanguíneos de glicose e lipídeos.

Os PCPs se configuram como um “debriefing psicológico”, já que envolve necessariamente uma discussão detalhada sobre o evento que causou o sofrimento. 

Tendo em vista que as pessoas afetadas estão em situação de grave crise, os PCPs devem ser realizados por profissionais de psicologia ou de saúde mental.

Nos PCPs, é solicitado que as pessoas analisem o que aconteceu ou que relatem os eventos ocorridos em ordem cronológica.

Para poder oferecer os PCPs, não é necessário ter tido treinamento ou experiência de trabalho na atenção psicossocial.

Contar a história de outra pessoa ou falar dos seus próprios problemas pode promover empatia e são umas das estratégias utilizadas nos PCPs.

Um histórico de tentativa de suicídio ou a presença de um transtorno mental deve ser investigado com cautela, embora não se configure como o principal fator de risco nos estudos atuais em suicidologia.

Metade dos que morrem por suicídio foram a uma consulta médica em algum momento do período de seis meses que antecederam a morte e apenas 20% foram a um médico no mês anterior ao suicídio. Mas cerca de 80% dos que se suicidam nunca foram a um profissional de saúde mental.

Entre os principais fatores de risco encontram-se: transtornos mentais, perdas recentes, perdas de figuras parentais na infância, dinâmica familiar conturbada, personalidade com fortes traços de impulsividade e agressividade, certas situações clínicas (como doenças crônicas incapacitantes, dolorosas, desfigurantes), dificuldade de acesso a meios letais.

É possível classificar estratégias de prevenção de suicídio considerando diferentes públicos-alvo: a universal é destinada ao público em geral, sendo indicada àqueles que têm alto risco, e a seletiva é destinada aos que já são conhecidos como sendo vulneráveis ao suicídio ou que tentaram suicídio. 

O risco de suicídio aumenta mais de 20 vezes em indivíduos com episódio depressivo maior, e é ainda maior em sujeitos com comorbidade com outros transtornos psiquiátricos ou doenças clínicas.